|Rapunzel| Gothel

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Quando eles se despediram, Rapunzel não pôde deixar de pensar como se sentia feliz em estar com eles. Como nunca tivera amigos além de livros, tê-los ao seu lado te dava segurança.

Mas um frio na barriga a tirou do transe. Se sua mãe soubesse que ela estava fora da torre ela provavelmente... era difícil dizer. Rapunzel não conseguia imaginar uma desculpa em sua defesa para isso.

Então ela correu o mais rápido possível de volta à torre, sem poder apreciar a natureza em sua volta, que era a coisa que Rapunzel mais adoraria de fazer neste momento.

***

– O mesmo, por favor.

– Como quiser, senhora Gothel.

Gothel estava sentada na taberna do subúrbio da legião. Seu vestido longo e negro com pedras em volta do profundo decote a deixavam-na cruel e misteriosa, algo que fazia os homens que bebiam em sua volta olharem para ela atentamente. Ela os ignorava.

Quando o homem baixinho e barbudo do bar a entregou um copo grande e espumado, ela esperou pacientemente por seu companheiro que prometera uma conversa. Ela suava nervosa e amedrontada, mas mantinha a pose poderosa e confiante que aprendera com todos os anos em que viveu naquele lugar.

As portas da propriedade abriram lentamente e um homem alto, magro e corcunda entrou na sala. Ele usava uma longa túnica negra que ocultava absolutamente seu corpo e rosto. A presença dele deixou todos os homens presentes quietos, observando-o.

Ele caminhou tranquilamente entre as mesas, ignorando todos que o observavam com tanta ferocidade. Ele se sentou ao lado de Gothel e sussurrou algo incompreensível para todos que os observavam, mas absolutamente compreensível a ela, que concordou com a cabeça.

Ela levantou-se com ele, saindo da taberna, esquecendo-se de pagar pela bebida. Em frente à residência, longe de todos os olhos, ela parecia desesperada.

– Todos da cidade estão falando da mesma coisa o tempo inteiro! Eles estão desconfiados.

A voz incompreensível do homem respondeu: Isso significa que está na hora.

Gothel que sempre mantinha a classe e solenidade, estava a ponto de enlouquecer.

– O que devo fazer?

Certifique-se que os escolhidos não cheguem a concluir o plano. Mantenha a garota longe da realidade. Engane-a. Engane a Legião. Engane todos! Eles acreditarão em você. As pessoas tem a infelicidade de acreditarem no que querem ouvir. E é óbvio que eles querem acreditar em uma mulher tão elegante como você dizendo a eles que tudo ficará bem. Você foi treinada para isso, Gothel.

Gothel olhou aos redores, para se certificar de que eles não estavam sendo espionados. Ela respondeu a ele, cordialmente:

– Como quiser, mestre.

***

Em frente à torre, Rapunzel parou de correr, arfando. O sol já havia nascido por completo e a grama estava quente. A vontade dela era tirar os sapatos e se deitar, sentindo cada músculo relaxado na grama quente. Seu peito estava apertado por correr tanto e sua boca estava seca. Enquanto olhava atordoada ao seu redor, avistou a mãe montada no cavalo, longe o suficiente para que Rapunzel a vesse, mas ela não. Seu coração disparou.

Ela correu para a torre, abrindo a porta e subindo as escadas pulando três degraus de cada vez. Enquanto corria, foi arrancando os sapatos e se jogou na cama, simulando que ainda estava dormindo.

Menos de 3 minutos depois, Rapunzel ouviu passos vindos da porta da escada. Sua mãe fechou a porta atrás dela com a cara mal humorada. Rapunzel se espreguiçou na cama.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora