Capítulo Trinta e Sete: Recomeçar

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Muitos aplaudiram e assoviaram pela nossa vitória, os aliens que sobreviveram, se renderam, ficando à nossa vontade. Violet acima de nós gritou um discurso de paz.

— O falso rei e rainha de Allatra já não vivem mais, eu, sendo filha dos verdadeiros reis de Allatra, tenho o direito de comandar vocês. E ao lado do meu irmão, eu exijo que vocês voltem pra casa e não apareçam mais.

Os aliens cochichavam entre si. Agora que o rei e a rainha a quem serviam haviam morrido, só restava seguir as novas ordens ou, conhecendo a Violet como eu conhecia, seriam banidos para longe de nossa cidade, longe de qualquer ser humano que pudessem machucar.

— Aceitamos ir para casa, se assim quiser — mais um falou no meio da multidão.

— Enterraremos nossos mortos e, em seguida, abrirei um portal para sua partida — Violet explicou.

Não demorou para que os aliens que restaram os ajudassem a carregar seus mortos, nós humanos começamos a fazer o mesmo. Viramos a noite toda trabalhando em um funeral digno para nossos amigos.

.........

Por volta da meia-noite, eu e o restante de meus amigos e colegas nos reunimos no subterrâneo para decidir o que fazer com todos os outros hibernados. Levaria dias se fossemos tirá-los um por um, mesmo tendo um grupo grande para nos ajudar. Devíamos ter aproveitado a bandeira de paz para fazer os aliens nos ajudar com aquela bagunça causada por eles.

— Sei o que está pensando, Shaylan. — Thomas me pegou desprevenido. — Felizmente, eu e minha irmã quando estamos juntos podemos expandir nossos poderes de teleporte para mais de duzentas pessoas.

— Acho que Beverly Falls tem mais do que isso, cara. — Wal compartilhou sua estatística.

— Não nos subestime. — Violet se aproximou de repente. — Vocês ainda não viram tudo sobre nossa espécie.

— O problema vai ser explicar para eles tudo isso quando despertarem. — Willian analisou.

— Vai ser um saco — Adam murmurou. — O inteligente seria fingir ser como eles, que não sabemos de nada.

— Não será necessário inventar tudo isso. — Violet nos assegurou. — Tenho a habilidade de apagar as memórias das pessoas até onde eu desejar.

— Incrível — eu e Wal dissemos ao mesmo tempo.

— Vai nos ajudar muito — Willian comentou.

— E nós vamos esquecer também? — Dylan apareceu com os demais atrás dele. — Ouvimos a conversa e discutimos aqui que, se pudesse preservar as nossas memórias, ficaríamos bastante gratos.

— É isso o que querem? — Violet perguntou firmemente.

— Eu posso responder por todos quando digo que sim — Wal respondeu. — Não é todo dia que você luta contra seu sósia alienígena. Foi traumático matar a mim mesmo.

Coloquei meu braço ao redor de seu ombro para confortá-lo.

— Muito bem. — Thomas bateu suas mãos, fazendo ecoar pelo salão. — Façam um círculo e deem as mãos. Eu e minha irmã ficaremos no centro para iniciarmos nosso último poder.

— Último? — questionei.

— Esse poder é muito forte e desgastante, amigo — Violet explicou. — Quando tudo isso terminar, não vamos poder usá-lo por um bom tempo e eu digo um bom tempo mesmo.

Não dissemos mais nada depois disso. Tudo estava pronto para começar. Fechamos nossos olhos e deixamos o resto para nossos amigos. Ouvi Violet e Thomas falarem em sua língua materna. Uma luz pequena iluminou a escuridão dos meus olhos, percebi que ela se intensificava mais e mais até preencher o salão como um todo. Logo o brilho foi diminuindo até tudo voltar a ficar escuro.

Night Hunters (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora