A Herdeira - Mafioso - Livro 2

Despedidas (Lembrança)

2 de maio

Gabriel Callahan

Coloco as mãos dentro dos bolsos da jaqueta e vejo a porta do quarto de Judith abrir, vejo a tia dela tentar sorrir.

Ela assente e eu encaro Lincoln, ele mexe a cabeça como se dissesse vá primeiro, engulo em seco e começo a ir na direção da porta.

Toco a maçaneta fria e começo a abrir, assim que passo pela porta vejo Judith sentada e agarrada ás pernas.

Ela está encolhida e os cortes no rosto estão cicatrizando, meu coração começa a bater mais rápido quando fecho a porta atrás de mim.

Os olhos dela pousam em mim e vejo o azul neles mãos apagado, e isso me deixa tão...eu não consigo parar de pensar que Miguel deve estar comemorando.

Começo a me aproximar e ela se remexe na cama, então eu paro no canto em que estou s engulo em seco.

-Sinto muito.- murmuro.

-Não foi você que causou o acidente.- ela fala com a voz rouca.

-Mas foi alguém que eu conheço.- balanço a cabeça.- Miguel...

-Eu sei.- ela assente.- Meu pai me contou.

-Eu deveria ter previsto, tudo estava muito quieto.- dou um passo na direção dela.

-Ninguém fazia ideia.- ela coloca o cabelo atrás da orelha.- Que bom que está bem.- ela me encara.

-Você me deu um susto.- chego perto da cama.- Não podia sair da cama para ver você.

-Tudo bem.- ela tenta sorrir.

-Como está agora? Com dor?- pergunto.

-Um pouco, já está melhorando mais.- ela balança a cabeça.- Sobre o bebê...

-Eu sei.- assinto e ela me encara.- E sinto muito...

-Pare de se desculpar.- ela sorri.- Não é culpa sua seu tio ter capotado o carro.- ela olha para a janela.- Você é bom, Gabe.

-Uma parte disso é minha culpa.- sento na cama em frente a ela.

-Mas não quis isso.- ela segura minha mão e observo deus dedos entrelaçarem com os meus.

-Eu tive tanto medo, Judith.- abaixo a cabeça.- Eu não conseguia achar você.

Ela fica calada e então puxa minha mão, deito minha cabeça no peito dela e sinto suas mãos acariciando minhas costas.

Aperto ela levemente em meus braços e respirou aliviado sentindo que ela realmente está viva em meus braços.

-Você vai embora.- murmuro me afastando.

-Sim.- ela assente olhando para baixo.

-Tudo bem.- acaricio a mão dela.

-Eu não sei por quanto tempo.- ela tenta se explicar.- Eu não sei...

-Você precisa de tempo.- explico.- Eu entendo.

-Não quero que...- ela engole em seco.- Não quero que me espere.

-Judith.- respiro fundo.- Eu não...

-Gabe, você desde o início foi meio que obrigado a ficar comigo.- ela se abraça.- Por que não aproveita esse tempo...

-Eu sei o que eu quero, Judith.- a encaro.

-Ou apenas se contentou em ficar com o que tinha.- ela sorri fraco.

Fico calado e afasto minha mão da dela, Judith então tenta sorrir e lágrimas estão caindo do seu queixo.

Me aproximo e ela fecha os olhos enquanto limpo suas lágrimas,  Judith deita o rosto n aninha não e eu me aproximo mais.