TRINTA E OITO

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Capítulo Trinta e Oito

Atena sequer se lembrava da conversa inapropriada com Poseidon na festa, até que chegou a hora de se trocar e ela tocou o botão mais baixo de seu vestido. Antes mesmo que pudesse despistá-lo ou começar a se despir sozinha, Poseidon estava à sua frente, um sorriso no rosto e as mãos nas costas dela.

- Sabe que eu quis fazer isso a noite inteira? - ele perguntou, enquanto começava a abrir os botões mais rápido do que Atena pensou que fosse possível. - Fiquei pensando em como eliminaria todos esses botões do caminho.

- E o que você concluiu? - ela perguntou, já afastando as mãos das costas do vestido.

- Primeiro pensei em rasgar todo o vestido de vez - disse ele, beijando brevemente os lábios da deusa, como se não pudesse se conter. - Mas acho que isso seria um crime. Você pareceu gostar dele.

- Que bom que você reparou - Atena comentou, fazendo o mínimo possível para que Poseidon parasse de desabotoar sua roupa; sabia que ele já estava na metade, e não se importava nem um pouco.

- Eu sabia que não conseguiria lutar contra o tempo - ele continuou. - São botões de mais. Então só me sobrava te distrair... - o deus se abaixou e dessa vez beijou Atena ardentemente, seguindo os movimentos de sua língua e mordendo seu lábio inferior ao final. - Mas você não está tentando de verdade.

Quando o deus terminou de falar, todos os botões do vestido de Atena estavam inegavelmente abertos, e o tecido escorregou sem dificuldades do seu corpo para o chão, deixando-a apenas com suas roupas íntimas. Atena percebia vagamente que estava seminua na presença de Poseidon, mas as mãos do deus em sua cintura sequer permitiam que ela se sentisse desconfortável com isso.

- Posso ter facilitado um pouco para você - ela confessou, junto aos lábios dele.

Estava tão próxima de Poseidon que sua respiração vinha com dificuldade. A presença dele era inebriante. O olhar preso no seu, as mãos acariciando seu quadril como se estivessem ansiosas para trazê-la mais para perto.

- Vou me lembrar disso - Poseidon garantiu, roçando os lábios nos dela.

Ele desceu as mãos até as coxas desnudas de Atena, onde levantou suas pernas e fez com que a deusa as enrolasse em torno de seu tronco antes que ela pudesse pensar direito no que fazia. Só queria Poseidon, só queria sentir a pele dele da forma como ele sentia a dela. Queria sentir os lábios dele sobre os seus.

Felizmente, Poseidon compartilhava de seus desejos. Enquanto se inclinava para encontrar a boca dela, caminhava na direção da cama, à qual não demorou muito a chegar. Ele depositou o corpo de Atena sobre o colchão e engatinhou até estar exatamente em cima dela.

- Seu penteado está lindo - Poseidon comentou, tirando um pequeno cacho do rosto de Atena. - Você vai ficar muito brava se eu desmanchá-lo?

Atena balançou a cabeça negativamente. Ela provavelmente negaria tudo que ficasse no caminho de Poseidon. Desde que ele não se afastasse, podia fazer qualquer coisa. Ela também enrolou as mãos no pescoço dele até prender os dedos no cabelo de sua nuca. Adorava sentir os fios de Poseidon, especialmente enquanto ele se inclinava para beijá-la. O deus dos mares estava bem consciente desse gosto quando uniu os lábios aos dela como se Atena fosse o próprio ar que ele respirava.

Os cotovelos de Poseidon estavam apoiados no colchão, ladeando Atena, para evitar que ele soltasse o peso sobre ela. Mas ela queria senti-lo mais, queria poder tocá-lo como ele a tocava no momento. Impaciente, ela tirou a mão de seu cabelo e começou a abrir tão rápido quanto conseguia - o que não era muito rápido - os botões da camisa de Poseidon, ainda sem quebrar o beijo. Demorou um bom minuto, mas por fim ela conseguiu se livrar do tecido, que atirou para qualquer lugar do quarto. Sentiu que Poseidon sorria sob seus lábios quando ela deslizou os dedos pelo tronco agora desnudo dele.

Três Desejos - concluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora