Capítulo 35

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Passado o susto, algo me preocupava também, e era a minha irmã. A Isabela não tava legal, parecia triste. No meio do jantar ela pediu pra sair da mesa.

Mamãe: Filha, não comeu nada, tá ai brincando com a comida.

Bela: Eu to sem fome mãe. Posso me retirar?

Mamãe: Tá passando mal?

Bela: Não. Só to sem fome mesmo.

Mamãe: Tudo bem amor – ela levantou e subiu para o quarto dela.

Mãe: O que deu nela?

Eu: Não sei. Ela tá quieta desde ontem. Eu falo com ela depois. – terminei meu jantar, subi escovei os dentes e fui até o quarto da Isabela. A porta tava encostada. – Bela? – ela secou o rosto rapidamente. – O que aconteceu? – sentei ao lado dela passando a mão no cabelo dela.

Bela: Nada, tá tudo bem.

Eu: Não tá. Você tá chorando. O que aconteceu?

Bela: A Julia terminou comigo.

Eu: Desde quando você gosta de meninas e desde quando você namora a Julia? – ela nunca comentou nada.

Bela: Tem um mês que a gente namora e já tem um tempinho que eu descobri que gosto de meninas.

Eu: Nossas mães sabem?

Bela: Só a mama.

Eu: E por que ela terminou com você?

Bela: Por causa da Marina. – eu revirei os olhos. Essa garota é insuportável e a mamãe não gosta nada dela. Sempre vulgar e ela é bissexual e dá em cima de todo mundo e ela sempre deu em cima da Bela e a Bela nunca gostou dela fazer isso.

Eu: E o que a Marina fez?

Bela: Ela veio falar comigo e sentou no meu colo na frente da Julia e me deu um beijo. Eu a joguei no chão na frente de todo mundo e a Julia saiu correndo. Depois ela só falou comigo no fim da aula falando que não queria mais namorar comigo e que era melhor terminar, porque ela ficou magoada com o que aconteceu. Eu tentei explicar, mas ela não quis ouvir e desde ontem ela não fala comigo mais, nem me cumprimenta e ainda mudou de lugar pra não ficar perto de mim. – eu a abracei. Ela tava muito sentida.

Eu: Ela tá nervosa Bela. Ela sabe que não é culpa sua, mas é ruim ver a pessoa que você gosta e namora beijando outra pessoa. Espera ela se acalmar e depois vocês conversam.

Bela: Dói Nick. – soluçou. Doeu tanto ver minha irmã daquele jeito. Era a primeira decepção amorosa dela. Eu a abracei e fiquei ali até ela dormir. Eu não sabia mais o que dizer o que fazer, eu me sentia muito mal com aquilo, não saber o que fazer. Sai do quarto e fui para o meu e a minha mãe veio.

Mãe: Nick.

Eu: Oi mãe?

Mãe: O que ela tem?

Eu: A Julia terminou com ela – contei o que aconteceu. Minha mãe ficou triste, pediu para eu não contar pra mamãe porque ela não sabia que a Bela gostava de meninas. A Bela confiava muito na mama e ela sentia que isso era uma cumplicidade entre elas e ela queria isso, ter um segredo com a mama.

NATALIE NARRANDO...

Que susto. Acho que nem com a doença da Nina eu assustei tanto como assustei com a suspeita de gravidez da Nick. Não pelo bebê em si, mas pelos sonhos dela em fazer medicina, em fazer residência fora do país, e um bebê seria o adiamento e talvez o fim disso tudo pra ela. A Priscilla tava super nervosa com tudo e com medo também. Passado o susto, outro probleminha, a Bela não tava bem, e eu não sabia o motivo e sabia que a Pri sabia e era um segredinho delas. Elas tinham isso, a Bela tinha essa necessidade de ser amiga da mãe de confidenciar coisas. Eu não ia invadir o espaço dela, ia esperar ela me procurar. Desde que eu e a Pri voltamos, eu tenho um pensamento muito bobo e que a Pri vai surtar então resolvi externalizar isso. A gente estava se preparando para dormir. A Pri já tinha deitado eu fui fazer a Nina dormir de novo e fui pra cama. A Pri tava deitada na ponta eu me sentei e falei...

Eu: Eu quero casar de novo – ela caiu da cama e levantou a cabeça.

Pri: O QUE? – ela tava assustada e eu comecei a rir.

Eu: Levanta do chão amor – ri.

Pri: Como assim você quer casar de novo Natalie?

Eu: É... A gente se separou e eu quero renovar. Um novo casamento uma nova festa, uma nova lua de mel – sorri.

Pri: Não... Ok... Não... – sentou na cama.

Eu: Por que? – fiz bico.

Pri: Porquê???? Porque você gastou 100 mil reais no nosso casamento e a gente nem tinha esse dinheiro na época. Ficamos 3 anos pagando casamento Natalie e você não faz nada pequeno. De jeito nenhum. A gente faz um almoço aqui em casa um churrasco com a nossa família, mas um casamento uma festa de novo não. Não quero ter que vender uma das meninas pra pagar isso – ela fica nervosa sempre que eu falava de renovar votos e agora não foi diferente.

Eu: A gente vende a Nina. Ela é tão fofinha...

Pri: Own, meu bebê é lindo demais... – fez carinha fofa e ficou séria – Não. Ninguém vende meu bebê. Eu topo vender a Nicole. – demos gargalhada.

Eu: Amor, uma festa pequena, só nossa família e amigos íntimos.

Pri: Natalie...

Eu: Por favorzinho – a beijei e fiz bico.

Pri: Ta bom... Mas vamos ter limites. 20 mil.

Eu: O QUE? Não... Muito pouco.

Pri: Então você paga do seu bolso. – eu a encarei. – Já temos uma festa de 15 anos no inicio do ano que vem, já temos uma festa de 2 anos no fim desse ano.

Eu: Que tal em fevereiro do ano que vem? A gente renova votos, e viaja no carnaval como duas adolescentes sem filhos.

Pri: Acho uma boa ideia... – me abraçou. – E as meninas?

Eu: A gente manda para a casa dos meus pais ou pra casa da sua mãe. Ou as deixam sozinhas aqui. Elas sabem se virar.

PRi: Não quero o Felipe dormindo na minha casa enquanto estamos fora.

Eu: É... Eu também não. – ficamos fazendo planos e logo dormimos. As semanas se passaram, e chegou novembro, o aniversário da Nina chegou e era uma big festa. A Pri tem razão, eu não faço nada pequeno e isso rendeu muito entre nós.

Pri: Natalie ela tem dois anos pelo amor de Deus, acho que nem a festa de 15 anos da Nicole teve tudo isso – falava trocando de roupa e super irritada. A festa já tava montada no jardim e a gente estava trocando de roupa pra descer.

Eu: Amor eu vou pagar tudo fica tranquila. Mão de vaca. – ela me fuzilou quando falei isso.

Pri: Eu... Eu não vou falar nada. – saiu do quarto e foi arrumar a Nina. Acho que eu a irritei de vez. A festa foi super legal, a Nina apagou. Fomos dormir já passava de meia noite. A Pri saiu do banho, eu já tinha tomado e fui tentar dar mama pra Nina mas ela não acordou de tão cansada que estava. A Pri colocou uma camisola e deitou. – Boa noite – me deu um selinho.

Eu: Boa noite. – a abracei de conchinha. – Ainda tá brava?

Pri: Não.
Eu: Eu sei que tá... Mas fala a verdade, nossa filha merece depois de tudo que ela passou.

Pri: Sim, eu sei que ela merece, mas não precisava fazer quase uma festa de 15 anos pra ela né amor. Exagerou horrores. Mas já foi. Vamos dormir eu to exausta.

Eu: Tá? – beijei o pescoço dela.

Pri: Amor eu to cansada, é sério.

Eu: Não precisa fazer nada só relaxa – a virei e tirei a calcinha dela. – Só quero que relaxe – falei baixo e de maneira bem sensual. Abri um pouco as pernas dela e dei uma lambida de leve arrancando um suspiro e um gemido dela. Fiz um oral inesquecível na minha mulher. Eu sabia deixa-la maluca ainda mais quando ela tava brava comigo.

Pri: Se superou – ofegava após gozar maravilhosamente na minha boca.

Eu:Eu sei –dei um selinho nela e ela riu. A gente dormiu em seguida, estávamos exaustas. 

NATIESE EM: AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ.Onde histórias criam vida. Descubra agora