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Lalisa Manoban:

- Que saudade que eu tava de ficar assim com você, minha Lili.

Eu estava deitada sobre Jennie, com o rosto enfiado na curva do seu pescoço.

Nossos corpos nus e suados.

As respirações ofegantes pós horas de sexo.

- Eu também...

- Tá tudo bem, babe?

- O que nós somos?

- Como?

- Jennie...

- Você é o meu amor, a minha pessoa certa e eu preciso que você volte a acreditar nisso e Lili, eu espero o tempo que for pra te ter comigo de novo, para poder acordar todos os dias ao teu lado. Sentir seu cheirinho, implicar com seu jeitinho manhoso, ter você e as nossas filhas aprontado pela casa. Eu quero você, Lisa. Fui idiota o suficiente pra te perder, mas você é a mulher que eu amo.

- Eu te amo, Jennie Kim.

- Podemos deixar rolar e ver como vão ser as coisas daqui pra frente? Eu prometo que não vou deixar mais ninguém afetar nossa relação, babe.

- Devemos recomeçar?

- É... Algo do tipo.

- Bem, eu sou Lalisa Manoban, tenho duas filhas, dois gatos, uma academia de dança prestes a inaugurar e curso artes e dança.

- Você é uma boba, meu amor. Vamos tomar um banho, uh?

- Não, tá tão bom aqui...

- Chaeyoung deve estar chegando com as meninas, babe.

- Mas eu quero dormir pelada com você.

Jennie gargalhou deliciosamente, apertando meu corpo ainda mais contra o seu.

- Você pode dormir pelada comigo, bobona. Só que precisamos cuidar de duas crianças, lembra?

Jennie Kim:

- Aí a tia Chaeng comeu o meu biscoito, mamãe.

- Meu amor, tem um monte de biscoito lá na cozinha.

- Tem?

- Sim, princesa. Sua mama está lá, peça a ela para te dar alguns, okay?

- Sim! Okay! - A criança pulou do sofá e saiu correndo em direção à cozinha.

- Ella, não corra pela casa!

- Desculpa, minha mamãe linda.

Prendi o riso voltando minha atenção para Aimée que tentava pegar o Luca no colo.

- Minha pequena, o Luca é quase do seu tamanho. Você se divertiu com a Rosie?

Aimée resmungou algumas coisas, numa língua que ninguém entende, mas certamente estava me contando sobre o passeio.

- Olha a mama me deu um tantão de biscoito e de chocolate!

Lisa me entregou a mamadeira da Aimée e foi explicar para a Ella que teríamos que levá-la de volta ao abrigo, só por alguns dias.

O processo de adoção estava correndo dentro do esperado, mas ainda não havíamos conseguido a guarda provisória, o que me deixou extremamente frustrada, especialmente nesses momentos em que temos que deixar a Ella no abrigo.

- E quando você voltar, seu quarto já vai estar pronto, meu amor!

- E vamos buscar outro gatinho, lembra?

- Exatamente!

- Yay! Eu vou escolher o nome.

Lalisa Manoban:

- Crianças na cama! Onde você vai?

- Pra casa.

- Por quê?

- Lili, eu não quero te incomodar e...

- Hey! Eu quero dormir pelada com você. - Resmunguei manhosa e Jennie soltou uma gargalhada alta. - É sério.

- Tudo bem, senhorita!

- Eu só vou tomar um banho e já volto, não fuja.

Tomei um banho rápido, vesti um moletom cinza e fui me deitar com a Nini, que gargalhava de uma comédia boba que passava na tv.

- Ei, babe.

- Filme tailandês?

- Sim. Vem cá, acabou de começar.

Me deitei ao seu lado, mas não estava nem um pouco interessada no filme, comecei a beijar seu pescoço e apertar sua bunda deliciosa coberta apenas por um short pequeno e folgado.

- Amor...

Jennie gemeu baixinho e tomou meus lábios num beijo selvagem.
Nossas línguas numa sincronia perfeita, seu corpo veio parar sobre o meu e minhas duas mãos continuavam a trabalhar em suas nádegas.

Antes que eu pudesse tirar a camiseta que ela vestia a porta do meu quarto foi aberta.

- Mamães vocês estão namorando? - Ella tinha apenas a cabeça para dentro do quarto, olhando pela fresta da porta. - Posso entrar?

Nini rolou para o lado, ajeitando suas roupas, e nós duas tentavamos organizar nossa bagunça.

- Meu anjinho, você não pode entrar sem bater.

- Eu fiz igual a tia Chaeng ensinou! Ela falou que tenho que perguntar se vocês estão namorando antes de entrar, mamãe.

- Eu vou ter uma conversa com a Chaeyoung depois, mas você precisa bater antes, okay?

- Okay.

Ella continuava de pé ao lado da cama.

- Aconteceu alguma coisa, bolinha?

- Não consigo dormir.

A criança passou a encarar os próprios pés e um biquinho de choro estava presente em seus lábios.

- Meu grande amor, está tudo bem. Vem cá. - Ofereci meu colo e ela prontamente ergueu os braços, se aninhando. - O que houve?

- Eu vi o meu papai.

• paper hearts •Onde histórias criam vida. Descubra agora