|Rapunzel| Promise of love

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Seu pai estava entre os seus cavaleiros em uma grande reunião de ataque. Todos pareciam apreensivos, o que era de se esperar. A Legião da Terra de todas era a mais pacífica, raramente alguém era preso ou era um traidor.

Mas nem todos, claro. Gothel era um bom exemplo de uma legionária da Terra traidora, mesmo que no fim tenha salvo a vida de Rapunzel.

Sua mãe passava as mãos nos longos cabelos de Rapunzel com carinho. Parecia nervosa como todos, mas não conseguia tirar os olhos da linda filha que teve que esperar anos para poder revê-la.

– Eu não sei o que falar. – a mãe de Rapunzel disse entre um longo suspiro. – Estou apavorada e completamente feliz ao mesmo tempo. E sabe, só tive essa sensação uma vez na vida.

Rapunzel tocou a mão da mãe com carinho:

– Quando?

– Quando você nasceu.

O pai de Rapunzel voltou da reunião para sua mulher e filha com um andar duro e a respiração pesada. A mãe de Rapunzel impulsionou a filha para elas se levantarem e falarem com o rei.

– Amelia, quero que vá com as outras mulheres e Rapunzel para algum lugar seguro.

Rapunzel antes mesmo que o pai terminasse de falar já descordava.

– Pai – Rapunzel estranhou ao pronunciar a palavra. – eu sou uma dos escolhidos, devo ir junto com a cavalaria.

– Será perigoso, filhinha. Como você nos disse, agora as quatro Legiões são aliadas, estou certo? Se for, o que teremos que temer é apenas as criaturas de Breu, o que não é menos assustador. Ainda teremos todos passar na vila coletar mais armas nos arsenais particulares...

– Pai, eu preciso ir. Meus amigos me esperam e eu... – Rapunzel hesitou. – preciso ver uma pessoa.

– Rapunzel... – o rei apertou os punhos no lado do corpo.

– O quê?

– Eu não posso te perder novamente.

Rapunzel o abraçou sem pensar duas vezes, porque não queria perder sua família também. Mas ela não tinha escolhas, ela não poderia se afugentar agora e deixar todo o trabalho sujo para eles.

Principalmente agora, que se sentia forte, mais forte do que sonhava poder ser.

– Mas é isso que quero. Prometo que sairemos bem dessa, pai.

O rei beijou o topo da cabeça da filha e encarou a mulher com compaixão. Ela assentiu com a cabeça.

– Vá. Eu fico com as damas. – a rainha disse para Rapunzel e o marido. – Boa sorte.

***

No cavalo com o pai, Rapunzel foi junta com todos os cavaleiros e guardas até a vila buscar armas extras. Com fascínio, Rapunzel notou todos os legionários aproximando-se da cavalaria surpresos e imediatamente após o aviso do rei sobre a guerra, todos entregando suas armas sem pestanejar. Ver essa parceria entre todos a deixou no mínimo encantada.

Rapunzel tentou aproveitar cada segundo com o pai, montada no cavalo. Se sentia segura com ele, mesmo que ainda estranhasse o fato de aquele homem poderoso ser seu pai. Mas tentava deixar todas as estranhezas e dúvidas para o lado, já que ultimamente tudo o que acontecia era novo e estranho.

Os cavaleiros de seu pai iam atrás deles, apenas o chefe da cavalaria ao lado do pai, orientando-o com novas informações no decorrer do caminho.

Próximos a Legião da Água finalmente, Rapunzel sentia-se muito aflita. Estaria mesmo tudo dado certo? Merida, Elliot e Jack haviam conseguido avisar a tempo os reis e salvo todos dentro do castelo? Na barreira da floresta, Rapunzel pulou do cavalo com a ajuda de um cavaleiro e depois deu espaço para o pai também pular. E agora, o que fariam?

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora