Depois de Paris 1

Capitulo 167 = Problemas sérios

Estamos no fim de setembro, as crianças tinham aulas regulares no colégio, os ateliês ainda não tinham começado, elas se divertiam o mais possível em casa, depois de fazerem os trabalhos da escola, aproveitavam ao máximo o fim do verão. A psicóloga das crianças voltou a vir a casa delas, durante o mês de setembro e a partir de agora já não era preciso tantas consultas, ela viria uma vez por mês, pois as crianças estavam recuperar muito bem.

Na empresa Andrea andava muito ocupada com o projeto do prédio para a formação, ela passava os dias com os arquitetos, com os responsáveis da obra, com os fornecedores e varia empresas Europeias e americanas. Eles queriam que o projeto fosse um sucesso. Andrea almoçava com Miranda sempre que podia, mas vinha sempre ter com ela ao fim da tarde para irem para casa. Miranda mantinha Andrea ao corrente de tudo principalmente á noite antes de dormirem, como era hábito delas. Donna substituía Andrea nas reuniões, chefiava e coordenava a equipe de jornalismo.

Vitória implicava muito com ela e não sabia porquê. Quem andava sempre atrás de Donna era o antigo colega e companheiro, Harvey Specter , ele era insistente, perseguidor, ao ponto de ter situações humilhantes e muito constrangedoras no ambiente de trabalho, de forma repetitiva e prolongada. Donna teve muitos problemas com os ciúmes doentios dele, ela também sofreu muito com a ruptura deles, mas agora não queria mais saber do seu ex-companheiro, só que a situação estava a complicar-se e ela não sabia como deveria proceder. Vitória vinha falar com Miranda e assiste a uma cena desagradável entre Donna e  Harvey Specter, no Hall do décimo andar, ela intervém imediatamente e manda o colaborador embora, depois vêm falar com Donna.

- Desculpa intervir Donna, mas o que se passa? Do que eu pude presenciar, não é nada bom. Você já fez alguma coisa? Já falou com Andrea? Há quanto tempo ele faz isso com você?

Donna senta-se no sofá do Hall, desanimada, pois aquela situação já estava a incomoda-la e não sabia como deveria proceder, ela não queria criar problemas na empresa, ainda mais ela era nova na revista.

- Obrigada, por intervir. Eu realmente já não sei o que dizer ou fazer para que ele me deixe em paz.

- Em primeiro lugar, respire fundo e tente acalmar-se.

Vitória vai até ao armário que se encontrava na recepção e pega num copo e coloca água, depois vem ter com Donna e dá-lhe, queria que ela se acalmasse  um pouco.

Donna achou estranho tanta amabilidade da parte da colega, pois desde o primeiro dia que se encontraram ela implicava com ela.

- Obrigada, Vitória.

Vitória dá um tempo a Donna para se acalmar e recompor.

- Agora você pode me dizer o que se passa?

Donna bebe o resto da água e respira fundo.

- Bom, eu tive um relacionamento com Harvey durante três anos, mas não deu certo e eu acabei com a nossa relação, á mais de um ano. Ele nunca aceitou, mas como agora estamos na mesma empresa, ele tem tentado uma aproximação. Eu já tentei, várias vezes, dissuadi-lo, afastá-lo, mas ele está irredutível.

- O que eu presenciei é mais do que isso. Já faz quanto tempo que ele persegue você?

- Desde que eu comecei a trabalhar aqui.

- Meus Deus, Donna!! Isso é horrível. Você tem que falar com Miranda e é já. Vem comigo.

Vitória pega no braço dela e vão as duas para a sala de Miranda, ela tinha uma reunião com ela, mas decidiu deixar para depois.

Elas entram na sala e vêm Miranda e Emily a tratar de vários assuntos. Vitória pede para falar de um assunto importante e ela começa a explicar toda a situação, Donna sentia-se nervosa e constrangida com a situação.