XVI - Eu senti saudades

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POV Gizelly

Ao me virar na cama, passei a mão pelos lençóis macios e senti falta do corpo que já tinha se tornado familiar. O dia mal tinha amanhecido, meus olhos ainda teimavam em ficar fechados, mas eu ouvi o barulho do chuveiro, denunciando a presença dela lá dentro, logo um sorriso brincou em meus lábios com a imagem que se formou em minha cabeça. Imaginar Rafaella embaixo do chuveiro podia ser tão bom quanto fazer companhia a ela lá e como nada me impedia, levantei da cama ainda com um pouco de preguiça e abrir a porta do banheiro devagar, não queria a assustar, mas também não queria ser notada logo. Meus olhos percorriam seu corpo, assim como a água que caía sobre suas costas, eu estava hipnotizada, o que tinha se tornado algo habitual desde que a conheci, mas quando se tratava do seu corpo nu, todo o controle que eu ainda conseguia nutrir ia embora como se nunca tivesse existido.

- Você vai passar muito tempo aí só olhando? – Fui tirada do meu transe ao ouvir sua voz suave de dentro do box. Ela continuava de costas pra mim, e mesmo sem ver seu rosto, sabia que ela estava sorrindo.

Embora quisesse a observar por mais tempo, não podia deixar a oportunidade de tomar banho com ela passar, quer dizer, banho seria a última coisa a ser feita. Me desfiz do pijama que cobria meu corpo, entrei no box devagar, o espaço limitado não me dava alternativa a não ser colar o meu corpo no dela e sentir a água que antes molhava só seu corpo, molhar o meu também.

- Minha visão estava privilegiada lá de fora. – Meus lábios tocaram suas costas depois que afastei o seu cabelo e joguei sobre seu ombro.

Ela arqueou um pouco as costas, empinando a bunda, fazendo ela roçar em meu corpo e virando a cabeça pra me olhar por sobre os ombros, me fez ver o sorriso que tomava conta de seus lábios.

- Eu tenho certeza que o ponto de vista está bem melhor agora. – Era automático, minhas mãos já estavam em seu corpo, seu quadril foi o meu alvo e depois que a ouvi, cravei minhas unhas em sua pele a puxando mais e fazendo com que virasse de frente pra mim.

- Se tem algo que eu não vou negar é que eu sempre tenho uma visão privilegiada de você. – Nosso lábios se tocaram e um beijo suave foi iniciado. – Eu senti saudades. – Foi o que eu falei antes de morder seu lábio inferior e chupar ele devagar.

- Mas nós passamos a noite juntas. – Sua testa encostou na minha e sua mão foi até o meu rosto, a ponta dos seus dedos faziam um carinho gostoso em meu rosto.

- Não importa, vou sempre sentir saudades quando me deixa sozinha na cama. – Prendi seu dedo indicador entre os meus dentes quando ele tocou meu lábio inferior, o envolvi com meus lábios e chupei olhando em seus olhos.

- Puta que pariu, Gizelly, como você consegue ser fofa e sexy assim ao mesmo tempo? Vamos pra cama. A GO RA. – Ela silabou e eu sorri ao notar um certo desespero em sua voz.

Me afastei um pouco, dando passagem pra ela depois de desligar o chuveiro, mas não muita, seu corpo não perdeu o contato com o meu. Peguei uma toalha pra me secar e ela fez o mesmo, mas não demorou muito nesse trabalho, só tirou o excesso de água dos cabelos e me puxou pela mão. Ao sentar na cama, ela me puxou pro seu colo, eu tinha um joelho em cada lado do seu corpo e o contato de nossa pele me fez estremecer. A ponta de seus dedos iam do meu cóccix ao meu pescoço, sua mão estava fria e o seu toque me fez arrepiar. Minha respiração me denunciou quando seus dedos entraram na minha nuca e puxaram meus cabelos, fazendo minha cabeça inclinar e dar espaço pros seus lábios avançarem contra o meu pescoço, nesse momento não consegui segurar o gemido baixo que ele escapou entre meus lábios.

Meu quadril estava em movimento, buscando um contato maior, contato esse que foi completo quando seus dedos tocaram o meu centro, deslizando por mim em uma massagem gostosa. Procurei seus lábios com os meus, e meu gemido, que antes não passava de um sussurro, se intensificou quando senti seu dedo me preencher. Tomei seu lábio entre os meus, suguei sua língua quando ela entrou em uma guerra contra a minha, disputando o mesmo espaço em nossas bocas. Um tapa estalou em minha bunda sem aviso e um grito escapou da minha garganta, no segundo tapa eu já estava preparada e só continuei rebolando em seu dedo e quicando quando mais um era introduzido dentro de mim.

- Eu não vou aguentar muito tempo. – Minha voz estava mais baixa que o normal. Eu tinha apoio em seu corpo, me segurando em seus ombros enquanto meus movimentos se intensificavam cada vez mais e eu já dava sinais de que estava perto de gozar. Mas ela parou, parou seus dedos e, me segurando pelo quadril com a outra mão, me fez parar também.

- Não, assim não. – Meu corpo foi impulsionado em direção a cama e minhas costas tocaram o colchão, assim que ela estava com o corpo sobre o meu, voltou a me penetrar, tocando onde eu tinha aprendido que só ela conseguia tocar. Sua boca foi do meu pescoço aos meus seios, chupando um por vez e os movimentos que antes eram rápidos, agora se tornaram extremamente lentos, porém continuavam certeiros. Ela estava me torturando e meu gemido tinha virado quase uma súplica.

- Rafa, por favor... Não faz isso. – Eu consegui falar entre um gemido e outro. Quando eu pensei que não ia aguentar mais, ela já estava entre as minhas pernas e sem aviso a sentir me chupar, sua língua me fodia e logo depois ela me chupava mais forte e foi assim que meu corpo não se conteve mais e finalmente me entreguei e me desmanchei em sua boca.

Ela levantou com um sorriso no canto dos lábios, sua boca alcançou a minha e estava tão ofegante quanto eu, pude sentir meu gosto em um beijo rapido que me foi dado e depois ela se jogou ao meu lado na cama. Virei de lado e encaixei meu corpo do dela, entrelaçando nossas pernas, colei novamente nossas bocas, passando minha língua entre os seus lábios, procurando espaço que me foi dado prontamente. Iniciamos um beijo calmo e seus dedos fizeram um cafuné gostoso na minha nuca.

- Eu quero passar o dia aqui com você, assim, agarradinha. – Ela sussurrou enquanto passa seu nariz pelo meu.

- Então, vamos ficar aqui o dia todo. – Encaixei meu rosto no seu pescoço e me aninhei em seu colo, apertando meus braços em volta do seu corpo e sentindo o cheiro que vinha do seu cabelo.

- Vamos aproveitar, então. Amanhã você tem médico e eu tenho que ir pra Goiânia. – Senti seu cafuné e só balancei a cabeça em resposta. Tinha ficado ansiosa pra ir fazer a consulta, de tanto que ela tinha pegado no meu pé. E também porque eu tava começando a suspeitar o que eu tinha e estava com medo, muito medo de confirmar.

Oi, bebês. 🥵

Gostaram do capítulo? 👀

O que será que a Titchela tem??!

Espero que estejam me dando as estrelinhas e os comentários, porque eu tô carente e quero atenção pelo menos de quem me lê. 🥺

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TT: @umamabs

Beijos. 😘

Puzzle - GiRafaOnde histórias criam vida. Descubra agora