|Merida| Between walls

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Merida andava no corredor frio acompanhada de um legionário traidor que dizia levá-la até Breu. Merida antes ficara presa em uma sala claustrofóbica e a única coisa que pensava era como poderia sair e como salvaria seus amigos e quem quer ela amasse.

Seu Soul-Patronus (o urso que ela ainda não nomeara, pois estivera muito ocupada ultimamente com seu casamento arranjado e sua profecia assustadora) caminhava ao seu lado entre as chamas que compunham seu corpo. O corredor era demasiadamente longo. Portas ao seu redor eram possíveis de ver e isso apenas deixava-a mais eufórica. O fim do corredor não aguardava coisas boas para ela.

E então notou que estava sozinha, apenas com o legionário que caminhava em sua frente com uma espada empunhada. Pelos ombros dele Merida pôde notar sua falta de confiança e temor. Estava só os dois e não seria difícil arrebatá-lo.

Merida pensou em suas probabilidades. Matar seria impossível, pois estava sem arma. Apagá-lo não seria complicado. Um chute entre as pernas ou mesmo se pressionasse dois dedos em uma veia do pescoço dele seria o suficiente. Apenas precisava orquestrar perfeitamente o golpe e rapidamente, pois não tinha tempo a perder. Breu notaria a demora de sua presença, obviamente.

Merida respirou fundo e olhou ao seu redor. O corredor da mesma cor escura da nuvem estava frio e tinha bons vinte metros a sua frente para ainda andar. Ainda tinha cinco portas, uma em cada lado em que poderia entrar para fugir ou... É claro, encontrar seus amigos. Não havia lugar melhor para começar a procura, pois e ela estava lá, eles também deveriam estar.

Merida apressou o passo e ficou extremamente próxima da costa do legionário que era quinze centímetros mais alto. Merida puxou a bainha dele e arrancou a espada em um só movimento. Ele se virou furioso e perplexo, pronto para agir. Merida então deu um chute com toda sua força entre as pernas dele e então ele caiu se contorcendo de dor. Merida apontou a arma na cabeça dele.

– Me dê um bom motivo para não te matar agora. – Merida disse entre os dentes. Sua face estava vermelha de tensão.

– Eu posso te mostrar.

– Mostrar o quê? – Merida sabia a resposta, mas queria ouvi-lo suplicar. Ela baixou a ponta da espada para o coração dele, pressionando levemente.

– Onde está os dois jovens que vieram com você até aqui.

Merida reprimiu um sorriso de satisfação. Ela segurou a golo da camisa dele com dificuldade por ele ser mais alto, mas manteve a força do braço apontando a espada empunhada. Ela falou:

– Me mostre a porta.

– Aquela. – ele disse enquanto apontava para três portas atrás deles. – É onde está preso Jack Frost.

Merida assentiu com a cabeça e caminhou até lá para poder abrir a porta.

– Você deveria ter vergonha. – disse enquanto analisava a porta para ver como abriria. – Traiu sua Legião e agora está traindo Breu. Você é um infiel agourento. – Merida forçou a mão para não tremer. Não era comum para ela usar palavras com tanta agressividade.

– Abra. Basta quebrar a maçaneta com a espada que está em sua mão. – Disse o homem que ela segurava. Ele parecia confiante com a voz nesse momento e até um pouco debochado.

– Não tem uma chave? – Merida perguntou para ele, analisando a calça dele para ver se tinha algo pendurado.

– Tenho a chave do seu quarto. Todas são diferentes. Ora, vamos! Abra.

Merida não tinha escolha melhor, mas não queria fazer isso, pois era ideia do homem. Mesmo receosa, quebrou a maçaneta. Era apenas isso que daria para fazer, afinal.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora