Enemies' Birth

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Como sempre, o maldito sol acordava Jack batendo em seu rosto de manhã.

E hoje não era um dia qualquer para Jack. Era o dia de seu 16º aniversário.

Jack levantou-se e foi ao banheiro se arrumar como sempre. Os arranhões já tinham desaparecido suas costas.

– Até que em fim. – sussurrou Jack, bufando, fazendo com que as mechas da testa voassem.

Ele desceu apressadamente a escada e foi na cozinha. Seu tio Elijah estava comendo uma pera quando Jack entrou.

– Bom dia. – disse Jack

– ‘Dia. – Respondeu Elijah

Jack o encarou, bravo.

– Não acha que está esquecendo algo? – perguntou Jack com a voz aborrecida.

– Não. Hoje eu passei na padaria.

Jack se apoiou na parede e olhou para o tio.

– Hoje faço 16 anos. – disse Jack baixo.

Tio Elijah levantou o olhar até seus olhos se encontrarem com de Jack.

– E não é mesmo? Jack, parabéns! Virará homem hoje, então? Vem cá pra eu te dar um abraço.

Jack sempre odiara esse termo “virará homem hoje” mas ele decidiu dar um desconto.

O Soul-Patronus de seu tio, uma cobra, brilhava em água no estágio 5.

“Cobra é um animal é um animal traiçoeiro, capaz de fazer o que quer que seja para conseguir algo. A pessoa que recebe a Cobra como Soul-Patronus é perspicaz e inteligente.”

Mas Jack confiava em seu tio. Até onde sabia, seu tio nunca havia agido errado.

– Bem, que tal nós irmos até a padaria e comprar algo gostoso? Bolinhos, talvez?

Jack assentiu com a cabeça e foram à padaria.

No caminho, Jack recebeu parabéns de algumas garotas e uns caras. Era incrível todos saberem seu aniversário menos seu tio.

Após comprarem os bolinhos e comerem, era hora de encontrar seu Soul-Patronus.

Jack pegou uma jaqueta e junto com seu tio foi até a fronteira da floresta.

Diferente da maioria, ele não se importava de não comemorar ou não ter ganhado presentes. Muito pelo contrário. Era melhor assim.

Quando chegaram à fronteira, nove adolescentes da classe de Jack estavam esperando-o. Quando ele chegou, todos gritaram “Surpresa!”.

Darcy correu na direção de Jack e antes que ele pudesse pensar ela estava abraçando ele. Ela abraçava forte e beijou a bochecha de Jack quando se soltou.

Seis garotas da classe dele estavam lá e três garotos também. Apenas quatro já tinham Soul-Patronus. Jack sorriu para eles.

– Obrigado pessoal. Agora, cadê meus presentes? – debochou Jack.

Todos riram menos tio Elijah.

– Bom, eu gostaria de poder agradecer todos de um em um, mas eu devo encontrar meu Soul-Patronus. Bem, obrigado, pessoal.

Jack estava pronto para entrar na floresta escura, mas antes disso, virou-se e beijou Darcy, envolvendo-a em seus braços.

– Boa sorte, Jack – disse Darcy, apaixonada.

Jack não gostava de Darcy (muito pelo contrário, ela era bem irritante), mas ela beijava bem, ué! Além de que, Darcy era tão iludida que poderia achar que Jack gostasse dela também. Era um prazer deixa-la confusa.

Enquanto andava, Jack olhava para todos os cantos. Onde seu Soul-Patronus poderia estar?

Ninguém o tinha orientado como acha-lo. Ele então decidiu procurar um rio ou lago. É um lugar que um Soul-Patronus da água estaria, certo?

Jack encontrou uma nascente entre as árvores. Ela era tão pequenina, mas crescia fazendo um caminho. Jack seguiu a nascente para ver onde ela terminaria.

Jack estava se sentindo mais leve. Era uma sensação nova para ele. Ele decidiu correr.

A brisa batia em seu rosto e seus cabelos voavam deixando-o refrescado. Ele fechou os olhos e relaxou.

Quando abriu os olhos viu que por pouco não passara da fronteira da Legião.

Pedras grandes estavam em círculo e dentro estava flutuando uma bola de água. Era ela, pensou Jack. Este é seu Soul-Patronus. Quanto mais se aproximava, algo estranho ele viu. No fundo havia outros três Soul-Patronus. Mas não da água.

Uma do fogo, uma da terra e outra do ar.

Jack se espantou, reprimindo um barulho estranho vindo de sua garganta.

Provavelmente estão perto, pensou Jack.

Ele nunca havia visto ninguém de outra Legião. Sua curiosidade foi maior que ao invés de pegar seu Soul-Patronus e voltar, decidiu ficar e esperar os outros chegarem.

Até que ele viu uma cabeleira ruiva se aproximar.

Ele se encolheu e a observou de longe.

Diferente dele, a garota ruiva era quente. Jack como todos da Legião da Água, tem a pele pálida e seus cabelos são brancos.

A garota também estava se escondendo. Esperta, pensou Jack.

Barulho veio das árvores ao leste. Jack virou-se e viu que um garoto magrelo aproximava-se das pedras. Os olhos do garoto estavam arregalados. Provavelmente ele também notara as outras três Soul-Patronus.

O garoto se escondeu atrás de uma pedra por fim.

A última a chegar foi uma garota de vestido rosa com um imenso cabelo loiro. Jack afogou-se ao vê-la.

Ela era saudável, pensou ele. A garota era corada e tinha olhos verdes como esmeraldas. Ela parecia uma bonequinha, pensou Jack. Ele até desconfiava se ela não poderia quebrar.

Ela parecia não ter percebido a presença dos outros três. Andou até o centro parou.

Ela colocou suas mãozinhas delicadas no rosto, como um sinal de espanto. Ela é tão bonitinha, pensou Jack.

Ela olhou para as bolas flutuantes e caminhou até o Soul-Patronus de fogo. Jack não estava entendendo por quê.

A garota ruiva então se levantou.

– Hey, garota! Você não pertence a Legião do Fogo. Deveria respeitar nosso Soul-Patronus! – gritou a ruiva, irritada.

A loirinha deu um passo para trás e olhou para a ruiva.

– Desculpa... e-eu não sabia realmente que era um Soul-Patronus.

Jack decidi que iria levantar. Não seria legal uma briga neste momento.

Mas antes que ele pudesse levantar, o garoto magrela já estava de pé.

– Garotas, não briguem! Digo, a garota da Legião da Terra não teve culpa.

A garota ruiva olhou para ele, mortífera, queimando-o com os olhos.

– Não se aproxime de mim.

Jack neste momento decidiu sair do esconderijo.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora