Depois de Paris 1

Capitulo 173 = Adopçao é um acto de amor

No fim do lanche Miranda chama os filhos, para uma conversa importante. Quando um novo filho chega, por mais que a família se prepare e no caso delas não foi o caso, é inevitável a transformação no relacionamento com os restantes filhos. Miranda sabia que algumas estratégias podem ser úteis para se conseguir dedicar alguma atenção a todos, em meio ao turbilhão da rotina de um recém-nascido em casa.

- Bom, nós queremos falar com vocês, sobre Maya.

Todos olham para as mães, atentos e curiosos.

- É normal que vocês estejam confusos, tenham ciúmes, ou comportamentos regressivos .

Andrea intervém na conversa.

- Nós sabemos que é difícil dividir tudo, o colo, o carinho, os mimos, o tempo, os brinquedos, tudo que sempre foi só de vocês, desde o princípio nós quisemos que vocês tivessem as vossas coisas mas que vocês gostassem de partilhar.

Carolina interrompe a mãe.

- Nós compreendemos perfeitamente mães e sempre partilhamos.

Alicia intervém também.

- Nós fazemos isso entre nós e mesmo com os outros, nós sabemos muito bem o que ter pouco ou nada...

Miranda olha para a filha orgulhosa.

- Nós sabemos, mas precisamos falar, para não ficarem dúvidas. Nós gostamos de todos vocês da mesma maneira. Nós não queremos que vocês tenham vergonha alguma em ser adoptados. Para nós vocês são todos iguais. Não  escondemos nada de vocês e vai ser a mesma coisa para Maya. Nós passamos mais tempo com Maya, porque ela é uma bebé e os cuidados são diferentes. Ela é dependente de nós a tempo inteiro.

Miranda olha para Tom, pois sabia que de todos ele era o mais sentia e que menos percebia a situação actual.

- Ela não anda sozinha, ela não come sozinha, ela não vai á casa de banho sozinha... ela depende de nós para tudo, por isso nós passamos mais tempo com ela.

Andrea intervém.

- Vocês são os irmãos mais velhos, terão que ter paciência com a gente, ajudar os irmãos mais novos, mas nunca pensem que serão excluídos, em nenhum momento, nós vamos tentar dar mais atenção a todos vocês.

Magui olha para as mães.

- Nós entendemos e compreendemos, também vamos tentar ajudar vocês, principalmente ajudar Tom que é o mais pequeno.

Carolina intervém.

- Como sempre fazemos, não vai ser diferente agora, pelo contrário.

Miranda olha para os filhos e sorri em agradecimento, depois vira-se para Tom e chama-o para o seu colo, que vem logo.

- Tom eu sei que você está triste, pois pensa que nós esquecemos de você, mas não é verdade, cada filho é único e especial para nós.

Ele fica todo encabulado.

- Você continua a ser o nosso príncipe, o nosso caçula, nós adoramos todos vocês, da mesma maneira. Se você quer o nosso colo, os nossos mimos, o nosso carinho, você terá na mesma, podemos estar um pouco ocupadas, por causa da situação actual , mas você pode lembrar a gente. Certo?

Ele abana a cabeça em sinal de afirmação, que compreendeu perfeitamente o que ela disse.

Andrea olha para todos e viu que ele percebiam a situação.

- Nós queremos sobretudo que vocês se sintam bem, em segurança e felizes.

Todos concordam e as filhas juntam-se e vêm dar um abraço de grupo.