Capítulo 07

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Um encontro, certo, que mal tem nisso? Não é nada demais. Eu não sou uma adolescente virgem pra ficar nervosa assim.

O problema todo é que o encontro é com um italiano super quente.

Lucca é intenso, porra, intenso pra caralho, é um homem, como ele mesmo disse.

Acho que Hayley tinha razão, eu estava procurando no lugar errado. Sou sim do tipo namoradeira, mas passa um pouco e os caras já não queriam mais nada sério.

Fala sério, tenho vinte e seis fucking anos. Quero uma família, um cara pra dormir de conchinha, filhos correndo pela casa, sabe, quero o pacote completo, eu sou a do tipo que sonha em se casar na igreja com um véu enorme.

Desde o momento que vi Lucca meu coração pulou, rodopiou e me faltou o ar, eu soube que ele não era o tipo de cara que brinca, ele é decidido, sabe o que quer e isso me assusta.

Na verdade me aterroriza por que nunca estive com alguém assim. Mas vou aproveitar a intensidade de Lucca Ricci.

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Usando um blusa vinho de mangas compridas com um decote em v super profundo e costas quase desnudas, scarpin negros assim como as calças altas que são mais coladas que meu útero, mas que me deixam com a bunda linda, pego minha pequena bolsa e desço as escadas do prédio.

- Molto bella principessa. Está linda. - Sussurra fitando meu decote me fazendo corar como uma boba e o vejo balançar a cabeça antes de focar novamente em meus olhos.

- Obrigada italiano. - Ele sorri e abre a porta do carro pra mim entrando em segundos.

- Pronta pra comer a melhor coisa da vida? - Ergo as sobrancelhas em sinal de desafio.

- Me mostre e vamos ver.

Ele nega com a cabeça sorrindo me dando certeza que pensou besteira assim como eu.

●●●

- Cristo. - Murmuro quase gemendo ao comer uma pizza. - Deus, isso é muito bom.

Sim meus amigos, ele me trouxe em uma pizzaria onde ele diz ser a que mais parece com a culinária real da Itália.

E quer saber, eu gostei. Se ele me levasse em um dos restaurantes chiques que ele deve ser acostumado a frequentar ficaria sem graça.

- Eu te avisei. - Diz limpando a boca. - Não existe pizza melhor do que a italiana. - Se gaba e eu reviro os olhos mas tenho que concordar.

- Infelizmente é verdade.

- Sabia que ia admitir isso uma hora.

- Não se gabe muito Ricci.

- Ok. - Levanta as mãos e logo apoia os cotovelos na mesa me fitando. - Minha mãe ficará feliz em saber que sua futura nora aprecie a culinária italiana. - Quase cuspo o vinho que estou tomando e arregalo os olhos.

- Lucca .. - Tento dizer algo mas nada sai.

- Relaxa principessa, tudo no seu tempo. - E ainda sorri. - Ela te acharia legal.

- Ou doida. - Murmuro. - Minha irmã diz que ela é a alegria da casa e eu a cabeça. - Digo tentando contornar o assunto e acho que surge efeito.

- Como assim?

- Donatella é alegre, brincalhona sabe, desde sempre, já eu sou mais no caminho certo, se tem problema sou o tipo de pessoa que ajuda a resolver. Então se meu pai está com problemas eu sou a solução, e se ele está triste ela o alegra. - Digo sorrindo

- Como um time. - Afirmo.

- Isso, como um time.

- São só vocês três? - Questiona e fiquei feliz dele não perguntar logo de cara.

- Sim, e somos bem grudados.

- Entendo, minha mãe agora se divide entre Nova York pra ficar perto de mim e Aurora, e Itália pra ficar com Adam.

- Hayley me contou do prédio dos Ricci. - Zombo e ele solta uma gargalhada gostosa de ouvir.

- Ela chama assim desde a primeira vez, foi o jeito de nós três ficarmos próximos.

Três. Ele não disse do pai, mas vou respeitar como ele fez comigo e não perguntar.

- Quero te levar em dois lugares mas não sei qual escolher. - Passa os dedos pelo queixo sobre a barba aparente. - Um é animado, já o outro você nunca conheceu. - Ergo uma das sobrancelhas em descrença.

- Sabe que nasci e cresci nessa cidade, certo? É quase impossível um lugar que nunca tenho ao menos ouvido falar.

- Quer apostar? - Um sorriso brinca em seus lábios e eu sorrio confiante.

- Vamos lá.

Logo estamos em seu carro com uma conversa leve e descontraída. Conversar com Lucca é fácil, ele gosta de falar, mas não ao extremo, e ao mesmo tempo não são coisas fúteis, mas também me dá espaço pra tagarelar.

- Já estive aqui. - Murmuro ao nos ver em frente ao prédio onde ele mora.

Entramos em uma garagem subterrânea meio escondida e seguimos ao elevador logo que descemos do carro.

- Mas não onde vou te levar. - Sussurra e arregalo os olhos o fazendo rir. - Não pense besteira principessa, não ainda.

- Não pensei em nada. - Dou de ombros desviando o olhar.

- Pronta? - Indaga depois de uma eternidade quando paramos e as portas se abrem.

- Porra. - Sussurro e dou passos vacilantes sentindo ele atrás de mim.

Estamos no rooftop do prédio com uma visão do caralho pro Central Park e as luzes da cidade no horizonte.

Acho que essa vista ganha de todas que já tenha visto na vida.

- Vem. - Sinto sua mão na minha lombar nua e reprimo um gemido pelo contato.

O lugar tem pouca iluminação mas sendo o suficiente pra enxergarmos onde estamos com uma baixa luz. Sou guiada para um sofá, desses redondos, bem de gente rica e ele se senta ao meu lado olhando o céu.

- Esse é meu lugar no escuro. - Sussurra como um segredo. - Praticamente não pega celular e só escuto de longe o barulho da movimentação lá em baixo.

- Gostei daqui. - Assumo no mesmo tom de voz baixa.

- Encontrei um lugar que nunca foi. - Vejo seu sorriso ladino e sedutor se abrir.

- Parece que sim. - Murmuro num tom mais malicioso.

Nossos olhares travam uma batalha novamente e o vejo se aproximar lentamente.

- Esperei muito por isso Olívia. - Sussurra quando já sinto seu hálito bater em mim e aproveito quebrando o espaço existente.

Lucca me beija docemente, segurando minha nuca em um aperto leve mas firme, apreciando o momento sentindo o gosto de meus lábios antes de pedir passagem pra sua língua que explora minha boca como faço com a sua.

Até no beijo lento Lucca Ricci consegue ser intenso.

Querido Italiano - Série Poderosos e Irresistíveis 2Onde histórias criam vida. Descubra agora