Episódio: 7

1.8K 158 43
                                    

Noah urrea.

Me sento na cadeira após fazer meu pedido.

Hoje é domingo e como meus pais estão em casa eu resolvi sair... Estou no shopping almoçando. Ou melhor, esperando meu almoço.

Dez minutos acaba de passar e eu acabo de ver Sina Deinert passar ao meu lado.

Ela está com uma calça de moletom verde e uma blusa curta preta, no pé ela tem tênis brancos. Seu cabelo está solto com um efeito ondulado... Na boca ela tem seu gloss... Como de costume. E no braço direito ela usa uma bolsa branca não muito grande da Chanel.

O painel apita mostrando minha senha para pegar meu almoço. Me levanto pego a bandeija e volto a mesa.

penso duas vezes antes de decidir que não irei até ela. Esta semana nós conversamos muito mais do que conversamos em toda nossa mera existência.

Dou minha primeira garfada e bebo meu primeiro gole do refrigerante.

-Noah. - escuto. Levanto o olhar dando de cara com Sina.

-Oi. - respondo.

-Posso sentar? - Confirmo com um "aham" e ela se senta. - Queria te agradecer.

-Por...? - começo a prestar atenção no que ela diz.

-Por ter me impedido de nadar pelada... E por não me deixar estrangular aquela puta mal comida. - ela diz a última frase entre os dentes.

-Ah! Não foi nada. - digo dando de ombros.

Bom, eu não me lembro de ter contado a vocês, então: ontem quando eu estava impedindo a sina de bater na "puta mal comida" -- palavras de Deinert, não minhas -- um pouco antes de ela ir embora meu olhar se perdeu com o dela... E as  borboletas dentro de mim fizeram uma rave.

-Ah, sua jaqueta. - ela coloca a bolsa em cima da mesa e retira minha jaqueta de dentro da mesma. - Obrigada, de novo.

Pego a jaqueta sorrindo e então o silêncio toma lugar.

-O que está fazendo aqui? - pergunto depois de um longo silêncio.

-Fugindo da companhia da minha mãe. - revira os olhos. - e você?

-O mesmo. - digo e ela sorri. - Devia sorrir mais vezes, Deinert.

-Não me faça mandar você ir se fuder, Jacob. - ela diz.

-Você sabe que eu odeio esse nome, não é mesmo? - pergunto e ela confirma. - então o usa para quê?

-Adoro te irritar. - diz simples. - Por que está sozinho?

-Curto a minha própria companhia. - bebo um pequeno gole do meu refrigerante. - e você?

-Tentando esquecer os outros humanos e para isso preciso estar sozinha. - ela diz sorrindo.

[•••]

-A minha pior foi com... - Sina diz  - Não, eu não vou falar o nome dele. - Ela dá uma risada. - Mas foi quando eu estava no primeiro ano.

-Assim não tem graça! Exponha!! - digo.

-Nana nina não. - Ela faz não com o dedo e barulho com a boca.

Estamos dentro do meu carro enquanto comemos sorvete. Não me pergunte como viemos parar aqui, eu não sei te responder.

Ah, estamos falando de quando e como foi a nossa pior transa.

-Tá. - faço cara de tédio - Mas por que foi a pior?

-Bom, ele... como se diz... - ela pensa - Não sabia fazer nada, nem beijar.

-Onde você foi se meter em, Deinert. - Dou uma risada e coloco uma colher de sorvete na boca. - A minha pior foi esse ano... A gorota era louca. Não irei dá detalhes, acho que você não merece sofrer tanto assim.

-Achei que era você o garoto do ano passado que disse que eu era a pessoa mais odiosa do mundo. - ela arqueia a sobrancelha - agora quer me poupar dos detalhes sórdidos da sua péssima transa?

-É, era eu. - ela sorri. - se quiser saber dos detalhes eu conto.

-Não, definitivamente eu não quero. - ela responde coloca uma colher do sorvete na boca. - Ew, Noah! Isso é horrivel.

-O sorvete? - ela confirma. - é de que sabor?

-Chocolate. - ela disse com repulsa. - Eu vou morrer.

-Dramática. - ela me olha séria - Quer trocar?

-Por favor!! - ela diz e eu entrego meu pote para ela. - obrigada.

-Sem problemas. - coloco uma colher do seu sorvete -- ou meu -- na boca - Ew, sina. Isso ta horrivel.

-Dramático. - ela diz comendo meu -- ou seu -- sorvete. - o meu está ótimo.

-Rá rá rá. - digo e vejo os longos cabelos ruivo de Lari. - Merda.

-O quê? - aponto para Lari. - ô ô ôu. Até hoje ela tá te perseguindo?

-Sim. - choramingo e desço o banco para me esconder. - quando ela passar você me avisa.

-Acho que não precisa. - ela diz e eu escuto batidas no vidro. - Oi, Lari.

-Oi, Noah? - ela pergunta me olhando.

-Oi. - respondo sem ânimo e voltando a levantar o banco

-O que a Sina tá fazendo com você dentro do seu carro? - ela pergunta e eu e Sina viramos os olhos. - Não me digam que... Ah não acredito. - os olhos da mesma começa a lacrimejar.

-An? Que? - pergunto.

-Sim, Lari. Você esta nos atrapalhando. - Sina diz me pegando de surpresa.

-Não acredito!! - lágrimas escorrem sobre seu rosto. Puta merda! Ela ta chorando por que??  - Me Desculpa atrapalhar vocês dois, mas é que eu pensei que o Noah me amasse.

-Não querendo ser mal, mas já sendo... Ele não te ama. - Sina diz  tirando o cabelo do pescoço. - porque se ele te amasse ele não faria isso comigo. - mostra um chupão.

Lari não diz nada e apenas corre para longe.

-Eu não fiz isso. - digo dando gargalhadas

-Ah jura? - ela pergunta rindo igual a mim.

-Obrigada por tirar essa louca do meu pé. - Digo.

-Denada. - ela diz sorridente.

-Ah Deinert! Você é tudo. - grito e sem perceber seguro seu rosto e lhe dou um beijo na bochecha.

-Sim, eu sou. - ela diz me fazendo sorrir.

-E cheirosa. - sussurro para mim mesmo.

-É um perfumes francês. - ela diz.

-Não era para você escutar. - joga a cabeça no volante fazendo com que a buzina aciona. - Merda. - grito rindo por quê uma mulher que passava na rua se assustou.

-Ei, calma. - ela diz rindo muito.

E foi assim a tarde inteira... Sina e eu dentro do meu carro, comendo sorvete e rindo à beça.

Bem longo esse episódio né...

Vocês preferem episódios grandes ou pequenos?

Mais um hoje porque eu estou feliz que a Sina se pronunciou sobre ter falado a n-word.
.

Me sinto ótima por ter acreditado nela a cada segundo. E acreditado que ela se pronunciaria cedo ou tarde, por quê eu sei como o coração dela é bom. É apenas quer espalhar positividade🤧
.

Vocês acreditam que ela se pronunciaria?

Leaders - Noart.Onde histórias criam vida. Descubra agora