Bom dia seguimoooores... Lembrando que minhas fanfics são bem dramáticas e fica bem implícito nas apresentações ok? Se não gostam, não leiam...
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Quando me dei conta, já era de manhã. Eu precisava levar as meninas para o colégio e a faculdade. Tomei um banho para espantar o cansaço, me troquei e chamei as meninas. A Nina dormia pesado e ela não acordaria antes das 8 da manhã. Na cozinha contei tudo a Rose, disse que as meninas ainda não sabiam e que ia esperar a Priscilla acordar pra saber como contaríamos a elas. Quando fomos para o carro a Nick perguntou.
Nick: A mama tá em casa? Que horas ela voltou?
Eu: Era por volta de meia noite.
Bela: Vocês brigaram?
Eu: Não filha, a gente não brigou. Tudo isso tem explicação. Vamos esperar o tempo da mamãe ok? – fomos para o carro e seguimos em silêncio. Deixei a Bela no colégio e a Nick na faculdade. Voltei pra casa peguei meu celular e mandei mensagem pra Luíza, pra Diorio, e para o Rod e a Rafa que com certeza sabiam disso tudo. A Diorio me ligou.
Diorio: Hei... Como ela tá?
Eu: Me contou tudo e chorou como nunca a vi chorar antes. Eu não preguei os olhos, ela não falou mais nada depois disso. Acho que ela tá processando tudo isso. Vou esperar que ela acorde pra ver como vamos fazer com as meninas, se ela conta se eu conto. Sabia que ela tava no apartamento dela?
Diorio: Sim eu sabia. Depois a Letícia me ligou dizendo que bateu lá, conversou com ela e ela chorou muito. Desculpa não termos te contado nada, não tínhamos o direito de fazer isso. Você precisava saber dela.
Eu: Sim, eu entendo. – conversamos um pouco depois liguei pra Luíza e a gente conversou rapidamente, ela tinha paciente para atender. A Nina acordou, dei o café da manhã dela e ela foi brincar, a babá já tinha chegado então tava cuidando dela. Fui para o quarto e a Pri já tinha acordado, mas estava deitada encolhida na cama. – Bom dia – a beijei.
Pri: Bom dia – sussurrou.
Eu: Vou trazer seu café, quer algo em especial?
Pri: Não quero comer nada, só me traz um suco e um café preto.
Eu: Ok – desci fiz uma bandeja pra ela, coloquei pão de queijo com presunto e queijo pra ela caso ela sinta fome. Levei o suco e o café e ela tomou – Quer conversar?
Pri: Me perdoa, por tudo... – falou sem me olhar. – Eu precisava processar tudo isso e foi a melhor maneira que encontrei.
Eu: Tudo bem amor. Eu entendo e sei que foi um baque enorme pra você. Mas você está aqui, somos uma família, temos amigos maravilhosos, vamos passar por isso ok? – dei um selinho nela. – Precisamos contar para as meninas.
Pri: Eu não consigo falar isso pra elas. Se quiser dizer tudo bem, mas eu não consigo repetir isso de novo – deixou cair uma lágrima.
Eu: Eu converso com elas ok?
Pri: Te amo.
Eu: Te amo. – ela deitou novamente e dormiu. Desci com a bandeja.
Rose: Como ela tá?
Eu: Arrasada Rose. Ela não quer falar para as meninas, disse que eu posso contar. Voltou a dormir.
Rose: É difícil aceitar no começo, ela é muito nova, tem 3 filhas e uma esposa. Não deve ser fácil pra ela mesmo. Sabe que agora vai ter que se afastar do seu trabalho pra cuidar dela, ajuda-la nisso.
Eu: Sim. Eu sei. Quanto ao meu trabalho não é difícil me afastar ou trabalhar de casa. Vou ver com o Rodrigo e a Rafa como vai ficar a empresa na ausência dela, porque acho que ela vai precisar de um tempo até assimilar tudo isso, aceitar tudo isso. – ficamos conversando. Eu a ajudei com o almoço, a babá deu banho na Nina colocou um roupão nela pra ela poder almoçar e depois vestir o uniforme. Ela almoçou escovou os dentes, foi dar um beijo na mãe dela enquanto eu fazia a lancheira dela, logo ela desceu a deixei na escola, peguei a Isabela e depois peguei a Nicole. A Nick não teria aula a tarde. Assim que chegamos, almoçamos e depois do almoço as chamei para conversar no quarto da Nick.
Bela: A mama tá passando mal? Nem desceu pra almoçar.
Eu: Preciso contar uma coisa que eu soube quando a mãe de vocês chegou.
Nick: Parece preocupada.
Eu: Tem um motivo muito forte pra mãe de vocês ter sumido esses dias e eu entendo perfeitamente os motivos dela e sei que vão entender também. Ela descobriu um nódulo no seio no dia em que voltávamos de viagem então ela procurou a Luíza fez exames e descobriu que é câncer de mama.
Nick: Mas a mama é tão nova mamãe. – deixou cair uma lágrima.
Eu: É filha eu sei, mas aconteceu. Ela está doente. Ela fez biopsia antes de ontem pra saber se é maligno ou benigno – contei tudo a elas com calma. As duas estavam com medo e choraram bastante. Depois foram no nosso quarto, não tocaram no assunto, mas a abraçaram, beijaram dizendo que tudo ficaria bem e que estávamos juntas nessa. Ela ficou a tarde toda sentindo o carinho das meninas. Ela não falava muito e estava respeitando o tempo dela. Passamos o fim de semana todo a toa em casa, vendo filmes, comendo besteiras, ela queria fazer isso, não queria pensar em nada nesses dias já que depois tudo mudaria. Na segunda feira deixamos as meninas na escola e na faculdade e fomos na medica dela.
Marisa: Muito prazer Natalie eu sou a Marisa.
Eu: O prazer é todo meu.
Marisa: Então Priscilla, vamos direto ao ponto né, deve estar ansiosa.
Pri: Muito.
Marisa: Seu câncer é benigno, e parece estar ai entre 2 ou 4 meses. Ele é recente. Vamos atacar com quimioterapia, uma mais leve e se ele diminuir e até mesmo sumir, passaremos só para medicações orais ok? Caso contrário eu vou mudar para uma mais forte e se não sumir vamos fazer uma cirurgia para dissecar o tumor.
Pri: Eu vou perder meu cabelo?
Marisa: Nessa primeira fase não. Aliás, vai cair bem pouco, dependendo de como seu corpo vai receber a medicação.
Pri: Efeitos colaterais, quais são?
Marisa: Enjoos, tonturas, cansaço, dores de cabeça, dores nas juntas, boca seca e amarga em alguns dias após as sessões. Serão 6 ciclos de quimioterapia. Vamos começar amanhã. Olha só – pegou um calendário. – Amanhã você pode se sentir um pouco mal, e com bastante dor de cabeça, a primeira é sempre a mais forte. Depois você vai passar 1 semana se sentindo mal e depois dessa uma semana você vai começar a se sentir bem até chegar na terceira semana para fazer um novo ciclo. Cada ciclo acontecerá em 21 dias. – ela explicou detalhadamente como ia acontecer. Ela usaria um acesso venoso próximo ao tórax permanente enquanto faz a quimioterapia. Ela tava muito chateada com tudo. No dia seguinte de manhã começou a quimioterapia. Colocar o acesso foi sofrido pra ela. Minha sogra veio para o Rio, contei para o irmão dela por telefone e ele foi contar a ela. Ela ficaria com a gente alguns dias. Depois de algumas horas na quimioterapia fomos pra casa. Ela estava cansada, dolorida e enjoada.
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NATIESE EM: AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ.
FanficA maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado. Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento que...