Querido Italiano - Série Poderosos e Irresistíveis 2

Capítulo 28

Felicidade.

Me sinto feliz, realizada, conquistando minha própria família, mas tem uma maldita coisa que esta encabulada na minha mente.

Estou vivendo tudo isso longe do meu pai. Do homem que segurou as pontas, que pirou quando virei mocinha, que se desdobrou para que eu pudesse me formar na faculdade, longe do homem que passou um inferno pra tornar eu e Donna pessoas honestas.

Por falar em Donnatella, a bonita assumiu pra mim seu lance com Adam no mesmo dia que fiquei noiva, e me contou tudo que tem acontecido entre eles desde que se conheceram, uma longa história.

O que nada me surpreendeu, só pela tanto que eles se falavam ou como os olhos brilhavam ao se verem ficava nítido que algo estava acontecendo. E eles achando que estavam escondendo bem.

Péssimos mentirosos.

- Pai. - Sussurro ao abrir a porta.

Chegamos ontem e vim pra casa depois do serviço para pegar algumas coisas antes de Lucca me buscar.

Como os noivos partiram em lua de mel fizemos quase que um rodízio e esses primeiros dias Samuel ficará conosco, então eu também ficarei por lá.

Volto a figura a minha frente, com a aparência abatida demais pro meu gosto e um pouco deslocado. Não deixei de falar com meu pai desde nossa última conversa, mas assumo estar sentindo uma falta absurda de estar em seus abraços.

- Papai. - Falo novamente e quase que automaticamente me aconchego em nele que me aperta forte.

- Oi tesouro. - Um sorriso brota em meus lábios ao escuta-lo me chamando assim.

- Entra. - Peço o dando espaço.

Assim que eu fecho a porta tenho uma Donnatella paralisada no sofá e meu pai em pé com as mãos nos bolsos da calça sem saber como agir.

- Oi pai. - Sussurra.

- Oi tesouro. - Vejo a armadura de Donna se desfazer na mesma hora e uma lágrima escorrer. - Não chore minha menina, não vim pra te ver chorar Donna.

- São .. os hormônios. - Diz entre soluços e reprimo um riso.

Papai se senta ao seu lado puxando seu corpo pra um abraço que ela aceita de prontidão.

- Me desculpe tesouro, eu sei que eu errei, que fui um velho antiquado. Me perdooe. - Dizia enquanto a balançava como se fosse uma criança ainda. - Eu não soube expressar da melhor forma minha preocupação, mas saiba que eu amo você tesouro e também amo esse bebê.

- Ama? - Sussurra mas calma e se separa o suficiente pra ver seu rosto que contém um sorriso.

- Claro que amo, me desculpe filha.

- Não precisa pai, eu sei que fui imprudente e que com tudo que passamos você não esperava uma filha de dezoito anos grávida e sozinha. - Murmura com pesar e é a minha deixa para sentar a sua frente na mesinha.

- Você não está sozinha Donna, nunca esteve. - Afirmo e a vejo sorrir.

- Isso mesmo, nós estamos aqui e sempre vamos estar, tudo bem?

- Tudo bem. - Sussurra. - Obrigada.

Papai puxa nós duas pra um abraço apertado e me aconchego nas pessoas que são meu farol, que o mundo pode estar desabando que eles viriam me socorrer.

- Temos muito o que conversar mocinhas. - Ele diz ainda nos expremendo em seus braços e sorrio.

- Estou noiva. - Solto de uma vez.

- Como? - Diz alto.

Então tudo acontece, a porta se abre, nós nos separamos, os Ricci invadem minha casa, Aurora e Samuel entram correndo e brincando e agora nós cinco estamos nos encarando como doidos.

- Ok. - Digo quebrando o silêncio. - Reunião de família? - Proponho.

- Urgentemente. - Papai diz carrancudo e eu e Donna seguramos os risos o vendo sentar de braços cruzados.

- Crianças, vão brincar no quarto.

- Por que tia? - Sam indaga curioso.

- Conversa de adulto, agora vão e depois tenho uma surpresa. - Dou uma piscadela e os dois curiosos e doidos pela surpresa fogem para o quarto.

Sorvete surpresa sempre ajuda.

- Participação? - Donna indaga pra mim e asseno.

- Sentem aqui os dois.

Eles que ainda estavam quietos se emtreolham e vejo Adam sentar ao lado de Donna que está entre ele e meu pai no sofá e Lucca se acomoda na poltrona comigo no braço dela.

- Pai, esses são Lucca e Adam Ricci, e esse é nosso pai Nathan Stell.

- Irmãos? - Indaga pra mim e afirmo.

- É um prazer senhor Stell. - Lucca diz confiante.

- Escutei muito sobre você. - Murmura o avaliando.

- Espero que coisas boas. - Papai dá de ombros.

- Até parece que Olívia falaria mal do namorado pra mim. - Bufa e Donna dá uma risadinha. - Quer dizer, noivo, é isso mesmo? - Indaga.

- É sim, espero que não tenha problemas. - Papai o fita por um tempo e respira fundo.

- Não tem, mas saiba de uma coisa garoto, eu posso não ser o melhor pai do mundo e até ser antiquado as vezes e precisar do puxão de orelha das minhas filhas mas se a magoar.. - Agora ele aponta o dedo pra Lucca. - Eu te caço até na China pra lhe dar um murro.

- Papai. - Repreendo e ele dá de ombros escutando risadas.

- Entendido senhor. - Lucca murmura.

- E você? - Papai indaga pra Adam vendo ele colado com Donna.

- Meu namorado. - Afirma e vejo papai segurando a respiração.

- Eu sei que Donna está grávida. - Adam começa nos surpreendendo com suas palavras. - E que somos novos, mas eu realmente quero estar ao lado dela pra tudo senhor Stell. A quero na Itália do meu lado, quero cuidar des..

- Itália? - Agora papai quase grita e Donna está nervosa.

- Ok. - Olho pra Lucca que assente. - Teria essa conversa mais pra frente mas Itália é um tópico importante.

- Me explica tudo tesouro se não vou infartar aqui. - Papai diz passando as mãos pelo rosto.

- Lucca e Adam são empresários italianos e estão aqui somente por um tempo o que significa que eles voltarão para Itália em alguns meses e acabei de descobrir que assim como eu, Donna também tem planos de se mudar pra Roma.

- Roma? - Sussurra paralisado.

- Na verdade eu vou depois do seu casamento.

- Casamento? - Ele está meio perdido.

- Papai, está tudo bem? - Ele nega e uma lágrima escorre pelo seu rosto.

- Vou perder minhas duas menininhas e meu neto de uma vez. Cristo, não sei se aguento isso Olívia, não sei se aguento.

Olho pra Donna e levantamos juntas me sentando em uma de suas pernas enquanto ela faz o mesmo, no mesmo instante ele nos prende em seus braços.

- Papai, não vamos te abandonar. - Começa.

- Nós não abandonamos, lembra?

Ele fica chorando silenciosamente entre nós duas que seguramos o riso.

- Senhor Stell. - Lucca chama e nem vi quando se pos de pé junto com Adam. - Nós temos uma proposta.