|Merida| "I do"

204 18 2
                                    

O frescor da brisa que batia no rosto de Merida enquanto ela corria fazia com que ela se relaxasse diante de tanta tensão.

Havia passado três dias. Apenas três dias em que sua vida mudara para sempre.

Tantas perguntas, tantos mistérios.

Tantos problemas que apenas o tempo poderá responder.

Poderia ter passado apenas três dias, mas as respostas pareciam que iam demorar uma eternidade.

Quando sua mãe contara a ela que casaria com Griflet, Merida desistiu imediatamente de protestar para ver Elliot ferido. Nada mais importa quando seus sonhos são destruídos.

Griflet Protestatem havia dormido naquela noite em sua casa, no quarto de visitas pois na hora do almoço o anuncio seria dado oficialmente.

Merida não conseguia dormir. Ela tinha a sensação de fragilidade em que estava sozinha nessa, sem ninguém para poder se apoiar. Ela também tinha a sensação de que se dormisse, Griflet poderia a qualquer momento entrar em seu quarto às escondidas. A ideia de já a enojava.

Era incrível como Merida poderia ter nojo dele, já que ele era, definitivamente, o mais belo cavaleiro da Legião.

Seus cabelos eram tão sedosos quanto de Merida. Seus olhos azulados pareciam um pedaço de céu favorito dos anjos e sua voz era densa, de modo que qualquer garota que ele dirigisse a palavra ficasse completamente apaixonada.

Mas sua postura arrogante, seu andar dominante e seu olhar demoníaco dizia algo dele: ele não tinha boas intenções.

E Merida não podia aceitar que esse homem era seu futuro esposo.

Silenciosamente, Merida guardou Angus no celeiro e entrou lentamente no castelo pelas portas de emergência.

Pelo sol e quietude do castelo, deveria ser seis horas da manhã. Merida conseguiria ir até seu quarto e esperar até o momento que finalmente teria que acordar.

Ela abriu a porta de seu quarto, que Merida sempre considerou exageradamente grande para uma só pessoa e deitou-se em sua cama, fechando os olhos, que arderam imediatamente.

Na maioria das vezes em que Merida estava com tempo, ela tentava desvendar a profecia. Mas neste momento, Merida não conseguia se dedicar a isso. Griflet a atormentava demasiadamente.

***

Suas empregadas entraram silenciosamente em seu quarto e a acordaram. Era hora de se arrumar.

Elas trabalhavam rapidamente e sem falar, tirando a roupa suja de Merida e a jogando na banheira para se lavar.

– Está ansiosa, princesa? – perguntou uma das empregadas que lavavam seu cabelo.

Merida não respondeu. Pensar doía.

E Merida não pode deixar de notar em como só se valoriza a alegria quando se está com dor.

Quando as empregadas terminaram de lavá-la, elas trouxeram um belo vestido para que Merida vestisse, por mais que ao olhar, Merida já odiasse.

A começar pela cor: roxo. A partir deste momento, roxo seria definitivamente cor de velório.

O velório de sua felicidade, de sua liberdade.

Era um vestido extremamente enfeitado com rendas e um pano brilhante roxo escuro.

As empregadas arrumaram o espartilho, apertando-a demasiadamente para ficar cinturada. Seus cachos foram penteados e presos no alto da cabeça, caindo como cascatas pelos ombros.

The Big Four - Guerra das LegiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora