Oi, bebês.
Cuidem de vocês, tá bom? Nada é mais valioso do que você e a sua saúde mental. E não pergunte o motivo de tá falando isso, só deu vontade de mandar meus nenéns se cuidarem, vai ver é por ser a tia do rolê. 🤔🤣
Boa leitura, tá? Lembrem de votar e comentar. E se quiser saber as coisas irrelevantes da minha vida, eu tô pelo twitter. É só chegar lá. 😘
TT: @umamabs
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POV GIZELLY
A luz alcançou meus olhos de uma forma tão violenta que eu me obriguei a fechá-los novamente, piscando várias vezes até me acostumar com a claridade. Por um breve momento os acontecimentos recentes estavam meio turvos na minha cabeça, eu tinha um braço espetado por uma agulha, ligada a um fio que levava até o soro e uma cabeça que doía mais do que ressaca de vodka. Como reflexo, ao lembrar do que havia acontecido, coloquei minha mão em minha barriga, esperando, rezando, implorando que estivesse tudo bem. Fechei os olhos mais uma vez e repeti em pensamento “que esteja tudo bem”. Meu peito subia e descia porque eu não conseguia controlar a minha respiração, parecia uma crise de ansiedade, tudo estava doendo ao respirar. O toque conhecido veio e minha mão foi apertada. Forcei meus olhos a abrirem novamente e o rosto conhecido estava lá, preocupado, mas lá, me olhando de um jeito que eu nunca havia presenciado. Não era o rosto que eu queria ver. - Está tudo bem, meu amor. Você está bem, o bebê também, foi só um susto. – Sua voz chegou aos meus ouvidos, mas não era a voz que eu queria ouvir.
- Cadê a Rafa? – Marcela estava ao meu lado. – Cadê o meu celular? Eu preciso falar com a Rafa. Cadê minha mãe? Porque você está aqui?
- A Jaque me ligou quando você deu entrada. – Jaqueline era nossa amiga e colega de trabalho da Marcela. – Eu não sei onde está o seu celular. Sua mãe está vindo, eu já tinha saído de lá quando fui avisada, mas eu já liguei e ela está vindo. Quanto a Rafa, eu não sei quem é. Não tive como avisar. – A postura dela tinha mudado depois de me ouvir perguntar sobre a Rafa. – Vou perguntar pra Jaque onde está o seu celular e a gente pode ligar pra ela, tá bom? – Eu fiz sinal positivo com a cabeça, mas ela parecia não entender a urgência de encontrar o meu celular e continuou a falar. – Ótimo. Como você está se sentindo?
- Eu estou bem. Só com um pouco de dor de cabeça. – Levantei a mão que tinha o soro aplicado. – Mas devo está sendo medicada pra isso, né? – Eu não estava sendo a pessoa mais cordial do mundo, mas eu tinha acabado de bater o carro, estava com a cabeça explodindo e quando tentei me mover senti uma dor absurda no meu ombro.
- Ei, calma. Você deslocou o ombro, vai ter que ficar uns dias com ele parado. – A preocupação dela era genuína, e eu estava sendo estúpida sem muitos motivos.
- Desculpa por está sendo uma idiota. Eu estou bem, só preciso falar com a Rafa, ela deve tá preocupada.
- Tudo bem, eu vou procurar a Jaqueline e já volto com seu celular.
POV RAFAELLA
Eu já estava andando de um lado pro outro do quarto. Gizelly não atendia o telefone, não me dava notícias e eu não sabia como falar com a mãe dela. Alguma coisa tinha acontecido, eu estava sentindo. O aperto no meu peito não me dizia outra coisa, só que eu precisava falar com ela. Pelo menos 20 ligações perdidas deviam ter no celular dela e eu continuava tentando, até que finalmente uma voz diferente atendeu o telefone. – Alô? Rafa?
- Sim, sou eu. Quem está falando? Cadê a Gizelly? – Se eu estava apreensiva por não ser atendida, ouvir outra voz quando finalmente aconteceu me deixou sem chão. – O que aconteceu? Ela está bem? E o bebê? – A pessoa do outro lado da linha hesitou por um pouco mais que dois segundos e quando ela se identificou, eu entendi o motivo.
- Meu nome é Marcela, eu sou a ex da Gi. Ela está bem, eles estão bem. Foi só um susto, ela vai precisar ficar em repouso, mas não foi nada grave. – Ela falou calmamente e logo depois me passou o endereço do hospital. – Não demora, ela já perguntou por você.
- Obrigada. – Eu não conseguia falar mais nada além disso. Desliguei o telefone em seguida e fiquei parada por alguns minutos sem entender o que tinha acabado de acontecer. Eu tinha falado com a ex namorada da minha namorada e ela estava tão calma que me deu a impressão de ter algo muito errado mesmo falando que Gizelly e o bebê estavam bem.
...
Na recepção, eu tentei me informar em qual quarto ela estava, mas eles não podiam me dá nenhuma informação porque eu não era da família e pelo que parecia, a namorada dela já estava lá.
- Olha, a namorada dela sou eu e se eu não estou lá dentro, você estão cometendo um erro enorme. – Eu estava tentando ao máximo ser educada com a recepcionista, afinal ela não tinha culpa dessa confusão, afinal, talvez ainda pensassem que elas eram namoradas. Ela tinha menos culpa ainda de eu estar quase surtando de ciúmes. E quando eu estava prestes a fazer um escândalo pra deixarem que eu fosse até a minha mulher pra saber como ela e meu filho estavam, senti alguém tocar o meu braço. Uma morena, não muito alta, com os cabelos curtos estava ao meu lado.
- Rafa, né? É claro que é. Rafa Kalimann. Não tem como ser outra Rafa. – Ela pareceu um pouco atrapalhada de início por descobrir que eu era eu. Mas logo ela se direcionou a recepcionista. – Pode deixar, Regina, ela está comigo. – A acompanhei quando se afastou do balcão. – Vem, eu vou te levar até lá. Desculpa confusão, foi tudo culpa minha. Eu não sabia que elas tinham terminado.
- Tá tudo bem, eu só preciso saber se eles estão bem.
Ela não parou pra se apresentar, só disparou e continuou andando um pouco na minha frente. – Jaqueline, Jaque. Sou amiga da Gi e da Marcela também. – Nós seguimos por um corredor enorme, até parar na frente de uma porta. – É esse o quarto. Eu preciso voltar pro consultório, fala pra Gi que mais tarde eu vou fazer a ronda e passo pra ver como ela está.
- Obrigada. – Eu não consegui expressar em palavras o quanto estava agradecida.
- Não precisa agradecer. Só cuida daquela maluquinha. E tenha paciência com a Marcela, ela não é uma pessoa ruim. – Não entendi a segunda parte, mas a primeira eu podia cumprir.
- Eu vou fazer isso. – Respondi sem especificar qual dos dois pedidos seria atendido.
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Puzzle - GiRafa
FanfictionGosto de pensar que nossa vida é um grande quebra cabeça, formado por vários outros pequenos - trabalho, família, amigos, amor - e eles são cheios de pecinhas, cada uma com um formato e tamanho diferente, que com o passar do tempo vão se encaixando...