Cansaço - Parte 2

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27 de fevereiro

Thomas Lincoln

Estava sentado em uma poltrona ao lado da cama da minha mãe, ela sempre assistia esses programas de música e hoje estava passando.

Quando cheguei com a mão desse jeito ela só faltou ter um ataque cardíaco, foi por isso que não contei sobre Alice e o término ainda.

Estava pensando onde Judith estava, aquele cara não parecia ser boa companhia para ela, porém quem era eu para dizer o que ela podia ou não fazer?

Ouvi algo na porta e quando virei o rosto junto com minha mãe vi Judith, ela sorriu deixando a bolsa no gancho ao lado da porta.

-Jude, você viu isso?- minha mãe apontou para minha mão.

-Vi, eu falei para ele ir ao meu terapeuta controlar essa raiva, mas ele não quis.- Judith falou normal enquanto sentava na frente da minha mãe.

-O seu terapeuta é drogado.- eu expliquei.

-Thomas, que modos!- minha mãe bateu no meu ombro.- E você, querida, como está?- minha mãe passou a mão pelos cabelos de Judith.

-Bem, um pouco cansada.- ela tentou sorrir.- E você? Vejo que está melhor...

-Sim, hoje passamos o dia todo juntos.- ela sorriu para mim.- Ele está se queixando de dor...

-O médico não deu remédios?- Judith pareceu preocupada.

-Deu, mas ele não quer tomar.- minha mãe a encarou.- Coloque juízo na cabeça dele.

-Ah, eu vou.- ela me encarou.

-Ele também não jantou, pode levá-lo?- minha mãe perguntou e abri a boca para dizer que não queria.

-Claro.- Judith levantou e estendeu a mão.- Não é uma escolha, Thomas.- ela sorriu balançando os dedos.

Comprimi os lábios e segurei a mão dela, Judith se despediu da minha mãe e começou a me puxar.

Olhei para trás e minha mãe estava sorrindo como aquelas vilãs de filme, franzi as sobrancelhas e ela deu um tchauzinho.

Judith continou me puxando até chegarmos no elevador, então ela soltou minha mão e virou para mim me encarando.

-O que aconteceu?- perguntou.

-Eu e Alice brigamos.- expliquei.- Ela terminou e me chutou do emprego.

-Ela não pode fazer isso!- Judith ficou indignada.

-Tudo bem...- eu balancei a cabeça.

-Você sabe que eu gosto de rodas as mulheres, mas Alice está se esforçando para que eu queria...- ela parou com as mãos em formato de estrangulamento.

-Quem precisa ir no terapeuta agora?- levantei as sobrancelhas.

Ela sorriu abaixando as mãos e então o elevador abriu, entramos no elevador sozinhos e ela encostou o corpo no meu.

-Se quiser posso apresentar você a algumas amigas.- ela se animou.- Amanhã podiamos ir no clube...

-Amanhã é segunda.- falei incrédulo e ela sorriu balançando os ombros.

Fiquei surpreso quando ela passou os braços pelos meus ombros e me abraçou, levei um segundo para passar as mãos por sua cintura.

Judith afundou o rosto no meu pescoço e senti sua respiração quente, afastei os cabelos dela e vi o sinal em triângulo que ela tinha no pescoço.

-Sinto muito por Alice.- ela murmurou.- E pelo emprego.

-É mais legal trabalhar para você.- assim que falei ela riu ainda em meus braços.

A Herdeira - Mafioso - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora