A Herdeira - Mafioso - Livro 2

Em Casa

Acima podemos ver o irmão de Judith, vou deixar vocês descobrirem o nome dele lendo 😊
Boa leitura!!
❤️❤️

17 de fevereiro

Judith Hunt Ballard

Desci as escadas da casa em que eu vivi desde criança, aquela casa era a casa perfeita, desde quando eu era criança até agora.

Ouvi as conversas e tentei não parecer mentalmente acabada, assim que cheguei no andar de baixo vi meu irmão sentado na mesa.

-Achei que tinha indo embora para nunca mais voltar.- ele brincou levantando.

-Bem, essa coisa de família é traiçoeira.- sorri.

Ele me abraçou e eu apertei ele em meus braços, Tyler era uma versão masculina de mim, literalmente.

A única coisa que mudava é que os olhos dele eram mais escuros, mas tirando isso podíamos ser gêmeos, tínhamos até idades próximas.

-Onde estão eles?- perguntei.

-Na cozinha.- murmurou em voz baixa.- O que aconteceu, Judith?

Engoli em seco e ele franziu as sobrancelhas, ouvi algo nas escadas e Link estava descendo tranquilo.

Ele e meu irmão eram amigos bem próximos, mesmo não vivendo juntos, quando eles se encontravam era a maior festa.

E as roupas do meu irmão davam em Link, apesar de eu achar que ficavam um pouco apertadas nele.

-Veio aqui pra ser humilhado pelo melhor jogador de basquete de todos os tempos?- Tyler levantou as sobrancelhas.

-Que eu me lembre das vezes que eu joguei com você, ganhei todas.- Link sorriu, um sorriso bonito.

-Vá sonhando.- eles fizeram aquele toque de mais que todos os garotos faziam e eu passei por eles.

Fui até a cozinha e vi meus pais conversando enquanto minha mãe mexia os ovos, franzi as sobrancelhas quando eles pararam de conversar.

-Ainda gosta dos ovos mexidos, querida?- minha mãe perguntou.

-Sim.- pisquei.- Estavam falando de mim?

-Um pouco.- meu pai foi sincero.

-Eu não queria preocupar vocês.- expliquei.- Achei que podia lidar com tudo.

-Não estamos julgando suas decisões, Judith.- minha mãe falou carinhosa enquanto colocava os ovos no prato.- Só queria que falasse conosco.

-Sobre o que exatamente?- franzi as sobrancelhas.

-Sobre o que ele fez você passar.- meu pai se aproximou.

-Precisa ser mais específico.- falei calma.

Meu pai olhou para a minha mãe, então ela colocou duas torradas no meu prato e três pedaços de bacon.

-Sobre a gravidez, Judith.- ela explicou, sabia que deveria ser sobre aquilo.

-Sabe que temos condições, você tem condições.- meu pai explicou.- Se aquele vagabundo não quisesse assumir ainda teria nosso apoio.

-Eu sei disso.- passei a mão pela testa.

-Então por que você abortou? Por que não me chamou? Ou a sua mãe?- ele não conseguia entender.

-Eu não queria.- o encarei.- Eu podia resolver sozinha.

-Sabemos que sim.- minha mãe assentiu.

-Só quero saber o por que.- meu pai insistiu e minha mãe olhou para ele surpresa.