Capítulo 5

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Eu: Não. Eu não quero isso Natalie, por favor – me desesperei pegando no rosto dela com as duas mãos e caindo no choro – Eu te amo – a beijei – Eu te amo muito.

Nat: Eu também te amo, mas eu não consigo mais. Não dá pra consertar. – soluçou e eu a abracei. Ela não retribuiu o abraço. – Por favor Priscilla... Vai embora dessa casa. – eu segurei o ar por um tempo e chorei quando não consegui mais. Ela se soltou de mim e sentou na cama chorando. – Vai embora. – eu não tinha reação, mas eu precisava dar um tempo pra ela. Fui até o closet peguei uma mala grande e coloquei algumas roupas. Quando sai do closet, ela estava no mesmo lugar, chorando abraçada ao seu corpo. Até o ultimo segundo, esperei que ela dissesse que não queria que eu fosse, mas ela não disse. Antes de abrir a porta eu olhei pra ela de novo – Eu vou te deixar sozinha um pouco. Eu te amo e não vou desistir da gente. Me liga se precisar de alguma coisa ou quiser conversar mais calma sobre tudo isso. Eu vou pra um hotel ou pra casa da Diorio. – ela não respondeu, ela continuou chorando e olhando para o chão. Eu sai do quarto fechei a porta, dei um beijo na Isabela que já dormia, passei no quarto da Nina dei um beijo nela e passei no quarto da Nick que estava no banheiro. Achei melhor não falar nada pra ela então sai. Fui no escritório peguei meu notebook e alguns papeis e fui embora... Eu fui embora. Estava explodindo por dentro. As palavras dela ecoavam na minha cabeça e cada palavra era um tapa na minha cara. Deixei meu carro no estacionamento de visitas do prédio da Diorio e subi. Toquei a campainha duas vezes e a escutei vindo atender, já eram 23 horas.

Diorio: Já vai... – a ouvi destrancar a porta – Oi... Você aqui a essa hora? – olhou pra minha mala e suspirou. – O que aconteceu Pri? – eu a abracei forte. Parecia querer entrar no corpo dela. Eu sentia tanta dor que eu não conseguia explicar. Ela fechou a porta e trancou. Eu me sentei no sofá, estava devastada. Ela pegou uma água pra mim e se sentou ao meu lado. Depois de um tempo consegui me acalmar. – Quer me contar agora o que houve?

Eu: Agora não... Eu não consigo. Posso ficar aqui?

Diorio: Claro que pode. – sorriu de leve. Ela me levou até o quarto de hóspedes e foi deitar. Eu tomei um banho frio deitei e chorei até pegar no sono. Eu não conseguiria trabalhar na manhã seguinte.

NATALIE NARRANDO...

Não dava mais... Eu a amava muito, como sempre amei, mas não conseguia mais ser eu mesma vendo nosso casamento esfriar, nossa relação familiar esfriar e ela não fazer absolutamente nada, agir normalmente. Eu estava decidida a tentar mudar tudo isso no dia do nosso aniversário de casamento, mas ela não apareceu. Sabendo que o atraso dela acarretaria na perda da reserva, eu pedi comida num restaurante que a gente gosta e ela não apareceu. Aquilo doeu demais. A Nina não estava bem, a levei a pediatra e ela fez alguns exames inclusive de sangue pra saber porque ela vinha tendo essas febres, se tinha algo de errado com ela. Topei sair para jantar, queria saber no que isso terminaria, e como sempre uma leve discussão, e a surpresa da noite, Liz, a ex namorada dela. O quanto ela ficou desconfortável me surpreendeu e no caminho pra casa discutimos. No banho tive a certeza do que eu precisava fazer, pedir o divorcio. Depois de desabafar tudo que eu sentia, pedi que ela saísse de casa. Doia, queria pedir para que ela não fosse, e queria acreditar que superaríamos tudo isso, mas essa é uma certeza que eu não tenho. Eu mal dormi a noite. Quando deu 6 horas levantei me troquei fiz minha higiene e fui acordar as meninas.

Eu: Nicole, levanta vai perder a hora. – abri a porta a acordando. Bati na porta da Isabela também – Isabela, levanta vai perder a hora. - Entrei no quarto da Nina e ela ainda tava dormindo, tava com um pouquinho de febre. Coloquei o termômetro nela e ela tava um pouco quente. Peguei o remédio e pinguei na boquinha dela e ela nem acordou. Troquei a fralda dela ainda dormindo e desci. Fiz o café, coloquei a mesa e as meninas desceram. A aula começa as 7:30. Pedi um uber pra elas, não teria como leva-las, a Priscilla que sempre leva e eu busco. Elas desceram de uniforme e mochila.

NATIESE EM: AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ.Onde histórias criam vida. Descubra agora