|Hiccup| The power of the big four

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Quando Jack saiu com Breu da sala, Soluço precisa confessar: estava furioso. Ele nem olhara em seus olhos, não dissera absolutamente nada. Quais eram seus planos? Pior: havia planos? Soluço não confiava em Breu, nem deveria confiar. Como saberia que esse deus não estaria mentindo?

Minutos depois, o que parecera a eternidade, Breu voltara. Ele estaria feliz? Soluço não sabia, mas pela expressão do deus, poderia ser.

Com um movimento de mão, a névoa que o prendia se dissipou. Soluço tocou nos pulsos, fazendo com que o sangue voltasse as mãos. Levantando os olhos, furioso, teve coragem de encarar Breu.

– Ele vai morrer – as palavras saíram com fúria extrema da boca de Soluço.

– É o acordo. – Breu estava mais calmo agora. – E falta poucos minutos para eu finalmente subir ao poder.

– Tá. – Soluço estava impaciente. – Acordo. Agora faça a sua parte dela.

Breu que ia saindo da sala, virou-se para entregar sua atenção novamente ao menino.

– Ah, sim. Como eu poderia esquecer? – uma névoa envolveu Soluço, transportando-o para onde quer que fosse.

***

Era uma guerra.

Soluço estava entre cavalheiros. Estranhamente eram de todas as legiões, todos lutando um do lado do outro. O coração de Soluço pulou, pensando como Jack ficaria orgulhoso em ver isso.

– Ei, garoto! – um cavalheiro da legião do Fogo gritou. Foi quando percebeu que uma figura negra e magrela, um guerreiro de Breu vinha o atacar.

Soluço desviou e tentou agradecer o cavalheiro, mas ele já havia se misturado na multidão. Seus pensamentos agora eram: achar Merida e Rapunzel, salvar Jack, destruir Breu.

Enquanto corria, sentiu seu Soul-Patronus brilhar intensamente, distanciando dele. Era um sinal? Soluço precisava segui-lo.

Soluço achou estranho o fato de seu Soul-Patronus estar levando-o para fora da legião. Ele ia até a floresta, e isso era para ele no mínimo estranho. O que o esperava lá? Ele tinha medo.

Entrando finalmente na floresta, Banguela voltou ao normal. Olhando de um lado para o outro, Soluço notou que ao longe estavam as pessoas que ele mais desejava achar: Merida e Rapunzel.

Merida parecia ter notado-o também, porque ela saiu correndo para encontrá-lo. Quando finalmente estavam um lado do outro, eles se abraçaram intensamente, e Soluço se permitiu em beijá-la.

O beijo foi rápido e urgente, refletindo o desespero e gratidão de ambos. Quando se soltaram, Soluço viu Rapunzel ao longe, feliz em vê-lo, mas claramente tristonha.

– Cadê Jack? – perguntou Merida no ouvido de Soluço, para Rapunzel não ouvir.

– É complicado... – Soluço suspirou e sussurrou o mais baixo possível. – Não tiha o que fazer, você conhece Jack. Ele estava tão determinado e eu não...

– Soluço, me conta devagar. – Merida arquejou.

Antes que dissesse alguma coisa, novamente seu Soul-Patronus brilhou, distanciando-se dele. O mesmo aconteceu com o Soul-Patronus de Merida e Soluço percebeu com surpresa que na verdade todos os Soul-Patronus brilhavam em chamado para outro lugar.

Soluço apertou a mãe de Merida, beijando-a na testa suada e com o olhar a convidou para seguirem seus Soul-Patronus.

***

Rapunzel ia cabisbaixa ao lado de ambos, claramente perturbada, mas ela não falava nada. Ela não perguntara sobre Jack nem dissera um oi a Soluço. Soluço se sentia mal por não falar nada, mas ele não se sentia preparado. Além de que, em minutos veriam Jack novamente quando ele fosse... Não, Jack não iria morrer, ele não poderia.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora