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Jennie Kim:

- Ei, Jen.

- Irene! Achei que você não viria.

- Por que achou isso?

- Bem, todas as vezes que te mandei mensagem ou você me respondeu secamente ou ignorou.

- Eu estive ocupada...

- Mas você teve tempo para conversar normalmente com Jisoo ou comigo pelo telefone dela. O que está acontecendo?

- Nada, Jennie.

- Nada?! Que droga, Joohyun. Você mudou comigo totalmente e vem dizer que "nada" aconteceu?

- Quer saber o que aconteceu?! Aquela Barbie, aconteceu!

- Quê?

- É isso. Desde que a Lalisa surgiu você virou outra pessoa, Kim. Você deixou todos a sua volta de lado e se tornou uma babá.

- Irene, que merda você tá falando?

- A verdade, Ruby! A garota é totalmente problemática e nem sabe preparar o próprio café da manhã. Ela tem dezoito anos, Jennie. Dezoito. E você tem percebido que mudou toda sua vida em função dela? - Irene suspirou frustrada, massageando as têmporas. - O seu apartamento, emprego e todas as outras coisas estão lotadas de coisas dela. Até a sua filha se tornou dela também e você não está percebendo as proporções que isso está tomando.

- Eu a amo.

- E eu não duvido disso, mas estou sabendo que está pensando até em adotar uma criança, Ruby! Olha o que você está fazendo, porra. Lalisa é extremamente mimada e egoísta, mas você está cega e encantada demais para perceber isso.

- Caralho! Qual seu problema em me ver feliz? Porra, eu achei a pessoa certa! A que me faz bem, faz com que eu me sinta amada de verdade.

- O problema é que agora você acredita nessa merda de pessoa certa! E anos atrás você zombou de tudo isso, quando eu disse que você era a pessoa certa pra mim.

- Por Deus, Bae! Éramos adolescentes, pouco depois eu fui para a Nova Zelândia. Você realmente acha que eu estava pensando nisso?

- Você nunca se importou com os meus sentimentos por você, Jennie. Eu cuidei de você durante todo o tempo que nós nos conhecemos. Fiquei a sua disposição por sua gravidez inteira, aí surge essa garota e você a trata como mãe da Aimée, esposa e toda essa merda.

- A Lalisa é minha namorada, futura esposa, mãe da minha filha e de todos os outros que vierem. Lalisa é a mulher mais incrível que eu conheço, Irene. Ela é carinhosa, me respeita acima de tudo, sempre se esforça para deixar todo mundo feliz. A garota que você diz ser mimada e egoísta, está nesse momento dando aulas naquele orfanato que você nunca quis ir. Essa mesma garota saiu às duas da manhã pra comprar remédio porque eu estava com cólica e não se incomodou em passar noites acordada comigo depois daquele sequestro, além de não me tocar sem minha permissão depois do estupro e até mesmo antes disso. Então, nunca repita isso. Se você anda frustrada com a sua vida, seu relacionamento ou o que quer que seja, não desconte em mim ou na minha mulher.

Lalisa Manoban:

Cheguei no apartamento da Nini, encontrando uma discussão um tanto quanto acalorada, entre ela e Irene.

- Ei, tá tudo bem por aqui? - Beijei a testa da Nini, que estava vermelha de raiva. - Oi, unnie. - Cumprimentei a mulher que me ignorou totalmente.

- Melhor eu ir embora.

- Sim, definitivamente é melhor você ir embora e pensar em toda essa merda.

Meu olhar desvia de uma pra outra, feito um jogo de tênis.

- Por que vocês estão brigando, amor? - Sussurrei no ouvido da Jennie, que apenas sorriu fraquinho e disse que depois conversaria comigo. - Tudo bem, vou te esperar no quarto. Ah, Irene, daqui três dias é o aniversário da Aimée, vai ser na minha casa e vai ter unicórnio de verdade. Eu gostaria que você e Seulgi fossem. 

A mais velha revirou os olhos e minha namorada a encarou com algo que poderia ser definido como: ódio.

- Babe, eu já te encontro, okay? - Jennie selou nossos lábios demoradamente. - Veja com a minha omma se ela vai passar o resto do dia com a Aimée, caso contrário você poderia ir buscá-la?

- Claro, amor. Estou mesmo com saudades da minha bolinha.

Jennie Kim:

Suspirei frustrada, vendo que a briga com Irene não levou nada a lugar nenhum.

Apenas descobri que ela tem algum tipo de sentimento mal resolvido comigo.

Ela não gosta nada da minha namorada.

Depois que ela foi embora, com direito a reviradas intensas de olho e minha porta sendo batida com força, fui encontrar meu bebezinho lindo e gostoso, jogada na cama.

- Hey! O que rolou lá embaixo?

- Nada importante, amor. Eu só quero ficar deitadinha com você aqui.

- Minha sogra disse que irá trazer a pequena bolinha só amanhã.

- Imaginei! Então quer dizer que a casa é só nossa?

- Sim! Vamos andar peladas por aí e assistir filmes da Disney.

- Ótima escolha.

Beijei suavemente seus lábios, enquanto suas mãos acariciavam a pela da minha cintura.

Como alguém consegue não gostar dessa criatura?

• paper hearts •Onde histórias criam vida. Descubra agora