|Hiccup| "Ruuuun!"

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Soluço olhou assustado para Jack. Aquelas armas eram pra eles? Só podia ser.

A primeira a se aproximar das armas foi Merida. Seus olhos brilhavam enquanto se aproximava do arco. Soluço correu em sua direção e segurou sua mão, proibindo-a de pegar.

– Pode ser uma armadilha. – disse Soluço, encontrando seu olhar.

– Mas pode ser um presente da natureza. Isso não veio da escuridão. – disse Merida, impaciente.

Ela segurou o arco com as duas mãos e o girou em sua mão. O arco era de um tamanho perfeitamente feito para Merida. Os detalhes em dourado se assemelhavam ao que Elliot havia feito para ela. Era bem talhado e confortável. A aljava ao lado tinha perfeitas flechas com penas longas e pedras bem polidas e pontudas. Merida nunca havia visto algo tão lindo em sua vida.

Os olhos de Soluço brilhavam na direção da adaga. Ele a segurou e olhou o seu reflexo na lâmina. Por fim, ele pôs a adaga no cinto.

Jack aproximou-se dos dois e pegou sua espada. Era comprida. Quase do tamanho de seu braço. Os detalhes prateados ornavam como sua beleza esbranquiçada. Por mais que ele não se lembrasse se já havia lutado com armas, parecia extremamente natural ter aquela arma em suas mãos.

Jack colocou sua espada no cinto e pegou o chicote. A única arma ainda intocável. Ele apontou o chicote para Rapunzel, levantando uma sobrancelha, curioso.

– Este só pode ser seu. – disse ele.

– Obrigada, mas não sou boa com armas. – disse Rapunzel, trêmula.

– Você já tentou? – ele perguntou.

Rapunzel fez que não com a cabeça.

– Então eu posso te ajudar. – disse Jack por fim.

Os quatro saíram da caverna, e os raios do sol já apareciam no céu. Merida agachou-se e sussurrou “Seja bem vindo, santo sol.”.

Soluço viu a expressão de Rapunzel e sussurrou em seu ouvido: “Ritual do Fogo.”. Rapunzel fez que sim com a cabeça.

Merida colocou uma flecha em seu arco novo e atirou em um tronco. Ela acertou perfeitamente.

– Isso foi realmente bom. Muito bom! – exclamou Soluço, impressionado.

– Acredito que se nós vamos derrotar a tal nebulosa escuridão, devemos ao menos treinar. – Disse Merida, enquanto ajeitava outra flecha.

– O que vocês acham da gente se conhecer primeiro? – perguntou Rapunzel, o que fez todos virarem seus rostos para encararem Rapunzel. – Bem, eu acho que nós só podemos se dar bem se soubemos um pouco sobre cada um.

– Todos nós fazemos aniversário no mesmo dia. É apenas isso que sabemos. – disse Soluço, concordando.

Os quatro se sentaram em volta de uma fogueira que Merida fez e falaram um pouco sobre cada um. Soluço estava impressionado como as vidas de cada um era diferente.

– Então você não se lembra de nada de sua vida? E seu tio sumiu? Cara, eu não queria ser você. – disse Soluço, depois que Jack falara dele.

– Soluço... – cutucou Merida.

– Não. Tudo bem pra mim. – disse Jack.

Soluço começou a rir. Então eles tinham uma garota que ficara presa a vida inteira em uma torre, um garoto magrelo sem talento e outro garoto que não sabia nada sobre seu passado.

– Bem, agora só falta termos uma princesa! – exclamou Soluço, dando mais risadas sozinho.

Merida olhou para eles desconfortáveis e picarreu.

– Bem, vocês conhecem aquele rei imenso do Fogo? Fergus?

Soluço fez que sim com a cabeça. Rapunzel olhou para ela absolutamente entusiasmada em saber o nome do rei.

– Hum... Ele é meu pai.

– Certo. Agora está completo. Nós também temos uma princesa. – disse Soluço, caminhando de um lado para o outro

– Não vejo problema nisso. – disse Merida

– E não é. Pensem: Temos uma princesa entre nós. Isso significa que podemos nos meter em encrenca e sair frio dessa.

– Epa, espera aí! Eu mal posso uma meu arco sem ter que ouvir minha mãe reclamar! Acho que está equivocado.

– Pelo que eu saiba todas as princesas são mimadas. – disse Jack, o que enfureceu Merida.

Merida se levantou e tirou uma flecha da aljava, posicionando no arco.

– Você está pedindo pra morrer! – disse Merida entre os dentes.

– NÃO! Merida, escute: precisamos um do outro para que isso dê certo. – disse Rapunzel desesperada.

Ela atirou então sua flecha em uma pedra atrás de Jack.

Mas o que surpreendeu todos foi que ao toque da flecha, a pedra quebrou-se ao meio.

– Tá ai uma coisa que eu não esperava. – disse Jack, olhando surpreso para Merida.

***

Jack pegou sua espada e começou a treinar, lutando contra o ar.

Seus golpes saiam perfeitamente. Ele era ágil e talentoso.

– Como anda os seus golpes, Soluço? – perguntou Jack, enquanto desviava de um suposto golpe no ar.

– Érr... Que golpes? – perguntou Soluço, entristecido.

Jack aproximou-se de Soluço e pegou no ombro dele.

– Vamos, segure essa adaga. Não, segure direito! Assim, olhe: desse jeitinho...

Jack e Soluço duelavam juntos, e Soluço aprendia rápido.

Mas Soluço ouviu um grito.

O grito de Merida.

Ela corria na direção deles com o arco na mão e a aljava nas costas.

– Escondam-se! Agora! – gritou Merida para os garotos.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora