| O L Í V I A S T E L L |
Saio do restaurante ainda nervosa. Hayley é impulsiva e da última vez ficou muito tempo longe.
- O que será que ela vai fazer? - Dafne questiona assim que entramos em seu carro.
- Espero que sentar e escutar. - Suspiro. - Vamos torcer pra isso.
- Ou ela pula em seu pescoço e faz um escândalo. - Ela me arranca uma gargalhada.
A mulher fala o que dá na telha e isso combina comigo e Hayley. Dafne é divertida, solta no mundo, mas sabe ser séria quando quer, até por que sua profissão exige isso.
Gosto de estar envolta de pessoas como elas. As duas são diferentes, porém estar ao lado de mulheres fortes, que já passaram suas merdas, seus altos e baixos e nem isso as fez abaixar a cabeça nos inspira.
Começamos a cantar no carro dando uma esquecida no assunto e logo sou deixada na empresa.
Trabalho a tantos anos pra Benjamin que nem eu mesmo sei. Ainda me lembro de ser estagiária aqui no meio da faculdade que pagava com muito esforço, encontrei Ben pelos corredores e suas cantadas me fizeram mais rir do que tudo e em pouco tempo já estávamos nos abrindo um pro o outro.
Nem sei o por que e como tudo aconteceu. Ele tinha perdido a mãe a pouco tempo, tentava se fazer de forte, e acho que quando encontrou uma pessoa que não caiu em suas cantadas e que ainda por cima soube manter uma conversa legal ele teve confiança pra falar.
Desde então o homem não me deixa em paz. É meu chefe e melhor amigo.
- Olívinha. - Ben exclama assim que me sento.
Fecho a cara pois odeio que me chame assim, ele faz de propósito e ainda ri.
- Café. - Pede fazendo bico e já estendo o copo pra ele. - Por isso que te amo pra caramba.
Rodo os olhos e ele entra em sua sala. Minha relação com Benjamin e de amor e ódio.
Ele me ensinou tudo que sei hoje, fui sua pupilo, seu projeto particular, e sou muito grata por isso, mas aguentar Benjamin Connor é uma coisa difícil pra caramba.
Ele é cheio de qualidades e sabe animar seu dia melhor do que ninguém, mesmo quando está no seu pior momento.
Mas também tem seus altos e baixos, sem contar as mulheres, porra, é meu amigo, mas o cara é um puto, um cafajeste, mas damos um jeito nessa parte rapidinho.
Eu vejo como ele olha pra Hayley e David quando eles não estam notando, a felicidade que ele deixa evidente.
No fundo Benjamin é um menino carente e até medroso, espero que não vacile como o irmão quando encontrar a mulher certa pra ele.
▪ Me encontra nesse endereço as oito.
Recebo a mensagem perto do final do expediente. Ou deu tudo certo ou tudo errado pra ela me pedir pra encontrá-la nesse restaurante, mas acho que foi tudo certo.
Assim espero.
Pego meu lindo carrinho que comprei de Hayley antes dela ir embora. Tá legal, ela queria me dar mas sou orgulhosa pra caramba e não aceitei, fui pagando de pouco a pouco, e o que aconteceu? Nas minhas férias ela me avisa que eu mesma paguei minha viagem a Roma.
Minha primeira viagem para fora do país, já que por aqui conheci alguns lugares trabalhando em viagens com Ben.
Eu quase chorei pela loucura dela.
Hoje agradeço, afinal descobri que ela é milionária minha gente e ainda agora um baita mulherão poderosa nos negócios, sem contar que tenho certeza absoluta que ela também pagou por parte da viagem já que ficamos em um hotel luxuoso em Milão na nossa curta estadia pela cidade.
Hayley é o tipo de amiga que te impulsiona. Me lembro de a conhecer logo que chegou na empresa e com um filho lindo de poucos meses que me fez babar e amar aquela pequena coisinha em segundos. Ela também me trouxe Jacey, outro solto no mundo que me trata como família desde sempre e quando foi pra Itália me lembro de ele fazer o papel de melhor amiga pra mim em muitas vezes, o que nos aproximou.
Chego em casa já ligando em uma música pra espairecer. Ganho um ótimo salário, diria que acima da média e uma das mais bem pagas da empresa. O que me deu oportunidade de ter meu pequeno cantinho.
Simples porém aconchegante já dizia as visitas frequentes.
Aproveito o tempo e dou uma ligação rotineira pra conversar com minha irmã e um pouco com meu pai que tinha acabado de chegar do serviço.
Desde que me entendo por gente me pai trabalha em uma construtora, um dos que pegam no pesado, mas se tivessem dado oportunidade verião o cara inteligente por trás do trabalho duro. Mas pelo menos o lugar lhe garante assistência médica, o que é um alívio por que mesmo parecendo ele não é mais novinho.
Minha irmã é muito parecida comigo ao mesmo tempo que é diferente, ela se apega fácil e desapega mais fácil ainda.
Tem seus dezoito anos e já namora, sem que papai saiba é claro, se não ele infarta de vez. Diz ela que não o ama, que ele ainda é um menino mentalmente e ela quer um homem pra vida dela, então enquanto isso eles se curtem.
Perto das sete tomo um banho rápido sem lavar os cabelos pois estão limpos e com os leves cachos naturais então começo a me arrumar. Visto um macacão tomará que caia com decote coração e bem acinturado, um colar delicado e saltos nude pra completar.
Sou mais básica e gosto de peças coringas como essa. Não gasta muito e está sempre bem arrumada. Prefiro quase nada de maquiagem, eu acho legal mas não tenho paciência todo dia, então é so dar um cor nas bochechas, uma máscara pra parecer que me maquiei e meu batom de sempre que deixam meus lábios um pouco mais vermelhos como se fossem naturalmente assim.
Pego um táxi por que se conheço bem minha amiga irei beber então nem pensar em colocar minhas mãos no volante hoje.
Aprendem crianças.
Chego dando o nome de Hayley na reserva e quando sou encaminhada pra mesa quase surto ao encontrar um loiro alto com olhos azuis compenetrantes.
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Querido Italiano - Série Poderosos e Irresistíveis 2
Romance| Livro 2 | Recomendo a leitura dos livros da série na sequência. Lucca Ricci. Um italiano insistente que quando decide algo vai nisso até o fim. E ele decidiu que a teria. Que teria a linda morena que o encantou de primeira ao sorrir e mostrar sua...