XXXVI - Surpresa I

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Oiiii...
Espero voltar logo. 😘😘😘
Boa leitura, bebês.

TT: @umamabs

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POV Manu

O envelope estava comigo desde que voltaram de Vitória, Tais também sabia do conteúdo, ela tinha visto antes de mim. E eu fiquei emburrada com isso por dias, eu que juntei as duas, quem tinha que saber primeiro, era eu. Mas depois eu tinha entendido a importância dela na vida da Gi e que ela queria que trabalhássemos juntas em algo que fosse parecido com um chá de bebê. Sim, algo parecido, segundo elas não queriam nada espalhafatoso e eu devia me controlar. Meus olhos reviraram em 360°, a missão era minha, eu faria do jeito que eu quisesse, desde que Tais fosse de acordo, se eu teria uma dupla, ela teria que ser minha cúmplice. E ela estava em São Paulo pra isso, tudo teria que sair como planejamos pra Rafa e pra Gi não desconfiar de nada. 

Era 16 de outubro e nós tínhamos a missão de fazer um aniversário pra Gizelly. A mãe dela estava em São Paulo, a família da Rafa também e seria a ocasião perfeita pra fazer a revelação. Ela estava no sétimo mês de gestação e o tempo passava na mesma proporção em que a barriga dela crescia.

POV Gizelly

Eu não queria abrir meus olhos, eu estava com sono e a única coisa que queria era dormir um pouco mais. Era domingo e eu merecia um pouco mais de tempo na cama. A barriga já limitava meus movimentos e perturbava meu sono, virar para o outro lado foi algo um pouco trabalhoso, ainda com os olhos fechados, procurei a minha companhia na cama, e ela estava lá, em um sono mais tranquilo que o meu. Mas se ela estava lá, porque eu estava ouvindo barulho vindo de outro lugar da casa? – Amor? – Falei baixo pra tentar despertá-la, mas como não tive muito sucesso empurrei seu ombro de um jeito firme e só então, ela acordou.

- Oi? – Seus olhos verdes sonolentos encontraram os meus, o sono já havia ido embora devido à preocupação. – O que aconteceu?

- Vai olhar se o Jackinho tá aprontando, por favor, eu escutei um barulho lá fora. Tô com medo de ir lá.

- Não tem nada lá fora, amor, ele deve ter derrubado alguma coisa, depois a gente vê. Vamos voltar a dormir e daqui a pouquinho a gente começa a comemorar o aniversário da pessoa mais importante na minha vida e na vida do Jackinho. – Ela falou fechando os olhos mais uma vez e passando seu braço pela minha cintura, me envolvendo num abraço do jeito que a minha barriga permitia.

Mas antes mesmo de eu conseguir me acalmar um pouco e voltar a dormir, ouvimos mais um barulho, e dessa vez acompanhado de vozes. Rafa pulou da cama e saiu em direção a porta do quarto, eu fui logo atrás, assim que consegui levantar. Ela abriu a porta devagar, colocando a cabeça pra fora do quarto, tentando entender o que estava acontecendo, não dava pra ver nada. Chegamos devagar na sala e Jackinho estava correndo de um lado para o outro com algo parecido com um balão na boca, sujando tudo com confetes coloridos.  Manu e Tais estavam correndo atrás dele e a cena estava se tornando a coisa mais engraçada que eu já tinha visto na minha vida, elas ficaram paralisadas quando nos viram, o Jackinho parou de correr e começou a pular na frente da Rafa, até que ela pegou ele no colo e tirou o balão da boca dele.

- Esse demoniozinho estragou tudo, vocês precisam ensinar ele a se comportar. – Manu falou quase chorando e Taís segurou o riso. – Desculpa, nós não queríamos acordar vocês.

- Surpresa. – Taís abriu os braços enquanto falava e só então percebemos a decoração que elas haviam feito na sala. Tinham balões coloridos com as cores do arco-íris enfeitando uma das paredes e uma mesa cheia de ursinhos nas mesmas cores e um bolo lindo no centro. Elas vieram me abraçar e eu sorri de volta. – Desculpa se nós assustamos vocês, estávamos terminando quando o Jackinho roubou o balão do anão de jardim e saiu correndo. – Manu olhou pra ela brava e ela só sorriu de volta.

- Isso é culpa sua. Se você tivesse deixado eu levar elas pro hotel fazenda e revelar com o avião como eu estava planejando, o Jackinho não teria roubado nada. – Eu não aguentei ver a Manuzinha brava daquele jeito, e depois que ela falou sobre as ideias que ela estava tendo, comecei a rir e a abracei de volta. – Sua mãe está chegando com o resto das comidas, família da Rafa e a Thelminha também. Tia Gegê quase me deixou chamar o avião, ele ia passar alí na janela, mas Taís e Dona Marcia não deixaram. – Ela falou emburrada.

- Eu iria amar um avião me dando os parabéns. – Ela olhou pra Taís e mostrou a língua depois de me ouvir falar. – Mas também estou amando isso aqui, vocês quase conseguiram me matar do coração.

- Não queríamos assustar vocês, mas o demoniozinho atrapalhou tudo. – Taís sorriu pra Manu. - A gente ia preparar tudo antes de vocês acordarem. Era pra está todo mundo aqui quando vocês acordarem. – Taís foi interrompida pelo celular, uma mensagem havia chegado. – Vão se vestir, já estão todos aí na porta, vocês não podem receber eles assim, de pijama.

...

- Você sabia de alguma coisa? – Perguntei a Rafa assim que entramos no quarto.

- Não, amor. A Manu tem a chave daqui e ela não falou nada para mim. – Ela se aproximou com um sorriso largo em seu rosto e depois de me abraçar e deixar um selinho estalado em meus lábios, ela falou baixo no meu ouvido. – Feliz aniversário, bebê.

- Obrigada, meu amor.  – Outro selinho foi deixado em meus lábios e um carinho em meu rosto me fez sorrir de volta. – Vamos, se a gente demorar, as duas doidas vão vir atrás da gente.

Trocamos de roupa e tentamos nos arrumar um pouco, o mínimo de maquiagem que o tempo curto deixou, só o suficiente pra tirar as marcas de sono que estavam estampadas em nossos rostos. Quando voltamos para a sala, todos estavam lá e gritaram um SURPRESA que fez o Jackinho latir e pular super animado. Tentamos parecer surpresar, mas nossa atuação foi péssima e eu sabia disso por causa da negativa que Taís e Manu fizeram com a cabeça assim que nós sorrimos buscando a aprovação das duas. Fomos abraçadas por todos, recebi os parabéns da minha mãe e da família que havia me acolhido como filha desde que me conheceram.

Depois de todas as felicitações e de comer tudo que tinha pra comer, Taís e Manu chamaram a atenção de todos, elas estavam mais ansiosas que eu.

- Não é só a comemoração do seu aniversário. Estamos aqui pra descobrir o sexo do bebê também. – Manu foi a primeira a falar e Taís logo a seguiu.

- A doidinha queria fazer isso com um avião passando com o nome do bebê pela janela. – Manu olhou pra ela fazendo cara feia de novo. – Mas nós a convencemos de fazer algo mais discreto, bem mais discreto.

- Tá, tá, eu gosto de coisas extravagantes, tô nem aí pra você. – Ela pegou dois balões que estavam presos na mesa. – Um pra você e outro pra você. – Ela nos entregou os balões. – Vocês vão estourar e descobrir o nome. – Ela deu alguns pulinhos, batendo palmas.

- A Rafa vai furar o balão da Gi e a Gi vai furar o da Rafa. – Taís continuou a explicação nos entregando um palito pra cada.

Trocamos olhares confusos, por que dois balões? Não perguntamos, nem esperamos que elas nos dessem a autorização pra estourar. Contamos até três e foi de uma vez só, eu estourei o dela e ela o meu, vários confetes coloridos se espalharam pelo ar, junto dois papeis brancos que estavam dobrados ao meio caíram de cada balão.

Puzzle - GiRafaOnde histórias criam vida. Descubra agora