Uma pequena Vingança [ CONCLUÍDA ]

Capítulo 10

POV Dimitri

Ele não parece interessado na conversa e volta a andar, mas eu o impeço.

- É sobre Rosemeire Hathaway. - Digo antes que ele se vá e finalmente tenho a atenção dele.

- Você é Dimitri Belikov, estou certo? - Ele pergunta - O antigo mentor de minha filha...

Fico desconfortável. Não faço ideia do por que daquela pergunta, mas apenas aceno com a cabeça positivamente.

Para o meu espanto, ele sorri - Você tem uma dívida com minha filha por ela ter ido a Rússia a sua procura... - Franzo meu cenho - É somente por causa dela que você está aqui.

- Sim, eu sei disso. - Afirmo.

Ele ri - Ótimo. Eu quero cobrar essa dívida.

No mesmo instante minha cabeça da um nó impossível de desatar.

POV Rose

Depois que Abe me disse aquilo eu não consegui mais me manter tranquila naquela cela. Eu tenho que sair daqui, mas fugir... Não sei como faria isso e se faria isso.

Alguns dias se passam e fico sabendo que irão fazer uma homenagem a rainha Tatiana, afinal ela era a rainha.

Fiquei chateada por estar rolando uma festa e eu não poder estar presente. Ri com esse pensamento. De repente me veio a mente várias memórias dos tempos passados. Do que eu fazia, como eu me divertia...
Estou sentindo falta de tudo isso e ainda mais de ser eu mesma sem ter que me preocupar com nada. Sem ter meu coração partido por alguém... Sem estar apaixonada pelo meu mentor que eu não imaginava que seria tanto sofrimento.
Apesar disso tudo, sei que valeu a pena. Com Dimitri eu pude sentir amor pela primeira vez por alguém.

De repente, ainda perdida em meus pensamentos, sou puxada para a cabeça de Lissa contra a minha vontade.

O que???

Ela está nervosa. Lissa, Christian, Eddie e outras pessoas estavam sentadas e Lissa olhava para todos os lugares como se estivesse esperando algo. Em um rápido reflexo vejo Christian soltar um pequeno sorriso de lado.

- O que eles estão aprontando? - Pergunto a mim mesma.

Então, do nada uma estátua que acabou de ser erguida para a rainha, explode. Eu me assusto com a explosão e mesmo de onde eu estava deu para sentir o tremor.

Ao sair da cabeça de Lissa noto que o tremor que senti não foi da estátua, mas sim uma explosão na prisão.

Corro para perto das barras para tentar ver o que está acontecendo e Abe aparece sorrindo.

- Que tal sair daqui? - Ele diz e então abre a cela.

- O que está acontecendo?

- Não temos tempo... Vamos!

Abe me guia para fora dali e quando dobramos o corredor damos de cara com Dimitri.

Meu coração gela.

O que ele tá fazendo aqui?

Dimitri apenas me encara sem dizer nada.

- O carro já está pronto? - Abe pergunta a ele.

Dimitri acena com a cabeça e então vamos ao local que ele indica e ele nos acompanha.

- Eu sinto muito querida, mas vamos ter que nos separar agora... - Abe diz quando chegamos no carro - Dimitri cuidará de tudo.

- O quê?

- O tempo está acabando... - Dimitri nos apressa.

Eu estou completamente perdida sem fazer ideia do que está acontecendo e por que tudo isso.
Abe joga a chave do carro para Dimitri e ele logo entra no veículo.

- Vai. - Abe ordena.

Ainda confusa, entro no carro e saimos dali.

POV Dimitri

Rose se manteve calada durante a viagem e eu a entendia. Ela não fazia ideia do nosso plano.

- Você poderia me explicar o que está acontecendo por favor? - Ela pede depois de uns minutos.

Respiro fundo - Seu pai orquestrou esse plano para te tirarmos da prisão antes do julgamento.

- E por que ninguém me contou?

Apenas dei de ombros.
Novamente ela fica calada com os olhos fixo na estrada.

- Para!

Me assusto com seu pedido e freio o carro bruscamente - O que houve? - Pergunto.

- Eu posso ir sozinha daqui.

Sem que eu dissesse nada, ela desce do carro.

- O que você está fazendo, Rose?

- Você não precisa ir comigo... - Ela se aproxima - Sei me virar sozinha.

Não tenho dúvidas disso.

- Eu não posso te deixar ir... São ordens do seu pai.

- E desde quando você recebe ordens daquele velhote? - Ela pergunta com os braços cruzados.

Não é questão de receber ordens dele ou não. Abe estava certo. Eu Tenho uma divida com Rose e tenho que pagar.
Além do mais todo o meu ser não quer deixar ela sozinha. Eu tenho que protege-la. Eu falhei antes, então não posso falhar agora.

- Rose, por favor entra no carro... - Peço.

Eu não estava tão preocupado, pois já tínhamos ganhado uma boa distância da Academia, mas precisamos ir. Logo eles sentirão a nossa falta.

- É sério? - Ela pergunta ainda com os braços cruzados.

Sorri e entrei no carro, esperando que ela fizesse o mesmo e graças a São Vladimir, ela fez.

Consigo chegar no hotel que o senhor Mazur indicou, sem mais imprevistos.

Rose me espera na entrada enquanto eu vou buscar a chave do quarto. Ao me aproximar, ela me encara.

- Uma chave? - A olho sem entender - O que? Você acha que eu vou fugir ou algo assim?

Ri com isso - De certa forma... Sim.

Rose revira os olhos.

Entramos no quarto e eu fui logo olhando cada canto e cada janela para ter certeza que estávamos realmente seguros.

- Então... Qual é o plano? - Rose pergunta já sentada na cama.

- O que? - Pergunto enquanto ainda olhava pela janela.

Ela respira fundo - Qual é o plano para pegarmos o verdadeiro assassino da rainha?

Olho para ela - Seu pai e seus amigos já estão cuidando disso.

Rose me encara - Você só pode estar brincando... - Ela se levanta da cama e vem até a mim - Você não espera que eu fique aqui de braços cruzados enquanto estou sendo procurada por um crime que eu não cometi, espera?

Agora foi a minha vez de respirar fundo - Como você disse, você está sendo procurada. Você não pode sair, Rose. Deixe que eles cuidam disso.

Ela parece decepcionada com minhas palavras e começa a andar de um lado para o outro.

- Não! Eu não vou ficar aqui!

Ela apressa seus passos para chegar até a porta, mas eu sou mais rápido.

- Eu não posso deixar você ir, Rose!

Pelos seus olhos vejo que ela não vai desistir tão fácil e já me preparo para uma luta, mas ao invés disso, ela só volta a falar.

- Vem comigo! - O que? - Vamos nós dois fazer a nossa própria investigação.

Ah Roza... Ela me conhece tão bem. Ela sabe que eu também não gostei da idéia de ficar escondido sem fazer nada e obviamente está usando isso para me convencer.

Sorri - Eu não posso e você não vai sair daqui. - Digo por fim.

- Veremos...