Epílogo 2.0

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As vezes o rumo que a vida nos leva é inquestionável. Já ouviu falar que antes da tempestade vem a calmaria? Mas adivinhem? Depois que a tempestade passa tudo se encaixa no seu devido lugar.

Creio que a vida é assim, um amontoado de altos e baixos, onde procuramos acalento nas pessoas que amamos.

Nem sempre estamos felizes, rindo, alegres ou brincando, em muitos momentos vamos estar tristes, nervosos, doentes. Como qualquer outro ser humano estamos longe da perfeição, a questão é saber balancear. Não deixar tudo de ruim abalar as maravilhas da vida.

Já passei por mals bocados, mas quem nunca não é mesmo. O importante é superar e seguir em frente. Quando o trator chegar dê passagem, quem sabe não pega carona e encontra sua felicidade.

Eu embarquei, me joguei, aproveitei, de brinde ganhei uma família linda. Pensa que sempre é mil maravilhas? Oh coitado, quem me dera.

Alessandro com seus incríveis dez anos se acha o rei das minhas meninas, um ciumento nato e a cara cuspida de Lucca. Pois é, nove meses depois me aparece um serzinho cuspido o homem que nem se deu o trabalho de carrega-lo no ventre todo esse tempo.

Mas minha revanche veio com toda força dois anos depois com a chegada de Alexa, minha caçula chegou chegando com minha covinha, meus cabelos e um dos olhos amendoados, isso mesmo, um dos, por que o outro é azul. Papai disse que minha mãe tinha a mesma condição mas não era completa como de Alexa que tem a cor dos olhos completamente diferentes e lindos.

Lembro de pensar no decorrer dos anos como seria minha principessa na adolescência, e tive a infelicidade ou felicidade de acertar. Aurora está se tornando uma linda mulher, porém no início logo que ela fez seus onze anos entrou numa fase que só Deus na causa. Foi um longo ano, por sorte não passou disso, ela ainda de vez em quando tem seus truques de uma menina de quinze anos achando que esconde as coisas dos pais, mas nosso diálogo é ótimo.

Ela e Sam continuam melhores amigos mesmo ele implicando que o namorado dela é feio. Sim minha gente, namorado. A uns dois meses ela me pediu ajuda para contar ao seu pai.

O homem enlouqueceu e juro que acordou com um fio branco bem acima da testa. Ele ficou todo emburrado mas engoliu seu ressentimento pela sua principessa estar crescendo e teve uma conversa a portas fechadas com ela e outra com o bendito namorado.

Coitado do rapaz, dezesseis anos e passou por uma prova de fogo, via a mão trêmula dele pelo nervosismo, deu até dó. O pior é que era Lucca, Adam, meu pai e Alessandro em cima do garoto.

- Um pensamento. - Escuto o sussurro em meu ouvido e me arrepio, é incontrolável essas reações que meu corpo continua tendo ao dele.

Me viro alisando o peitoral do meu querido marido que mesmo depois dos quarenta continua delicioso.

- Nossa família. - Sussurro de volta e vejo seu sorriso ladino muito conhecido por mim. - Nunca me acostumo em ficar longe.

Assumo suspirando e ele me puxa para seu colo depositando um beijo em meus cabelos.

- Nem eu, mas precisamos desse momento.

Minha querida, maravilhosa, linda e magnífica atual psicóloga também conhecida como minha irmã concorda com a Dr. Dobrik, dizem que sempre volto recarregada de energia após nossas viagens. Meus sobrinhos lindos que amam por que Alessandro passa a maior parte do tempo com eles e esses rapazes juntos é a mesma coisa que pedir pro fogo ser acesso.

Todos os anos viajamos em nosso aniversário de casamento, no início eram viagem mais curtas pois as crianças ainda eram pequenas, porém hoje conseguimos aproveitar mais.

Dessa vez estamos em Lapônia, conheço boa parte dessa parte do mundo desde a nossa lua de mel na Islândia, sim, Islândia e foi o máximo. Ano passado fomos a Noruega e antes dele passamos um tempo na Suécia.

Somos um casal com três filhos e uma grande empresa italiana onde administramos junto a meu cunhado. Uma escapada é quase que necessária.

Quem diria que a garota que cresceu em uma pequena casa num bairro afastado de Nova York somente com a irmã caçula e o pai hoje estaria assistindo mais uma vez a aurora boreal de camarote.

Quem diria que a garota que cresceu em uma pequena casa num bairro afastado de Nova York somente com a irmã caçula e o pai hoje estaria assistindo mais uma vez a aurora boreal de camarote

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- Precisamos sim. - Afirmo e ele sorri nos puxando para baixo do edredom e se deitando comigo.

Estar aconchegada em Lucca ainda me trás a mesma sensação de anos atrás, mas nem sempre foi assim. Durante a gravidez de Alessandro eu fiquei gulosa, cristo, nunca vi coisa igual, meu apetite aumentou consideravelmente, incluindo minha fome pelo meu marido gostoso.

Porém na vez de Alexa eu soube que estava grávida apenas quando ocorreu um sangramento e desmaio que me fez parar no hospital. O que sucedeu a um cuidado extremo do Ricci em mim, isso incluiu o sexo. Depois dos sete meses eu não aguentava mais e ficava emburrada pro lado dele quando estávamos na cama, mesmo sabendo que ele queira cometer loucuras assim como eu, então foram três longos meses até o pós parto sem nos tocarmos direito.

Mas minhas amigas, quando o tempo acabou o negócio pegou fogo. Você pensa que fui eu que o ataquei? Errado. O italiano me acordou as duas e quarenta da manhã e tomou meu corpo de uma tal forma que no dia seguinte estava literalmente difícil de andar.

- Sabia que no início tinha ciúmes de você com Benjamin? - Escuto sua voz me tirando dos pensamentos e franzo o cenho.

- Ciúmes do Ben? - Indago incrédula deitada sobre seu peito e ele ri.

- Sim .. precisei lidar com uma mudança de país com uma filha pequena e a inauguração de uma filial, mas assim que coloquei os pés em Nova York uma morena apareceu na minha frente e me tirou do eixo. - Sussurra pertinho de mim encarando o céu mas seu olhar se prende ao meu quando me viro.

- E onde o Ben entra nisso?

- Vocês sempre foram ligados, mas na época achei que era de uma forma .. diferente. - Caio na gargalhada pelo seu pensamento e ele me acompanha posicionando meu corpo sobre o seu.

- Saiba que me prendeu a você desde o primeiro olhar italiano.

- Achei que era um trator. - Zomba e reviro os olhos rindo.

- Meu trator italiano. - Sussurro roçando os lábios no seu e suas mãos apertam meu quadril.

- Todo seu principessa, sempre seu.

O tempo pode passar mas Lucca Trator Italiano Ricci continua a me atropelar com toda sua intensidade.

Querido Italiano - Série Poderosos e Irresistíveis 2Onde histórias criam vida. Descubra agora