Episódio: 2

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Sina Deinert.

São 03:40am e eu acabo de entrar em casa.

Ah, onde eu estava?
Bem... Estava na companhia de uma pessoa.

-Onde estava, Sina Maria Deinert?. - Alex Deinert, minha mãe pergunta escorada no corrimão da escada.

-E você por acaso se importa? - pergunto e ela abre a boca para falar mas logo a interrompo. - Eu sei que não. Não gaste salivas para uma mentira mal contada.

-Sou sua mãe, Sina. Claro que me importo. - diz vindo até mim.

-Não, não se importa. Porque se realmente se importasse você tentaria ficar pelo menos dez minutos do seu dia comigo... Bom, e não é isso que você faz. - Digo já enfurecida.

-Claro que não, porque se eu tirasse, nós iríamos passar fome. - Ela faz carinho em meu rosto.

-Tira essa mão nojenta de mim. - corro para a escada. - você acha que me dá tudo que preciso... Mas saiba que você está completamente errada. Você nunca me deu um terço do que eu realmente necessito.

-Ah é? Então me diz, sina. O que você precisa? - ela aumenta o tom.

Amor! Amor, sua vadia estúpida.

Minha mente grita, mas me mantenho calada.

-Nada, Alex. Não preciso de absolutamente nada de você. - me viro e começa andar até meu quarto, mas sua voz volta a soar.

-porque você sempre insinua que eu sou uma péssima mãe, Mas nunca toca no assunto do seu pai? - ela diz subindo a escada.

-Bom, eu acho meio errado falar de uma pessoa da qual você não sabe nem o nome. - me viro e corro para meu quarto.

Entro para meu banheiro e paro de frente para o espelho.

Merda!!!
Droga!!!

Eu já fui tô mais forte do que agora... no passado eu não me importava com a ausência da Alex... Mas agora, dói muito.

Lágrimas insistentes cai sobre o meu rosto, me fazendo querer quebrar tudo a minha volta.

Meu mini espelho que fica sobre a pia para que eu possa fazer as sobrancelhas com uma melhor visão, chama minha atenção. Ele pede para ser tacado contra o chão e assim o faço.

-Droga!! - digo quando sinto algo arranhar minha perna.

Ótimo! Consegui arranhar minha perna, com os vidros do espelho.

Como uma noite começa tão prazerosa e termina tão ridícula assim?

[•••]

Coloco uma calça jeans para tampar o arranhado que fiz ontem. Visto uma blusa amarela e coloco um brinco e passo gloss. E um tênis branco.

Não tomarei café hoje. A conversa com minha mãe de ontem a noite tirou minha fome.

Então vou direto para escola.

Quando chego na porta eu vejo Noah Urrea atrás e uma árvore se escondendo, ou melhor, tentando se esconder.

-Deinert! - ele grita baixo. - Por favor, venha até aqui.

Caminho até ele devagar o vendo fazer uma cara de preguiça.

-Urrea. O que quer? - pergunto.

-Por favor, fique na minha frente até aquela bela ruiva sair. - ele aponta para Lari que parecia procurar alguém.

-Urrea, tenho mais o que fazer do que te esconder das suas garotas de transa. - falo sorrindo e negando com a cabeça.

-Por favor! - ele implora. - Porra, Deinert. Ela disse que me ama! - Meus olhos crescem.

-E... Qual o problema? Você não a ama?

-Deinert, nós dormimos juntos uma única vez. - começo a rir estericamente. já ouvi falar que Lari é bem apegada as pessoas, mas desse modo? - Me ajuda, por favor.

-Tudo bem. Vou levá-la para dentro da escola. - Falo me virando.

-Obrigado. - ele sussurra e eu apenas dou um tchauzinho de costas para ele.

-Lari! - grito e a mesma me olha sorrindo - Procurando alguém?

-Sim, você viu o Noah?

-Urrea? - ela afirma. - Não conte que te contei - me aproximo colocando as mãos em seu ombro e chegando perto do seu ouvido. E então sussurrando: - está atrás da árvore, querida.

-Obrigada, Si. - ela diz contente e me abraçando.

-Okay, ja deu de abraços. - Digo me afastando.

Ela anda até Noah que ainda está atrás da árvore, porém ele está de costas, então não consegue a ver. 

-Noah, baby. - ela diz e o mesmo olha assustado.

Dou um tchauzinho para ele sorridente e ele manda dedo para mim.

Qual é, você acha mesmo que eu o esconderia?


Leaders - Noart.Onde histórias criam vida. Descubra agora