17 de fevereiro
Judith Hunt Ballard
Minha tia tinha uma boate, minha mãe disse que foi ali que ela realmente saiu com meu pai pela primeira vez.
Não quis nem ouvir com o resto da história por que toda pessoa sabia o que acontecia quando você sai da boate com alguém.
Ajeitei o vestido caramelo no meu corpo e desci junto com Brandon, ele me ajudou a descer as escadas com o salto.
Caminhei até o bar e Hannah sentou ao meu lado, olhei para o cardápio e procurei a bebida mais forte ali.
-Qual vai ser hoje?- ela perguntou.
-Uma forte.- murmurei.
-Ok, calma...- ela virou no banco.- Cadê os outros?
-Eles disseram alguma coisa sobre a área vip lá em cima.- apontei para cima.
-Tem área vip lá em cima?- ela arregalou os olhos.
-Sim.- assenti e vi os olhinhos dela.- Pode ir se quiser.
-Você é um anjo.- ela segurou meu rosto e beijou.
Sorri vendo ela subir a escada e voltei a olhar para o cardápio, eles não colocavam o grau de força da bebida?
Coloquei os cabelos para trás e senti o vento nos meus ombros nus, tentei de alguma forma ficar calma.
Cocei atrás do ombro e desisti de ver o cardápio, isso me fez ver alguém na porta, o cara tinha presença.
Os cabelos escuros eram bagunçados e tinha a barba por fazer, voltei a olhar para o mapa, não ia parar na cama de ninguém hoje.
Eu só queria uma bebida, era pedir demais?
Mordi meu lábio e senti o gloss de cacau que Hannah tinha me emprestado, vi um vulto ao meu lado e não evitei sorrir.
-Procurando uma bebida?- a voz dele me fez arrepiar, mas continuei firme.
-Não, já decidi.- fechei o cardápio.
-Nem olhou o cardápio direito.- ele sorriu e eu finalmente olhei para ele.
Ele tinha um ar de badboy com aquela jaqueta de couro e a blusa simples preta por baixo, não duvidava nada que ele tivesse uma moto lá fora.
-Tenho olhos rápidos.- o barmen começava a se aproximar.
-Não duvido.- um sorriso acusador saiu dos lábios dele e vi covinhas.
O barmen chegou e abri a boca para pedir, mas ele foi mais rápido e pediu duas bebidas que não ouvi direito o nome.
O barmen assentiu e eu compromi os lábios batendo levemente as mãos no balcão, olhei novamente para ele.
-Um pouquinho convencido, não?- franzi as sobrancelhas.
-Nunca é ruim demais.- ele tinha aquele olhar que fazia você se coçar de arrepios.
-O que faz achar que eu vou beber isso?- perguntei curiosa.
-Por que ninguém em sã consciência nega bebida de graça.- ele se aproximou e não pude evitar sorrir.
-É uma boa explicação.- assenti o encarando.
Ele desceu os olhos mais um pouco para meus lábios e sorri observando aqueles olhos verdes preguiçosos.
A bebida chegou e eu me afastei apoiando os braços no balcão e vendo a bebida azul com gelo, coloquei o cabelo atrás da orelha.
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A Herdeira - Mafioso - Livro 2
RomanceJudith Ballard Hunt foi sempre a melhor. Melhor aluna, melhor notas, melhor humor, melhor aparência, melhor competidora.... Porém isso sempre foi perseguido pela fama enorme dos seus pais no mundo da máfia, um mundo que seria dela algum dia. Herdeir...