O anjo protetor

Prólogo

As luzes do festival davam à pele da garota um tom dourado. O corpo sinuoso dançando ao som da música cigana, era pura hipnose. Ele não conseguia desviar o olhar. Os olhos de lince, frios. Apenas um meio sorriso marcante entregava o interesse. A multidão, embriagada e feliz, incentivava a cadência ao som de palmas e gritos. Ninguém percebeu a troca de olhares, o aceno discreto dele. O sorriso sensual se abrindo no rosto da bela, selou o seu destino. Ele aproximou-se. Os braços abertos num balé masculino sedutor, quente...um predador, prestes a capturar a presa. Os dois se tocaram, reconhecendo-se. Um toque leve da mão forte na cintura foi o suficiente. Ela cedeu. E, em meio ao burburinho, traçou o próprio fim.