Capítulo 08

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- Um lugar?

Depois de beijos lentos e exploratórios nos separamos ofegantes antes de a coisa ficar mais, calorosa, digamos assim.

- Minha casa. - Falo rápido.

- Então é caseira?

- Nem tanto. - Dou de ombros. - Uma bebida? - Questiono.

Estou deitada ao seu lado com seu braço ao redor de mim fazendo com que meu corpo fique muito, muito perigosamente perto do dele.

- Essa é fácil, vinho. - Bufo e o escuto rir. - Mas como bom homem de negócios aprecio o whisky.

- Claro. - Murmuro e rolo os olhos.

- Um dia?

- Difícil. - Me ponho a pensar e chego a zero conclusões. - Não faço a mínima idéia.

- Sério? - Me olha incrédulo. - Nem seu aniversário? - Devio o olhar e fito o céu.

- Não gosto do meu aniversário. - Digo mais séria.

- Creio que tenha um por que. - Afirma e aceno. - Pode me contar? - Nego rápido. - Então é sério.

- Quem sabe um dia. - Anuo o assunto.

- Eu espero. - Beija meus cabelos e apoia o queixo ali ficando quieto.

- Onde está Aurora? - Questiono.

- Com a nonna. - Fico em silêncio com a mente borbulhando e ele indaga depois de um tempo. - Pode perguntar.

- O que? - Me faço de desintedida e ele rir.

- Pergunta. - Diz brincalhão.

- Já foi casado? - Ele nega me fitando. - Viúvo? - Nega também.

Poxa, ele sabe o que quero dizer com tudo isso. Levanto as sobrancelhas como quem diz, vai mesmo me fazer falar e ele ainda rir.

- Quer saber da mãe da Aurora? - Pergunta e afirmo o óbvio. - Eu sempre fui o cara de namorar e não pegar por pegar. Conheci Antonella em uma festa, saímos algumas vezes e engatamos um namoro, então ela engravidou.

O vejo ficar tenso e suspirar.

- Quando não quis me casar a mulher surtou.

- Por que não se casou? - Me intrometo tentando entender tudo.

- Pra mim casamento tem muito valor, e não iria fazer isso só pela razão de termos um filho, não iria me casar sem ama-la. Mas .. ela não pensava assim, então ameaçou tirar a criança e consegui com muito custo um acordo com ela. Logo que Aurora nasceu ela recebeu um bom dinheiro e nunca mais a vi.

Me sento atordoada e perplexa.

- Ela .. - Engulo em seco respirando forte sem encará-lo. - Ela abandonou a Aurora?

- Sim. - Afirma.

Minha mente vaga em lembranças obscuras. Lembranças essas que nunca esqueci. Meu Deus, ela era um bebê, essa mulher praticamente a vendeu e depois a abandonou.

Existem pessoas más.

- Olívia. - Me chama e disperso os pensamentos o vendo sentado me encarando preocupado. - O que você tem?

- Não é nada.

- É alguma coisa, me fala. - Seu olhar preocupado me faz respirar fundo.

- Eu quero, mas .. não consigo. - Admito me sentindo uma fraca idiota por deixar o passado me abater.

- Tudo bem principessa, tudo bem. - Ele me abraça de lado. - Só me diz que não abandonou uma criança. - Sussurra.

- Cristo. - Me distancio num pulo. - Não, jamais maluco, senhor. - Não me aguento e solto uma risada sem sentido.

- Quer ir ao segundo lugar? - O olho mais perdida que cego em tiroteio.

- Você é doido? - Ele dá de ombros também ficando de pé. - Que lugar?

- Uma balada, vamos animar a noite depois dessa conversa. - Ele segura minha mão puxado meu corpo pra ficar próximo ao seu. - Quero ver a Olívia divertida e solta.

- Não reclama depois.

- Jamais.

●●●

Esse é o encontro mais louco que já tive. Comemos pizza tomando vinho, nos beijamos, conversamos olhando o céu, falamos coisas sérias e importantes, pra terminar agora virando um shot de tequila num bar da primeira boate melhorzinha que encontramos.

- Eu amo essa música. - Exclamo. - Vem.

O puxo sem dar escolha ou tempo pra pensar. Jason Derulo envolve a pista e começo a fazer movimentos de um lado pro outro quando minha mão é pega e sou rodada antes de meu corpo grudar no seu.

- Você sabe dançar. - Digo alto por conta da música e ele sorri.

- Ainda vai conhecer muitas coisas sobre mim. - Sussurra no meu ouvido antes de continuar me conduzindo agora segurando meus quadris.

Nossos corpos se envolvem, sou posta de costas e posso sentir sua boca em meu pescoço enquanto nos remexemos juntos no mesmo ritmo frenético. Sou virada novamente pra minha sorte, por que meu controle está indo pro pau.

- Gosto de te ver se divertindo. - Diz tirando um cabelo que está na frente se meus olhos. - Você é uma caixinha de surpresas Olívia.

- Isso é bom ou ruim? - Indago meio perdida e ele sorri ladino como sempre.

Ele tem noção do puta sorriso sexy que possui? Ah, mas ele deve ter muita noção que é um destruidor de calcinhas.

- Muito bom principessa, muito bom.

Em um momento nos encaravamos sorrindo, no outro nos beijavamos na pista e no outro estava imprensada entre seu corpo e seu carro que por sorte estava estacionado em um rua meio vazia.

Mordo seus lábios e arranho a pele de seu abdômen trincado abaixo da camisa azul quando o ouço grunir.

- Não me testa Olívia. - Sussurra dando um apertão firme na minha cintura. - Não tenho um controle muito bom. - Assume e eu abro um sorriso sapeca.

- Então o perde de uma vez. - Ele encosta sua testa na minha e uma de suas mãos descem dando uma apertada na minha bunda que me faz arfar baixinho e estremecer segurando seus braços.

- Olívia você tem que saber que se fizer isso vai aceitar estar comigo. - Ele se afasta e me encara com o ar de luxúria em seus olhos. - Sou ciumento e quero você somente pra mim, vou querer que Deus e o mundo saibam disso Olívia Stell. - Fala sério e um arrepio me invade.

- Você disse ser um homem e não um moleque, agora eu que digo, não sou uma garotinha Lucca. Posso ter demorado a aceitar mas não viria aqui pra brincar com você. - Afirmo tão séria quanto ele.

Vamos lá Lucca Trator Italiano Ricci, antes de sair de casa já aceitei entrar de cabeça nisso, se não nem viria. Quero ver sua intensidade mexer  ainda mais comigo.

- Gostei de ouvir isso Olívia. - Ele se aproxima do meu ouvido me fazendo sentir sua respiração contra minha pele e deixa um beijo atrás da orelha me fazendo arrepiar. - Gostei muito.

Ele será o meu fim.

Querido Italiano - Série Poderosos e Irresistíveis 2Onde histórias criam vida. Descubra agora