Capítulo 17

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POV Dimitri

Os olhos de Rose brilharam com minhas palavras.

- O que te fez mudar de ideia? - Ela pergunta.

Antes que eu pudesse a responder, o comunicador novamente volta a falar. Pessoas, humanos, policiais, recebem notícias de ataques de monstros. Monstros esses que eu conheço muito bem.
Rose olha para o comunicador e depois pra mim entendendo o meu raciocínio sem que eu a dissesse.

- Você acha que são eles.

- Há uma boa chance.

- Por que Victor Dashkov estaria trabalhando com Strigois? - Nikolai pergunta.

- Bom, considerando que ele transformou sua própria filha em um Strigoi, eu não me surpreenderia.

Rose tenta parecer indiferente ao assunto, mas sei que ela ainda sente a morte de Natalie. Talvez por ter exitado, talvez por ter sido sua amiga. Não sei ao certo. Ela apenas sente.
Isso é uma característica fenomenal nela. Quando Rose começar a trabalhar como guardiã da princesa, ela matara tantos Strigois que provavelmente aconteça com ela o que acontece com todos, de perder os seus sentimentos. De perder a capacidade de sentir pela perda de algo. E saber que minha garota ainda tem essa capacidade, me alegra e muito.

- E se ele realmente estiver trabalhando com Strigois, o que vamos fazer?

Rose olha para Sidney.

- Talvez ele possa ser a chave para que eu encontre o assassino da rainha.

Uma roda se forma no quarto e todos temos especulações sobre o que pode, ou não, acontecer. A conclusão final chega através de Rose, como já era de se esperar.

- De qualquer forma, amanhã bem cedo iremos embora daqui.

- Isso vai deixar seu noivo bem chateado... - Nikolai brinca.

Por mais interessante que eu tenha achado esse lugar, me proíbo de continuar aqui ou de deixar Rose ficar aqui. Eles vivem em um mundo completamente diferente do nosso. E embora tenham me pegado de surpresa com o anúncio do noivado de Rose com Paul, no fundo eu sempre soube que aquilo havia sido um grande mal entendido.
Não precisa conhecer Rose sua vida inteira para saber que essa garota merece o mundo e não uma caverna e monte de filhos.

Um riso escapa de minha boca e o olhar mortal que Rose tinha dado a Nikolai por causa da brincadeira, se volta pra mim.

- Antes que vocês se matem... - Sidney interfere - Precisamos de um plano para sair daqui.

- Não vai ser difícil - Nikolai responde - Você disse que Raul tem uma caminhonete... Podemos pegar emprestada.

Rose sorri - Rouba-la, você quer dizer...

- Não. Não foi isso o que eu disse.

- Pega leve Rose... - Digo.

Mal dei a ideia de voltarmos a ativa e ela já quer entrar de cabeça. Bem sua cara mesmo.

- Acho melhor dormimos.

- Se os dados estiverem certos... Estamos próximos.

Já é dia seguinte e felizmente conseguimos pegar a caminhonete de Raul. Seguimos as pistas que os policiais humanos falaram no rádio e segundo Sidney, que se diz uma grande detetive, estamos próximos.

Rose se mantém calada e isso me intriga. Pensei que ela estaria eufórica por termos saído de lá, mas ela não disse uma palavra desde então.

- Está tudo bem? - Pergunto sem tirar os olhos da estrada.

Uma pequena Vingança [ CONCLUÍDA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora