|Jack| Lies Part III

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A vontade de sair correndo até Rapunzel era incontrolável. Era ela, a sua garota, a sua flor. Como Jack pôde ferir os sentimentos daquela garota que ele amava tanto?

“Vocês são sempre tão tolas e ingênuas a ponto de acreditar que cada palavra bonita que digo é verdade.”

Não. Rapunzel não é assim.

“Eu consegui o que queria de você. Foram apenas beijos insignificantes que nem lembro mais o sabor. Eu achei que você era diferente, Rapunzel. Eu por um momento te achei interessante, mas... é uma burrinha.”

Rapunzel era a pessoa mais interessante que ele conhecera! Como pudera dizer isso...

“Sabe, nunca daria certo nosso relacionamento. Somos de Legiões diferentes.”

Mas claro que dariam certo sempre. Jack ficou pensando se sua Rapunzel, sua Punzie, ainda sentia o mesmo que ela sentia antes. Porque ele a cada dia que passava só conseguia amar mais e mais.

– Pai! – Jack ouviu Soluço gritar. Todos os que estavam presos, Jack notou, ele conhecia: Rapunzel, Stoico e Elliot.

– Filho! – o grito de Stoico soou como dor. Jack apertou os olhos e viu que Stoico começara a chorar compulsivamente. – Soluço meu filho... Jack? Jack! Meus filhos... – Stoico soluçou alto e chorou mais.

Elliot que era o mais desolado entre eles ficou paralisado ao ver Merida. Merida gritou:

– Elliot, pelo Fogo! Fique calmo, Ellie, fique calmo que já estou indo.

Merida guardava a flecha em sua mão na aljava novamente e tirava o cabelo do rosto. Ela queria passar por aquela pista perigosa? A probabilidade de cair era mais alta do que conseguir passar.

Mas Jack não reparava em nada disso. Era apenas Rapunzel. A garota olhava para ele sem nem piscar. Ele não conseguia interpretar sua expressão. Estava feliz? Irritada? Surpresa era meio óbvio que sim, mas... Ela ainda o amava?

E onde estaria a pessoa que Rapunzel mais amava?

– Eu já estou indo. – disse Merida desesperada. – Soluço, Jack, vocês ficam aqui com esses dois enquanto eu vou lá.

– Mas como vai abrir, Merida? – Perguntou Soluço. – Deve ter um modo especial.

Merida escutou Elliot gritar. Ele dizia:

– Medalhão!

Medalhão...? Que porcaria esse garoto está querendo dizer?, pensou Jack. Foi então que ele entendeu.

– Merida, ele está dizendo que a chave é um medalhão.

Merida assentiu com a cabeça e olhou para Soluço.

– O que você acha que devemos fazer?

– Essa mulher saiu desta sala antes, lembram? Deve ter algo no seu bolso.

Soluço verificou o vestido verde escuro da mulher, envergonhado.

– Estranho, não parece ter nada...

– Você não sabe procurar nada mesmo, Soluço! Olhe pra você, só de olhar pro corpo dela já está todo vermelho, se controle! – Jack empurrou Soluço e encarou a mulher. Ele era mais alto que ela, por isso baixava-se um pouco para observar todos os cantos do vestido, a bainha do vestido, a cintura, o decote...

– Está gostando do que vê, garotinho? – perguntou Gothel com uma voz calma e sedutora.

– Eu já vi coisas melhores e sem nenhum vestido. E acredite: eram anos luz melhor do que estou vendo agora.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora