Soluço entrou no quarto do pai após Merida ir embora. Por mais que ele precisasse conversar com Jack e Rapunzel, este momento ele apenas queria ficar com seu pai.
Ele segurou a mão de Stoico por um tempo, esperando quando ele abrisse os olhos. A gratidão que sentia por não ter perdido mais um membro de sua família era infinita.
Seu pai lentamente depois de alguns minutos apertou a mão de Soluço e abriu os olhos.
Diferente de antes, ele não parecia que havia levado uma surra horas atrás. Seus olhos brilharam, de alegria ao se encontrar com os olhos de Soluço.
Soluço quis dizer algo, mas nenhuma palavra transmitiriam seus sentimentos nesse momento. Stoico lentamente se desvirou na cama, ficando com as costas recém-saradas deitadas no colchão velho. Ele olhou afetuosamente a Soluço e com a força de hábito, procurou o dragão dele. Soluço já havia percebido isso: as pessoas sempre que o encaravam, encaravam também o dragão como se ele a qualquer momento fosse cometer algo anormal.
Os olhos de Stoico esbugalharam-se no momento em que encarou Banguela. Soluço não havia entendido por que e decidiu virar-se para também encarar.
Foi então que ele notou. Banguela estava no estágio dois.
Ele se perguntou em que momento isso acontecera. Foi aí que concluiu que provavelmente foi à noite passada, antes de dormir, quando estava cansado demais para notar.
– Isso é inacreditável, Soluço, em apenas três dias seu Soul-Patronus já estar em estágio dois.
De fato, era inacreditável.
Soluço ficara absolutamente amedrontado no momento em que tivera que salvar seu pai da prisão. Ele até agora não conseguia acreditar no que havia feito no castelo e como havia enfrentado o rei. Tantas coisas em apenas três dias que realmente, era inacreditável.
Soluço sentou ao lado do pai e perguntou afetuosamente:
– Está com fome, papai?
Com o típico olhar amável, Stoico afirmou e Soluço foi buscar comida.
Não havia absolutamente nada na cabana, o que era de se esperar, então Soluço decidiu procurar pela floresta algo comestível.
A fome por fim chegou a ele também por uma grande sorte, encontrou uma árvore de maças perto de uma cachoeira.
Droga, Soluço pensou, eu nunca tentei subir em uma árvore antes.
Seu medo inegável para fazer coisas consideradas perigosas ou mortais fez com que ele preferisse sentir fome. Porém, ele se lembrou de que em menos de 24 horas havia quase sido morto pelo rei de sua Legião, seguido por cavaleiros irritados e botado terror em vários bandidos presos e dois guardas que imediatamente seu pavor passou. Nada poderia ser pior agora.
Pelo menos ele esperava.
Ok, pensou Soluço, respirando fundo, você consegue, Garoto do Dragão. No mesmo momento em que ele pensou nesse apelido, ele teve vontade de vomitar. Que apelido ridículo! Ele focou novamente na árvore.
– Você não poderia criar asas e me ajudar a pegar umas maças, não? – perguntou Soluço, se dirigindo a Banguela.
Por um momento Soluço sentiu certo deboche da parte do dragão. Ele criou coragem e grudou em um tronco e subiu.
Não olhe para baixo, ordenou para si mesmo, Não ouse olhar para baixo, não olhe para...
Soluço subitamente caiu. Ele olhou para a árvore e depois para Banguela, que parecia estar se divertindo com a situação. Soluço deu um olhar desafiador e decidiu subir novamente.
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The Big Four - Guerra das Legiões
Fanfiction"Há um lugar. Um lugar longe, mas tão perto. Um lugar pequeno, mas tão imenso.Um lugar cheio de magia..."Uma espécie especial vive nessa terra. Essa espécie com quatro raças: a raça do fogo, água, terra e ar.Mas uma se sentia mais importante que a o...