Capítulo 10

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Levanto da cama horas mais tarde sentindo uma dorzinha e resmungo, porém logo sorriu ao lembrar como a conquistei.

Cristo.

Lucca é uma potência na cama, um homem com H maiúsculo com toda certeza. Eu sabia que ele era intenso, mas não esperava que fosse tão intenso assim.

Ele esperava uma mulher tímida que ele teria que encaminhar passo a passo, mas acho que se empolgou quando viu o contrário.

Não sou uma libertina mas também não sou santa. Tenho sim um jeitinho mais tímido, principalmente com quem não conheço, não libero meu lado divertido sempre, mas na cama, ali é o meu momento.

Paraliso em frente ao espelho de corpo todo e vejo uns bons roxos no meio das minhas pernas, vasculho o meu corpo e encontro outro na lateral do meu seio, nas costas e pescoço.

É, talvez extrapolamos.

Preciso de um banho, estou cheirando a sexo ainda. Deixo a água quente me lavar e relembro o péssimo pesadelo que tive pra estragar minha noite.

Não é sempre que sonho com isso, mas acho que os eventos trouxeram memórias atona. O abondono em si já é um ato deprimente, mas aceitar dinheiro por isso.

Por Deus.

Lucca me explicou melhor na madrugada. Disse que ela queria tirar então ele a convenceu do contrário lhe dando dinheiro. Assim ela teve toda a assistência durante a gravidez em que ele viveu em prol disso e assim que pariu se mandou.

Essa mulher nunca foi mãe da Aurora, e achei legal saber que Lucca não esconde isso da pequena por que lá na frente seria um baque maior, e por experiência própria, não seria legal ter seus sonhos destruídos.

Termino o banho rápido e coloco um vestido florido com um casaco e tênis. Pressinto que o frio chegará com força por aqui, em pensar que em quase quatro meses chegamos no natal.

Gosto dessa data, a que vem depois não me atrai muito, mas foco no natal pra não sofrer pelas desgraças da vida.

Em pouco mais de quinze minutos estou parada em frente a casa simples que cresci. Subo dois degraus e chego a porta tão familiar pra mim já a abrindo pois sei que quando aviso que venho eles já a deixam aberta.

- Cheguei. - Grito deixando o casaco pendurado na entrada e aproveitando o quentinho da casa.

Sim, sou friorenta.

- Tesouro. - Vejo meu pai sentado na sala que se levanta pra me cumprimentar e abraçar. - Até que enfim apareceu.

Meu pai é uma boa pessoa, as vezes com alguns pensamentos antiquados que eu e Donna sempre mudamos com jeitinho e muita conversa.

Nunca é tarde pra mudar não é mesmo.

Sou muito parecida com Nathan Stell, até a covinha do sorriso e a cor da pele mais morena. Já Donna veio mais clarinha como era nossa mãe.

Meu pai nunca mais teve ninguém fixo em sua vida. Eu sei que ele já teve algumas namoradas mas nada de trazer pra casa e nos apresentar. Mas ainda tenho esperança, ele é um coroa bonitão ainda e forte com seus um e oitenta. Um baita coroa.

- Lembrou que tem casa. - Reviro os olhos sem ele ver.

- Pare com isso velho.

- Até que enfim, lembrou que tem casa. - Minha irmã repete aparecendo na porta da cozinha já rindo e vindo me abraçar forte.

- Acabei de dizer isso.

- Vocês são muito exagerados, sabem que trabalho muito.

Os dois bufam ao mesmo tempo.

- Já falei que por mim ainda morava aqui até se casar. - Meu pai diz cruzando os braços.

- Precisava da minha privacidade pai, já conversamos sobre esse pensamento retrógrado. - Digo firme e ele desvia o olhar.

- Eu sei, precisam de paciência comigo.

- Nós temos paizinho. - Minha irmã diz dando um beijo em sua bochecha o que é suficiente pra ele sorrir.

Eu e minha irmã fofocamos fazendo o almoço mas senti a mesma se esvaindo de várias perguntas. Almoçamos e passei a tarde com eles até receber uma mensagem.

O que está fazendo principessa?

Um sorriso brota fácil em meus lábios.

Na casa do meu pai, e você?

Servindo de boneca pra Aurora que teima em arrumar meu cabelo.

Seguro um riso forte que tenho vontade de soltar ao imaginar a cena.

Estará ocupada essa noite?

Até agora não.

Não demora muito pra resposta chegar.

Mi piccola me trocou pela noite das garotas com a nonna, podemos nos ver?

Coitado de você, faço essa caridade.

Engraçadinha, te pego as sete.

O que devo vestir?

Por mim nada.

Engasgo com a minha própria saliva chamando a atenção dos dois e logo me recomponho rindo.

- E esse sorrisinho de apaixonada? - Donna questiona com um sorriso maldoso e bate seus ombros no meu.

- Não sei que sorriso. - Tento disfarçar mas é em vão.

- Certeza? - Papai me encara de cenho franzido e suspiro baixinho.

Não pode esconder nada desses dois, credo.

- Estou conhecendo alguém. - Assumo.

- Espero que não seja como o último. - Sentencia rabugento.

Meu pai nunca curtiu muito os caras que já trouxe em casa, que não foram todos que já sai, mas ele não sabe disso.

- É diferente, ele é um homem mesmo, não moleque. - Repito o que ele mesmo disse. - Mas ainda não é nada sério.

Ele não aprofunda no assunto mas vejo minha irmã de cara triste pro celular então sussurro.

- Está tudo bem? - Ela finge um sorriso e acena que sim mesmo eu sabendo que não.

- Só cansada. - Murmura no mesmo tom.

- A faculdade?

- Isso. - Afirmou ainda mentindo.

Vou esperar e não me afastar, quando ela quiser vai falar.

●●●

Sem nada?

Mando uma mensagem questionando assim que chego em casa mas não obtenho resposta até meia hora depois que ele aparece na minha porta.

- Sem nada? - Indaga com um sorriso malandro e dou de ombros.

- Você que propôs. - Digo fingindo tranquilidade.

Sou pega pelos seus braços e caiu na risada o vendo fechar a porta com os pés.

- Você me surpreende. - Sussurra antes de me beijar com saudade. - Está bem?

- Alguns belos roxos mas sim. - Brinco e ele me joga no sofá cobrindo meu corpo com o seu mas quando penso que vai se aprofundar ele desvia o olhar e franze o cenho.

- Sorvete?

- Nunca falta na minha casa. - Ele volta a me olhar.

- Então ele será nossa companhia mais tarde com um filme, o que acha? - Sussurra.

- Ótimo.

Enfim recebo o beijo quente que estava almejando.

Querido Italiano - Série Poderosos e Irresistíveis 2Onde histórias criam vida. Descubra agora