- Eu ainda acho essa história surreal. - Murmura Dafne ainda em choque assim como eu que concordo.
Estamos sentadas num sofá no deck da casa de Hayley, o assunto me fez atrasar meus planos de matá-la, mas ainda não me esqueci.
- Nem me fale. - Diz e toma um gole do vinho. - Isso é muito surreal, até ontem achei que não tinha nenhum parente, de laço sanguíneo eu digo por que família já tem povo até demais.
Dramátiza mas sorri, sei como no fundo ela sempre quis isso, a casa cheia, pessoas que a amam, estou extremamente feliz por ela.
- E essa notícia nova? Estou me corroendo de curiosidade.
- Somos duas Dafne, a mulher não nos diz nada. - Afirmo vendo Hayley sorrir maliciosamente.
- Logo saberão, só falta o Ben chegar.
Em pouco tempo escuto um grito em uma voz bem familiar pra mim.
- Família.
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- Eu vou chorar. - Falo recebendo o apoio de Dafne que é mais durona mas sei que está emocionada.
Minha amiga vai se casar, eu serei madrinha e Jacey está chorando pela declaração de Hayley. Isso é demais pro meu pobre coração.
Em meio a felicitações abraço o casal deixando um recado pro noivo que no momento esqueci que também é meu chefe, que se dane, deixar uma insinuação que sei esconder um corpo não faz mal.
Vejo de relance Lucca próximo a Hayley e no momento que seu olhar cruzou o meu um sorriso brotou em seus lábios. Respirei fundo e segui pra dentro da casa, preciso de um segundo.
Me sento no sofá jogando a cabeça pra trás e logo uma mãozinha toma a minha.
- Você está triste tia? - Exclama me olhando curioso e sorriu o puxando pro meu colo.
- Estou muito, muito feliz, e você gatinho? - Mania de Ben que eu peguei.
- Mil muito feliz. - Diz abrindo as mãos mostrando como está feliz me fazendo rir.
- Sam. - Ouço o grito de uma vozinha nada delicada e logo vejo a dona sorrindo ao o encontrar.
- Aurora, estou mil muito feliz. - Repete sorrindo mas vejo o olhar azul da garota vacilar, esses olhos, iguaizinhos aos do pai.
Para de pensar nisso louca.
- O que foi Aurora? - Ele sai do meu colo e pega sua mãozinha.
- Nada.
- Está tudo bem querida? - Pergunto ficando próxima a eles e ela levanta seu olhar tristonho.
- Será que vou ter uma mamãe um dia assim como Sam tem um papai? - Diz esperançosa e engulo em seco.
Eu definitivamente não sou a melhor pessoa pra essa situação, mas preciso consolar essa pequena.
- Vem aqui pequena. - A chamo e ela sorri do nada me fazendo franzir o cenho.
- Papai me chama assim. - Diz ao se aproximar ficando a minha frente e pego suas mãos fazendo um carinho.
- Sabe, a tia Olívia também não tem mamãe. - Respiro fundo pra conseguir continuar. - Eu cresci sem uma e mesmo assim sou muito feliz com meu papai igual você é.
- Eu amo o papai. - Sorriu.
- E ele também te ama, não precisa ficar triste por não ter uma mamãe se você tem um paizão que te ama, ok.
- Isso Aurora, não fica triste. - Sam tenta ajudar.
- Agora. - Puxo a cintura dos dois os jogando em cima de mim e fazendo cosquinhas escutando suas risadas.
- Pa .. para tia. - Pede ofegante e paro os seguindo na risada.
- Que tal um doce? - Pergunto e eles levantam animados corredo pra fora, mas antes recebo um abraço apertado da pequena que sai sem dizer nada me fazendo sorrir.
- Obrigado. - Escuto sua voz e dou um pulo com a mão no coração.
- Cristo, homem não me assusta assim.
Ele sorri e anda até se sentar ao meu lado deixando o rastro de seu perfume amaiderado no ar.
- Não era a intenção, desculpa e obrigado .. sabe, pelas palavras.
- Por nada. - Sussuro com medo. - Você estava ouvindo a muito tempo?
Ele anui me deixando respirar aliviada. Não gosto de falar dessa parte da minha vida.
- O convite ainda está de pé. - Diz e reviro os olhos.
- Ah Lucca. - Me levanto e fujo.
Literalmente fujo como um animal amedrontado chegando na área externa a ponto de ouvir a fala de Dafne.
- Homem do céu, você joga cantada pra todo mundo mesmo? - Indaga fitando Ben que só sabe rir.
- Se tem saias ele dá em cima. - Digo me sentando ao lado dela e de Hayley no oposto dos homens que estão bebendo cerveja e brincando com as crianças no outro canto.
Jacey e Marco conversam enquanto David e Lucca que já voltou brincam com os filhos mas logo os quatro estam envoltos na mesma coisa.
- Ei, não sou assim não Olívinha. - Grita chamando atenção e eu rodo os olhos.
- Seu .. - Olho as crianças e não xingo. - Seu orifício anal que é mentira Benjamin, só essa semana foram três foras que dei por você, três. - Falo mais alto o último mostrando com os dedos.
- E eu te amo por isso. - Deixa um beijo na minha bochecha e levanta antes de eu acertar o tapa.
- Violenta. - Grita.
- Bebezão. - Rebato.
- Senhorita Stell. - Zomba.
- Cafajeste.
- Gostosa.
- Seu ..
- As crianças. - Temina a discussão e ainda sorri.
Bufo e pego a taça da loira tomando de uma só vez.
- Parecem irmãos que brigam o tempo todo. - Ela diz olhando entre nós dois.
- Quase isso. - Desdenho.
- Precisamos de marcar a noite das garotas. - Hayley propõe.
- Isso, estou precisando disso.
- O jantar foi tão ruim assim? - Indaga com uma careta malandra e Dafne a segue.
Pele jeito só eu e Lucca não sabiamos dessa armadilha.
- Não, foi ótimo. - Assumo frustada.
- Por isso ele não para de te olhar. - A loira diz e nem me viro.
- Mas o que tem de errado nisso? - A morena me conhece bem.
- Esse é o problema, foi bom demais e ele me chamou pra sair de novo mas recusei.
- Porra, você é maluca. - Dafne grita e logo encolhe com olhar assassino e murmura um foi mal.
- Ele é incrível demais, é tudo demais pra mim.
- Está com medo? Com receio? Achando que ele é cafajeste? Não gosta dele? - Hayley dispara com inquisições.
- Eu não sei responder nenhuma delas. - Assumo derrotada.
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Querido Italiano - Série Poderosos e Irresistíveis 2
Romance| Livro 2 | Recomendo a leitura dos livros da série na sequência. Lucca Ricci. Um italiano insistente que quando decide algo vai nisso até o fim. E ele decidiu que a teria. Que teria a linda morena que o encantou de primeira ao sorrir e mostrar sua...