Capítulo 7

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Quando a colocava na cadeirinha no estacionamento a Liz me chamou.

Liz: Natalie... – eu fechei a porta de trás.

Eu: Oi? Obrigada por atende-la – agradeci.

Liz: Olha só, eu só queria dizer que, independente de passado eu sou uma profissional, uma cardiologista infantil muito conceituada. Você tem todo direito de pedir uma nova cardiologista pra Nina, mas quero que saiba, que enquanto eu for médica dela, farei de tudo por ela ok? – estendeu a mão e sorriu de leve.

Eu: Obrigada Liz. Obrigada de verdade – sorri e apertei a mão dela.

Liz: Esse é o meu cartão. Aqui tem o telefone da minha casa, do meu consultório e do meu celular. Qualquer dúvida só me ligar.

Eu: Obrigada – entrei no carro e fui até uma farmácia. Como ela é pequena ele seria manipulado de forma liquida para dar a ela e colocariam sabor também, para amenizar o amargo e ela teria que tomar todos os dias. Ficaria pronto na manhã seguinte. Eu ia precisar observá-la durante as mamadas, os sonos diários, se ela se cansar muito para brincar e anotar tudo por duas semanas e enviar para a Luciana e para a Liz. Que mundo pequeno... Mas agora o que importava era a saúde da minha filha. Cheguei em casa as meninas estavam comendo cachorro quente que a Rose deixou pronto. Coloquei a Nina no berço e desci para comer com elas.

Bela: Como a Nina tá mama?

Eu: Ela tá bem agora. Ela vai ter que tomar um remédio, ela está com um problema no coração por isso ela tava ficando roxinha, e cansada. – expliquei a elas.

Nick: Avisou a mãe?

Eu: Não. Amanhã eu falo com ela.

Nick: É filha dela também, ela ia querer saber na hora mãe.

Eu: Nicole, não vou discutir com você ok? Você já ultrapassou todos os limites possíveis e impossíveis esses dias. Sua mae vai saber sim, amanhã eu vou falar com ela. – ela rolou os olhos pra mim. Eu decidi não brigar. Subi e liguei pra minha irmã.

Emy: Oi mana...

Eu: Oi – comecei a chorar ao ouvir a voz dela.

Emy: Hei... O que foi? Vou te chamar por vídeo.

Eu: Tá. Espera dois minutinhos, só pra eu pegar a Nina no berço.

Emy: Tá bom - desliguei fui até o quarto da Nina peguei a um pijaminha, duas fraldas, os lenços umedecidos. A peguei com cuidado peguei o travesseiro e o cobertor dela e fui para o meu quarto, fechei a porta do meu quarto e tranquei. A ajeitei na cama e logo meu celular tocou. – Hei o que ta acontecendo? – perguntou preocupada.

Eu: Eu pedi divórcio, mandei a Priscilla embora de casa, minhas filhas estão revoltadas, principalmente a Nicole, e agora a Nina tem Sindrome de Marfan, a aorta dela pode dissecar e vai tomar betabloqueadores pra evitar isso pra ela crescer mais um pouco e trocar a válvula cardíaca dela. Eu sinto falta da minha mulher, mas ela deixou de ser quem era a muito tempo e eu não consigo viver desse jeito – falei tudo rápido e chorando.

Emy: Calma... Respira... Você para de respirar quando tá nervosa – eu soltei a minha respiração e solucei.

Eu: Eu... Eu to com muito medo. Eu não sei o que fazer.

Emy: Natalie, porque não me ligou quando tudo isso aconteceu hein? Eu sou sua irmã. Não precisa passar por nada disso sozinha. Vamos por partes, me conta primeiro do seu divorcio... – contei tudo a ela, depois contei da reação das meninas e por fim do que tá acontecendo com a Nina. – Eu vou para o Rio assim que eu puder ok?

Eu: Emily seu trabalho, sua vida.

Emy: Eu estou trabalhando de casa, sabe que minha empresa me permite assim como a sua, eu posso trabalhar dai. Eu preciso me organizar e em duas semanas ou pouco mais eu vou pro Rio. A gente vai pesquisar mais sobre a síndrome da Nininha eu vou conversar com as meninas também – ficamos um tempo conversando, a Nina acordou pra mamar e logo desliguei. Troquei a fralda dela, coloquei um pijama nela e ela dormiu de novo e eu dormi junto. Tava exausta.

NATIESE EM: AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ.Onde histórias criam vida. Descubra agora