Elliot estava dentro da área do castelo quando transportou. Seus olhos negros olhavam para todos os lados, notando que ninguém trabalhava no jardim e nenhuma empregada era vista. Provavelmente por conta da guerra estavam todos escondidos ou trabalhando exclusivamente dentro do castelo.
Alguns guarda eram visíveis perto do portão, mas por sorte Elliot já estava dentro da grande propriedade. Merida estaria bem?
Era óbvio que sim. Merida sempre batalhava até conseguir, tudo estava indo bem.
Neste dia Merida o surpreendera. A garota, sua melhor amiga, a garota que ele era apaixonado era tão fascinante quanto ele pudera imaginar. Ele sempre soubera e valorizara sua força, sempre soube que havia algo especial e único nela.
Mas que a garota estava responsável por salvar as Legiões? Era mais que fascinante.
A única coisa que intrigava Elliot era o garoto que Merida segurara a mão. Soluço. Ele pensou na primeira vez que provavelmente estavam de mãos dadas pelo fato de que Soluço havia acabado de ver seu pai morrer. Mas os olhares de ambos não deixavam mentir: estavam apaixonados.
Irritado? Não. Com ciúmes? Não. Aliviado? Sim.
O que Elliot sentia por Merida era algo além de paixonite. Não era desejo, nem era obsessão. Seus sentimentos por Merida eram superiores a tudo isso. Ele a amava tanto que não importava como, se fosse com ele ou sem ele, mas se estivesse feliz, isso era o importante.
E Elliot tinha que ser sincero: fora estranho beijar Merida. Ele sonhara tanto com aquilo, fantasiara tanto mas no final... não fora tudo aquilo. Era como se tivesse beijando sua mãe, sua irmã. Ele conhecia demais Merida e beijá-la foi excitante, mas faltava o calor romântico, o sentimento recíproco dos apaixonados. Ele sabia que ela não podia amá-lo assim, desse modo.
Elliot correu até sua pequena casa que ficava na área do castelo, ao lado das outras casas das famílias dos empregados. Entrando bruscamente sem nem mesmo avisar, avistou sua irmã mais velha Lucila carregando sua irmã menor Laurine no colo, que não parava de chorar. Ao lado estavam Rupert e Aimee quietos e assustados. Algo acontecia.
Lucila ao ver Elliot, deu um gritinho. Elliot estava todo sujo e provavelmente devastado, o que deveria ter ocasionado o susto. Os irmãos olharam para ele ao mesmo tempo.
– O-o que está acontecendo, Ellie? – questionou Lucila chacoalhando a bebê Laurine. – A guerra acabou? Encontraram a princesa Merida?
Elliot não tinha tempo para falar. Ele apenas falou para a irmã apressadamente:
– Não há tempo para explicação. Apenas pegue tudo o que temos, roupas e coisas valiosas porque temos que sair daqui. Avise todos os empregados rapidamente. – Elliot olhou para Rupert e Aimee, pedindo que ambos fizessem isso. – O castelo será explodido em menos de vinte minutos.
Um grito sufocante preencheu a pequena sala. Os sons vinham do quarto.
– O que é isso? – Elliot perguntou assustado com o som horrível.
– Começou de novo... – Lucila começou a andar pela sala desesperada, começando a amontoar as roupas. – Faz mais de um dia que Isolda está dando à luz, mas o bebê insiste em não nascer! Achamos que a coitadinha morreria até. As contrações vieram forte depois que ela sangrou, mas está preocupada demais para dar à luz com Tristan agora na guerra. Estava desmaiada fazia quase uma hora, mas vejo que acordou.
Elliot fez uma careta. Estava acostumado com partos, já que sua mãe tivera mais três filhos após ele nascer.
Outro som estridente. Ela estava matando um porco a gritos?
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Big Four - Guerra das Legiões
Fanfiction"Há um lugar. Um lugar longe, mas tão perto. Um lugar pequeno, mas tão imenso.Um lugar cheio de magia..."Uma espécie especial vive nessa terra. Essa espécie com quatro raças: a raça do fogo, água, terra e ar.Mas uma se sentia mais importante que a o...