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Jennie Kim:

- Nini?

- Oi, babe! Está sentindo algum enjoo, tá com fome? Quer uma massagem?

Lisa apareceu no quarto toda manhosa.

- Eu aceito a massagem, mas eu quero te perguntar uma coisa antes...

Abri meus braços e recebi minha menina a abraçando apertado e beijando sua bochechinha gostosa várias vezes.

- Qual sua dúvida, neném? Aimée parou de dar chilique?

- Não fala assim da minha bebezinha, Jen.

- Você a mima muito, Lalisa. Aimée está ficando cada vez pior de lidar e, sinceramente, eu não quero uma filha mal educada.

- Vou tentar controlar isso, mas ela é tão tão fofinha, amor. - Lisa enfiou a mão por dentro da minha camisa, apertando minha cintura. - Ela acha que não é minha filha de verdade...

- Como?

- Adotamos a Ella, legalmente ela também é minha, esse filhotinho, é biologicamente seu e meu. Aimée não. E ela está chateada com isso. - A mão boba subiu até a base do meu sutiã e ela bufou de maneira audível. - Odeio quando você usa isso.

- Aimée questionou isso?

- Sim! Ela acha que eu não a amo mais porque quis um filho da minha barriga e ela não é. É só sua.

- E você gostaria de tornar isso oficial?

- Tudo que eu sempre quis, não que isso vá mudar algo.

- E por que nunca me falou nada sobre?

- Não quis te chatear e invadir seu espaço... Além disso, é a vidinha dela, Aimée que deveria decidir.

- Acho que ela já decidiu, cabe a você agora.

- Não vai ficar brava, amor? - Lili tentava a todo custo driblar o tecido do meu sutiã. - Tira essa porcaria, Nini.

- Eu não vou ficar brava, na verdade eu fico tão tão feliz com isso, não falei com você antes porque não queria impor algo. - As unhas arrastaram levemente pelo meu corpo, fazendo com que eu me arrepiasse inteira. - Por que você quer tanto que eu tire isso?

- Desejo de grávida.

- Você usou essa desculpa para me chupar ontem.

- Mas é desejo de verdade.

Lalisa Manoban:

Os dias foram passando e os enjoos mais frequentes.

Minha barriga ainda não havia mudado nada, mas Jennie fazia absolutamente qualquer coisa que eu queria.

Mas eu tive a minha primeira grande vontade real, um doce que comemos no Brasil. E minha esposa foi tentar fazer.

- Eu acho que queimei.

- Talvez dê pra comer, amor.

Experimentei e ficou horrível.

- E então?

- Uma delícia...

Ela enfiou uma colherada cheia na boca e fez uma cara horrível.

- Deus, Lalisa! Não come isso ou você vai passar mal.

- Mas eu quero tanto, meu amor...

- Vou fazer de novo, joga isso no lixo. - Ela me olhou e eu ainda tentava comer as partes menos queimadas. - Você ainda tá comendo essa droga? Cospe agora.

Ela jogou tudo fora e eu quase chorei.

- Nosso filhotinho quer brigadeiro. - Me enrolei na pronúncia e ela gargalhou tão gostoso quanto o brigadeiro que comi no Brasil.

Nini jogou tudo na panela e fez o bendito doce.

- E então?

- Perfeito! Eu te amo. - Sai com a panela ainda quente, ouvindo minha mulher reclamar para eu tomar cuidado e que acabaria passando mal.

Comi tudo sozinha.

Quase morri de vomitar.

• paper hearts •Onde histórias criam vida. Descubra agora