|Jack| Memories

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Finalmente solto, Jack foi levado a tal cela que o esperava. Jack não olhou para Soluço antes de ir, pois sabia que o olhar do garoto, julgando-o destruiria todos seus planos. Talvez Breu estivesse certo, Jack era egoísta.

Ele estava tentando fazer tudo sozinho, isso era certo. Por que sempre ele acreditava que podia carregar o peso do mundo em suas costas? Era uma droga, mas era verdade. Jack não tinha o dom de trabalho em grupo e seu espírito impulsivo o fazia arriscar em decisões suicidas.

E se um dos quatro no fim tivessem que morrer, ele é quem deveria. Soluço não merece isso, Merida é especial, precisa liderar em ajuda a todos com suas ideias revolucionárias e Rapunzel tinha um dom e Jack nunca deixaria que ela morresse, pelo menos não enquanto estivesse vivo.

Por que Jack se sentia confortável na cela? Talvez fosse a sensação da morte próxima. A dor latejante em sua perna ferida não o incomodava mais e Jamie não voava. Ele estava em uma posição relaxada no chão, olhando para Jack com seus olhos pequenos e redondos, como se dissesse: “Eu sou uma águia, não sou feito para ficar preso em uma cela fria e solitária.”. E Jack estranhamente quis acariciar o Soul-Patronus, mesmo sendo impossível.

A porta abriu e Breu surgiu. Será que Soluço havia sido liberto? Jack levantou-se para olhar o deus olho a olho. Breu parecia impaciente.

– Vamos terminar logo com isso, Breu? – Jack ironizou com sua voz sem emoção.

– Por que, Jack Frost, tem planos?

– Pareço que tenho planos? Estou fazendo isso por um bem maior.

– Você é um vermezinho idiota mesmo, mas eu gosto disso. A deusa escolheu o protegido errado.

– Se ela ao menos tivesse me protegido eu estaria com minhas memórias. – Jack tentou usar um modo de convencer a Breu sua inocência, e isso era o melhor modo que conseguia pensar.

Breu riu com gosto.

– Podemos pular já para a parte das minhas memórias? – Jack revirou os olhos, impaciente.

Breu arrumou sua postura e com um movimento com a mão, sua névoa negra atingiu o Soul-Patronus de Jack. Jack olhou horrorizado para Breu:

– Você prometeu! – Jack caiu para trás, zonzo. – Seu traidor, você jurou.

Então apagou.

Era como se Jack fosse um fantasma, um observador nas memórias antigas. Ele não tinha corpo, não sentia o peso do corpo, mas sabia que estava ali. Era inverno, toda a Legião estava branca por causa da neve e uma casa encantadora era vista entre a neve forte. Da lareira saía fumaça e sons de risos de criança saía de dentro.

Jack se aproximou.

Tinha um garoto lá. Tinha uns quatorze anos? Por aí. Ele era alto para a idade e magro. Seus cabelos castanhos eram idênticos ao de uma garotinha que ria feliz, batendo palma com o irmão que exibia seu talento com uma espada velha e enferrujada. Ele tinha talento.

Quando o garoto virou-se para a direção de Jack, ele não se surpreendeu com o óbvio: era ele.

Os traços eram mais infantis comparados a agora, mas claramente era ele. A única coisa que o surpreendia eram os fios de cabelo que eram castanhos. Os olhos eram mais leves também, não tão agressivos e revoltados como os de agora.

O Jack das memórias estava agasalhado e agora sorria para a pequena garotinha que assistia a exibição do irmão com prestígio. Jack agora sabia da onde vinha sua habilidade com a espada, era algo de antes perder a memória e ele era realmente bom.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora