|Rapunzel| Where my heart belongs

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Tudo estava sendo muito novo para Rapunzel desde que saíra pela primeira vez da torre. A primeira vez que pisou em grama, a primeira vez que viu um lago, a primeira vez que sentiu a água do lago molhando todo seu corpo, os primeiros amigos, a primeira paixão, o primeiro beijo.

Também sentiu o primeiro grande medo, o primeiro coração partido e a primeira morte.

Ver sua mãe morrer foi algo... indescritível. A única pessoa de sua vida, mesmo que tudo tivesse sido uma grande farsa ela continuava sendo que era: sua mãe.

Mesmo que Rapunzel não quisesse confessar, a única coisa que fez ela ter coragem de se levantar foi após ser embalada nos braços de Jack. Ela estava com tanta saudade do corpo de Jack que ela nem mesmo havia notado até estar com ele de novo. Ela o perdoava.

Mesmo que ele tenha feito errado ao mentir, ela perdoava. Perdoava porque justamente nesse dia notou que quem ama mente.

A fumaça toda se dissipou ao seu redor e Rapunzel pôde ver onde estava. Mesmo que nunca tivesse de transportado por aquilo, ela não questionou. Tudo era tão estranho que o melhor era aceitar.

Estava em um castelo. E o pior: ela já havia visto esse castelo antes, em um sonho.

Quando Rapunzel conhecera o castelo de Merida, ficou surpresa com a beleza. Mas ela tinha que concordar que o castelo da Legião da Terra era magnífica. A grama era tão verde, as árvores com flores tão coloridas, tudo tão alegre e natural. As pedras que era feita as paredes eram claras. Se ela não tivesse a consciência de que o tempo era curto ela ficaria o tempo todo observando.

Estava noite e Rapunzel não enxergava bem por onde andava. Ela tentou ficar longe da luz para não ser identificada. Como avisaria o rei e a rainha se nem ao menos os conhecia? Droga, Rapunzel, isso é impossível!

Rapunzel ouve passos vindo por trás do celeiro em que está. Ela se abaixa, a luz de uma tocha quase iluminando seus cabelos agora escuros. Quando levanta sua mão, vê que se sujou toda de barro. Quando levanta o olhar, nota que não está sozinha.

Um rapaz alto a olha com um sorriso forçado e acena com a mão, virando-se para fugir engatinhando.

O que ele está fazendo ali? Rapunzel questiona, sem entender. Ela pensa na probabilidade de pedir ajuda a ele, pois não parece ser um guarda real.

Você deve estar louca, Rapunzel. Não faça isso, por favor, há outros modos... Dizia sua consciência.

Rapunzel engatinhou rapidamente por trás dele e quando chegou próximo, ela enrolou a bota do rapaz com seu chicote. Ele olhou assustado para ela , tentando de qualquer modo se soltar.

– O que você quer? – ele pergunta irritado enquanto chacoalha o pé.

– Preciso de sua ajuda. – ela diz delicadamente. – O castelo vai explodir, preciso que me ajude a tirar todos daqui e avisar o rei e a rainha.

O cara parou de se balançar e virou-se para encará-la. Seus olhos receberam um brilho especial.

– Vamos ter que entrar no castelo?

– Sim, é o que estou pensando em fazer.

Ele agora parecia completamente excitado.

– E o castelo vai ficar completamente vazio?

– É o propósito. Precisamos tirar todos, sem exceção daqui.

– Perfeito! – ele gritou, então tapou a boca com as mãos. – Digo, vamos salvar essas pessoas imediatamente.

Rapunzel soltou a perna do cara, aliviada. Fora fácil demais! Eles se levantaram.

– A propósito, prazer. – o rapaz limpou a mão na roupa e então estendeu a mão para Rapunzel, analisando-a de cima para baixo. – Flynn Rider.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora