Capítulo Dezoito: Dylan

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Tivemos nosso momento de paz e descanso que precisávamos apesar de sabermos que, dentro do colégio, Violet e os outros nos aguardavam para poderem se alimentar e higienizar. Já ia anoitecer e ficar mais na rua era suicídio.

Depois de nos alimentarmos com o essencial, pegamos tudo que podíamos levar, guardei minha Katana por dentro da fresta do meu cinto e voltamos para o portão do colégio após uma rápida checagem do perímetro. Não havia sinal de nenhum alienígena por perto, eles estavam muito quietos. Até demais. Queria saber o que tramavam.

Não sei se os outros perceberam, mas eu fiquei olhando a janela acima da gente onde dois colegas acenavam para mim.

— Aí, galera — sussurrei. — Eles estão tentando falar alguma coisa.

Adam e os outros olharam na direção onde apontei, nossos colegas saíram por um momento e logo Violet apareceu na janela. Ela gesticulava um sinal de “podem entrar”. Isso eu consegui entender. Mas os outros pareciam querer falar mais e gesticulavam rapidamente para eu entender alguma outra mensagem.

— Esperem — disse Willian seriamente. — Tem uma coisa errada.

— O que seria? — Quis saber nosso colega.

— Como vamos subir se não temos uma escada? A não ser que vocês queiram entrar pelas portas principais, dando de cara com os alienígenas.

— Podemos olhar pelos cantos antes de entrarmos — propôs Adam.

— É arriscado, mas vale a pena.

— O que vocês decidirem, eu topo. Quero acabar logo com isso — nosso colega falou o que eu vinha pensando.

Decidimos agir rápido, um por um, escalamos os portões. Já estávamos prontos para correr para dentro quando a voz de Violet soou acima de nós.

— Esperem, garotos. — Seu comando me fez parar no meio do caminho.

— Conseguimos subir a escada que vocês usaram para vir aqui no telhado — disse uma menina. — Usem esse caminho. É mais seguro.

— Nos ajudou muito, Sasha — disse nosso colega. — Trouxemos suprimentos.

— Vocês são demais — falou outro aluno. — Estamos mesmo precisando comer e nos limpar. Nem queiram saber qual foi a sala que usamos para nos aliviar.

— Realmente não será necessário contar — falei enojado.

Jogamos as mochilas primeiro. Então Adam subiu, seguido por Willian. Estava tudo dando certo. Obrigado Deus por isso.

Quando foi a minha vez, as coisas começaram a dar errado. Um dos alienígenas nos viu e gritou para chamar reforços.

— Achei dois, estão tentando subir pelo telhado. — Ele vinha correndo em nossa direção pelo Campus.

A vantagem que tínhamos era a distância.

— Merda — disse meu colega. Tirou a palavra da minha boca. Seu tom de voz escondia sua real emoção. Medo. — Como é só um, podemos enfrentá-lo.

— Oi? — disse incrédulo.

— Se decidirmos pensar, será o suficiente para mais alienígenas chegarem e perceberem nosso plano. Agora precisamos agir. — Subam as escadas, eu e o Shaylan vamos despistá-los.

— Tá pensando em fa…

Ele não me deixou terminar, meu colega já se dispôs a correr até o alien. Os dois logo se chocariam, mas não foi isso que aconteceu. O garoto nem usou sua arma de fogo. Ao invés disso, deu uma voadora certeira no peito do alienígena. O golpe o jogou para trás com violência, vimos ele rolar no chão, desacordado.

Night Hunters (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora