27 de fevereiro
Gabe Callahan
Abri meus olhos com pressa e percebi que tinha dormido demais pelo despertador na mesinha ao lado.
Fazia tempo que eu não conseguia dormir por estar pensando demais, e uma noite com ela já tinha me feito cansar assim, imagine o dia.
Virei meu corpo na cama enorme de Judith e não vi ela, mas não precisei me preocupar por que eu ouvi o chuveiro ao fundo.
Suspirei passando a mão pelo rosto e então me levantando como podia, eu não tinha bebido ontem, mas a dor de cabeça era a mesma.
Assim que passei pela porta do banheiro vi Judith, ela estava tirando o shampoo dos cabelos e de costas para mim.
Não podia mentir, tinha ficado duro vento Judith, mas quem não ficaria? Aquela mulher tinha um corpo...voltei a mim mesmo.
Decidi que iria tentar a sorte, silenciosamente fui até o box e abri, Judith que estava concentrada em tirar o shampoo não percebeu.
Minhas mãos deslizaram pela cintura dela e a puxei para meu corpo sentindo suas costas molhadas em meu peito.
-Achei melhor não acordar você.- a voz dela estava rouca.
-Faz tempo que eu não durmo assim.- expliquei.
-Talvez seja um sinal.- ela sorriu virando e observei seu rosto.
-Com certeza, de que deveria vir aqui mais vezes só para dormir.- balancei os ombros sorrindo.
-Bem, não era isso, mas agora que disse...- ela falou enquanto eu beijava seu pescoço.
Percebi ela fechar os olhos quando a coloquei contra a parede e roçei meu corpo no dela sentindo tudo ao mesmo tempo.
Virei a gente no box e a encostei na porta de vidro, ela gemeu enquanto eu chupava o pescoço dela e senti seus braços entorno dos meus ombros.
As mãos dela tocaram minhas costas e ela parou, senti seis lábios se afastarem dos meus e Judith saiu dos meus braços.
-Meu Deus, quem fez isso?- ela tocou minhas costas ficando atrás de mim.
-Não era para você perceber isso.- abaixei a cabeça sentindo raiva de mim mesmo.
-São marcas chicote?- senti os dedos dela em uma das minhas cicatrizes.- Gabe...
-Não é nada.- virei segurando a nuca dela e a beijando de novo.
Ela colocou a mão no meu rosto e então se afastou distribuindo beijos, fechei os olhos sentindo os lábios dela por todo meu rosto.
Fiquei surpreso quando ela simplesmente passou os braços por meus ombros e me abraçou, minhas mãos foram até as costas dela.
Isso me deixou com raiva, ela não podia ter feito isso, não podia se sentir assim por mim e pelas minhas cicatrizes.
As cicatrizes eram exatamente por causa dos pais dela, por que sequer ela ficaria com pena das cicatrizes?
Não queria pensar nela como uma pessoa boa, Judith era filha de Amelia e Logan, ela não era uma pessoa boa.
Mas agora sendo abraçado naquele banheiro eu estava me sentindo bem, com menos raiva, com o cheiro de Judith.
A campainha lá embaixo me livrou de ter que achar um modo de parar o abraço, Judith passou a toalha pelo corpo e secou o que podia.
Observei ela pegar um roupão e colocar os cabelos molhados todos para trás, a ponta do nariz dela estava vermelha.
Desliguei o chuveiro e aceitei a toalha que ela estava estendendo, me sequei rapidamente e caminhei pelo quarto juntando minhas roupas.
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A Herdeira - Mafioso - Livro 2
RomanceJudith Ballard Hunt foi sempre a melhor. Melhor aluna, melhor notas, melhor humor, melhor aparência, melhor competidora.... Porém isso sempre foi perseguido pela fama enorme dos seus pais no mundo da máfia, um mundo que seria dela algum dia. Herdeir...