XXXIV - Rafa Kalimann

1.8K 226 33
                                    

Oi, amores.

Eu prometi, né? Então, fiquem com essa fofura de capítulo. 🥰

Comentem, votem e me sigam no twitter.

TT: @umamabs

____________________________________________


POV GIZELLY

Marcela havia saído para buscar minha bolsa com meu celular e os outros pertences e estava demorando mais do que eu achava que era necessário. Mas pouco tempo depois de ser deixada sozinha, minha mãe entrou no quarto e antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela estava ao meu lado.

- Minha filha, você está bem? Deixa eu te ver. – Ela examinou meu rosto e notou o motivo da minha dor de cabeça. Eu tinha alguns pontos na testa, não sei se estava tão feio, mas ela fez parecer que sim quando me abraçou, esmagando meu corpo e fazendo o meu ombro reclamar do aperto. – Meu amor, como isso aconteceu?

- Mãe, eu estou bem. – Choraminguei. – Mas você não pode me apertar assim, senão vai terminar de me quebrar. Meu ombro tá machucado, então, calma. – Eu reclamei junto com a careta que eu fiz pela dor.  Ela afastou de mim o suficiente pra me deixar respirar.

- Eu fiquei tão preocupada quando a Ma me ligou. – Seu carinho em meu rosto foi suave dessa vez. – Onde ela está? Porque você tá sozin... – A porta se abriu antes dela terminar.

- Oi, Marcinha. Eu fui buscar as coisas da Gi que tinham ficado com a Jaque. – Ela estava com minha bolsa na mão e o celular na outra. – Sua namorada estava ligando, desculpa ter atendido, mas achei melhor deixar ela tranquila logo.

- Namorada? – Minha mãe parecia ter um ponto de interrogação em sua testa. – Do que você tá falando?

- Desculpa, Marcinha. Mas não é algo que eu devia te falar, eu gosto muito de você, mas a sua filha é a Gi. – Ela apontou pra mim e continuou a falar. – Você precisa falar com sua mãe e eu não faço parte dessa conversa, agora eu entendo. Me desculpa também, eu devia ter ido embora quando você pediu. Então, vou deixar vocês sozinhas. Eu falei com a Jaque, quando vocês terminarem, me avisa pra gente conversar, tá? – Assenti com a cabeça e minha mãe permaneceu quieta o tempo todo. No mesmo instante em que Marcela colocou a mão na maçaneta, alguém bateu na porta e meu peito deu um salto em expectativa.

POV RAFAELLA

Bati e esperei a autorização pra poder entrar, ela não veio, a porta foi aberta por uma loira e ela era linda. Deduzi ser a Marcela e permaneci imóvel e tentei ser o mais inexpressiva que pude enquanto ela me encarava. 

- Amor, vem aqui. – Gi chamou minha atenção e a senhora que estava ao seu lado, que eu também deduzi ser sua mãe, me olhou espantada e em seguida olhou pra Gizelly buscando uma explicação. – É sobre isso que precisamos conversar. – Ela começou e ignorei a presença de Marcela e fui até o seu lado, segurei sua mão e a olhei tentando passar o máximo de coragem pra ela. Mas antes, eu quis me certificar que ela estava bem.

- Como você está, bebê? – Meus olhos marejaram só com o pensamento de ter acontecido algo mais grave e ela entendeu que a minha preocupação era maior e mais importante que qualquer conversa e só seguiria depois de me tranquilizar.

- Tá tudo bem. Eu só me machuquei um pouco, mas estamos bem, meu amor. Não chora, eu juro que eu estou bem. – Marcela já tinha saído do quarto a e mãe de Gizelly assistia a nossa interação sem falar uma palavra. – Mãe, essa é a Rafa.

- Eu sei quem ela é. Eu conheço ela do Instagram. – Foi a única coisa que ela falou.

- Então, essa não é a Rafa que eu quero te apresentar, não a Rafa Kalimann do Instagram. A Rafa que eu quero que você conheça, é a mulher que eu amo, que eu estou namorado e a mãe do meu filho. – Ela apertou a minha mão e eu apertei de volta a encorajando a continuar quando Dona Márcia levou a mão até a boca em espanto por ter entendido o que ela falou. – Eu estou grávida, é uma longa história e assim que eu estiver fora dessa cama, eu juro que conto tudo. Mas por hora, o que você precisa saber, é que eu vou ser mãe, você vai ser avó e que eu amo a mulher que está ao meu lado me apoiando nessa loucura toda.

- Filha, eu não sei porque você hesitou tanto em me contar. Você sabe que eu não entendo muito bem essas coisas, mas eu sempre tentei respeitar. Eu sei que as vezes eu te sufoco um pouco. – Gizelly inclinou a cabeça e olhou pra ela tentando não rir. – Tá, eu sei que te sufoco muito. – Ela admitiu. – Mas é porque você é minha única filha e o meu maior medo é que aconteça algo com você. Mas eu nunca deixaria de te apoiar em algo assim. Eu quero conviver com meu neto, quero conviver com você. Com vocês. – Ela me olhou com um sorriso tímido e eu sorri de volta.

...

- Amor, deita aqui comigo. – Dona Marcia tinha ido pra casa com a promessa de que voltaria no outro dia cedo, depois de muita insistência em ficar no meu lugar e ser convencida por nós a ir descansar. E assim que ela saiu, Gizelly me pediu que deitasse com ela na cama.

- Deusa, eu vou acabar te machucando mais. – Ela fez um bico e eu não consegui arranjar mais argumentos para negar o pedido, e com todo cuidado, deitei com ela, ficando de lado e, assim, ela encostou suas costas em meu peito e se aninhou em uma conchinha do jeito que conseguia ficar mais confortável.

- Eu quero fazer algo bonito, quero te deixar boba e ouvir você falar que aceita. – Ela começou a falar baixinho enquanto eu fazia um carinho com as pontas dos dedos em seu ombro. – Mas eu quero casar com você, eu só precisava falar isso.

- Eu também quero, meu amor. E pra mim não tem pedido mais bonito que esse. – Encaixei meu rosto em seu pescoço e beijei sua pele de leve.

Puzzle - GiRafaOnde histórias criam vida. Descubra agora