Lalisa Manoban:
- Você não acha que a Nini tá demorando demais?
- Eu acho que você tá muito carente. A Jennie deve ter ido resolver alguma coisa importante, ela não iria passar na empresa antes?
- Talvez você tenha razão. Fica de olho na Aimée, vou buscar a comida dela.
- Meu bebê está se tornando uma mamãe responsável.
- Não exagere, Chaeng. Ela é da Jennie, que escolheu fazer isso sozinha e apesar de amar muito muito as duas e querer cuidar e proteger o tempo todo, eu não posso me meter nisso dessa forma. Seria invasivo e desrespeitoso.
- Você tem razão, mas é lindo o jeito que cuida dessa bolinha aqui.
Jennie Kim:
Não sei que merda está acontecendo.
Nem me lembro em qual momento eu apaguei dentro do carro, graças a alguma substância que aquele idiota me fez inalar.
Meus braços e pernas estavam presas numa cadeira e meus olhos vendados.
Ótimo dia para ser sequestrada, Jennie.
Tá tudo bem, okay?
É só um idiota qualquer, provavelmente querendo dinheiro, eu já vou voltar para casa.
Para os braços da minha pequena família.
Tentei forçar meus ouvidos a captarem qualquer coisa, por menor que fosse, mas nada.
Acho que o "sequestrador" se esqueceu de mim aqui.
Lalisa Manoban:
Aimée começou a chorar.
Chorar muito. Como eu nunca tinha visto.
- Chaeng, tenta ligar para a Jennie de novo.
- Lis, eu já liguei vinte e duas vezes.
- E a Chu?
- Também não conseguiu falar e nem sabe dela.
- Tenta a Irene. Ou a mãe dela.
Rosé foi tentar entrar em contato com alguém que pudesse dar alguma notícia sobre o paradeiro da minha namorada, enquanto eu tentava acalmar a pequena Kim a todo custo.
- Meu amor, tá tudo bem, okay? Você quer outro banho e dormir um pouquinho?
Choro e mais choro.
- Seu pé tá coçando?
- Lisa, ninguém sabe dela. Liguei na empresa também e a Jen não apareceu lá hoje.
- O que eu faço, Chaeyoung?
Jennie Kim:
Não sei quanto tempo se passou até que a porta se abriu e alguns passos lentos se fizeram presentes no local.
- Jennie Kim.
Eu conheço essa voz.
- Espero que esteja confortável, Jen. A sua namoradinha é um tanto insistente, temos quarenta chamadas perdidas dela e uma centena de mensagens.
- Que porra você quer comigo, Soohyun?
- Você e sua namoradinha me humilharam. Você sempre me humilhou, Jennie. Desde que entrou na empresa você roubou tudo o que era para ser meu.
- Do que você está falando, seu merda?
- Era para eu ser o braço direito do Marco Manoban. Era para eu estar ao lado dele tomando todas as decisões, não você, uma mulherzinha de merda.
Ele retirou a venda que eu usava, mantendo um maldito sorriso na cara.
- Você tem noção da merda que está fazendo? Tudo isso por um cargo na empresa?
- Era para você ser minha, mas tudo o que você fez foi bancar a difícil e se envolver com aquela lésbica nojenta, filha do chefe. Seríamos uma dupla e tanto, Jennie.
- Nunca nessa vida ouse ofender a minha namorada.
- A sua namorada também vai pagar por tudo que tirou de mim. Ela vai se arrepender por cada soco, por estar com você e por ter feito eu ser demitido daquele jeito.
- Soohyun, você quer o emprego de volta? Tudo bem, daremos um jeito nisso, agora pare com essa brincadeira idiota e me deixa ir para casa, eu tenho um bebê para cuidar.
- Aquele projeto de aberração? Vou dar um jeito nela também. Você poderia ter engravidado de mim, Jen. Lembra quando ficamos juntos?
- Eu não poderia sentir mais nojo. E se você tocar em um único fio de cabelo da minha filha, eu juro que te caço até o inferno.
- Não ouse falar desse jeito, eu sei que você adorou e quer repetir a dose.
Ele tentou se aproximar e eu cuspi na cara dele, o olhar dele se transformou em algo como ódio mortal e ele segurou meu pescoço de forma violenta.
- Vai se arrepender disso, senhorita Kim.
Lalisa Manoban:
Jisoo, Chaeng, Irene, Seulgi e eu estávamos tentando entrar em contato com a Nini, ou descobrir onde ela estava a todo custo.
Algumas lágrimas já estavam escorrendo por meu rosto.
- Ei bebê, tá tudo bem com ela, é só uma falha na comunicação, logo logo vocês estarão aos beijos por aí. - Rosie tentou me consolar afagando meus cabelos.
- E se ela se envolveu em um acidente ou algo do tipo?
- Nós já saberíamos, Lali. O celular dela tem nossos contatos para emergência.
- Mas e se ele descarregou ou quebrou? Ou até mesmo foi roubado? Eu quero a minha namorada!
Jisoo continuava ligando para os hospitais, em busca de alguma pista. Seulgi estava ligando para necroterios e coisas do tipo, mas eu preferi não pensar nessa hipótese.
- Barbie, quando foi a última vez que vocês se falaram?
- Bem, ela tinha saído do café e ia passar no trabalho, para vir ficar conosco, mas o pneu do carro furou e ela não conseguiu trocar sozinha. Eu ofereci para o Jackson ir buscá-la, mas ela disse que já estava resolvendo e que logo ela estaria aqui, isso foi perto das onze.
- Ela disse onde estava ou qual foi a ajuda?
- Não.
- Jisoo, qual foi o café onde foram e qual o melhor caminho para a Manoban?
- Cafe 105, o caminho mais rápido passa por umas duas ou três ruas meio desertas, mas a Jen quase nunca passa por lá. - Jisoo respondeu após jogar o celular no sofá de qualquer jeito.
- Certo. Lisa, seu pai é um dos homens mais influentes daqui e tem uma das melhores empresas de segurança trabalhando para ele, use isso para conseguir imagens de câmeras de segurança e informações, qualquer coisa é importante, por menor que seja. Você vai ter sua Nini de volta, Barbie.
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• paper hearts •
FanficJennie Ruby Jane Kim, 25 anos, mãe da pequena Aimée Kim, fruto de produção independente, extremamente responsável e braço direito de Marco Manoban. Não acredita no amor ou em "pessoas certas". Lalisa Manoban, prestes a completar os sonhados 18 anos...