#FORARODOLFFO
É ISSO!
Boa leitura. 😘
@umamabs
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POV Rafaella
Seus lábios cobriram os meus com a urgência que eu precisava, meu corpo estremeceu antes mesmo de minha blusa ser tirada as pressas e sua mão fria tocasse meus seios. O ar me faltou e quando ela percebeu se afastou por um breve momento pra se desfazer também da sua blusa, antes mesmo de poder recuperar o fôlego, eu já estava sem ele mais uma vez em ter a visão da mulher que eu amo na minha frente, prestes a me fazer sua mais uma vez. Minhas costas se chocaram na cama quando o peso do seu corpo veio sobre o meu, ela estava entre as minhas pernas e sua boca fez questão de percorrer toda a pele que estava exposta.
- Amor. - Minha voz saiu manhosa, quase chorosa, e ela me deu um sorriso em troca, aquele sorriso que me fazia perder qualquer resquício de sanidade, que me fazia perder o ar só de lembrar. A fiz inverter a posição, me deixando livre para tirar o short do meu pijama, junto com a calcinha, e assim sentar sobre a sua cintura. Suas mãos foram firmes ao espalmar minha bunda e me fazer rebolar devagar me esfregando nela, procurando mais contato. Ela me puxou firme e sem fazer nenhum som, silabou um "vem", eu entendi o que ela queria e sem demora já estava com um joelho de cada lado da sua cabeça, sua boca já me tocava sem nenhum pudor, sua língua trabalhava como se me fazer gozar fosse a coisa mais importante na vida dela naquele momento.
Eu me segurava na cabeceira da cama e todos os meu movimentos eram ditados pelo ritmo que ela me chupava e pela pressão que ela colocava nas minhas coxas, mesmo tentando controlar meus gemidos, era quase uma missão impossível de tão gostoso que era sentir sua boca me chupando daquele jeito, com a minha mão, tentei abafar os sons que teimavam em sair da minha boca, mas foi impossível segurar o grito que se formou em minha garganta quando meu corpo inteiro estremeceu. Torci pra não ter acordado as meninas e me joguei ao seu lado na cama, sentindo seu corpo vir até o meu mais uma vez e depois de um beijo cheio de carinho ela se aninhou em meu peito e sussurrou quase sem voz. - Eu senti saudades.
...
O choro me fez despertar e quando procurei a companhia que eu esperava ter na cama, só encontrei os travesseiros que agora ocupavam o espaço vazio, só então me dei conta de que tudo não havia passado de um sonho recorrente nos últimos dois dias. Talvez a vontade de a ter de volta ao meu lado estivesse me deixando um pouco maluca.
Eu levantei antes de acordar de verdade para evitar que Liz fosse acordada, peguei Ana em meus braços e tentei acalentar o que certamente não teria acalento, nossas filhas estavam bem e saudáveis. Mas meus olhos não seguraram as lágrimas quando percebi a situação em que eu me encontrava, eu estava em um quarto decorado, que devia ser o cenário dos dias mais felizes de nossas vidas. - Eu só queria que você acordasse logo. - Eu sussurrei em oração, torcendo para que Deus sussurrasse as mesmas palavras no ouvido de Gizelly, que estava lá naquele quarto de hospital, cheia de fios por toda parte monitorando uma melhora que estava demorando a acontecer, e que como em um milagre, ela simplesmente acordasse para que eu pudesse segurar sua mão e renovar a força que eu precisava ter pra acreditar que tudo iria ficar bem.
- Vai ficar tudo bem, nós estamos com você. - Entre um soluço e outro, senti a mão de Manu em meu ombro e sua voz em um tom baixo, talvez pra me consolar, talvez pra não acordar Ana que havia voltado a dormir em meus braços e Liz que continuava em um sono tranquilo no berço. Com a presença dela no quarto, eu me acalmei. - Vem, deixa eu colocar ela de volta no berço pra você. - Minha filha foi tirada com cuidado dos meus braços e devolvida ao lado da irmã. Logo depois minha mão foi segurada e eu fui levada de volta até a minha cama, Manu me fez deitar e em seguida deitou ao meu lado, se colocando mais uma vez como meu suporte. Aquela pequena se fazia enorme quando eu precisava de um abraço de um cafuné. - Vai ficar tudo bem, eu prometo.
Eu não havia ficado sozinha nem por um segundo. Minha mãe, Manu, Taís, Dona Márcia, minha cunhada, como que em uma corrente de apoio, estava recebendo suporte de todos os lados possíveis. Era a primeira noite das meninas em casa, eu não sabia exatamente o que fazer, minha mãe tinha ficado comigo durante todo o dia, e iria passar a noite, mas mesmo assim, Manu quis ficar e ninguém era doido de falar que ela não precisava. Acho que ela precisava de companhia tanto quanto eu, não que ela fosse ficar sozinha em casa, Taís estava de mudança lá desde que elas tinham nos contado que estavam juntas.
Era o terceiro dia depois de todo o pesadelo daquela noite, quando eu voltei pra casa meu quarto estava limpo, os lençóis haviam sido trocados, mas naquele quarto ainda tinha todo o desespero que eu senti em ver Gizelly perdendo todas as forças que tinha na minha frente, em minhas mãos. O alívio que eu senti no momento em que ouvi o choro de Ana, foi coberto pela preocupação por não ter conseguido ajudar Liz a fazer o mesmo caminho, quando me deparei com a quantidade de sangue em minhas mãos o medo tomou conta de mim. E esse medo continuava apertando o meu peito, sugando toda a minha paz, que só seria devolvida quando Gizelly estivesse acordada, em casa e nossa família estivesse toda completa.
Thelma havia me explicado que ela estava bem, que ela precisava passar por um período em que seria induzida a dormir, em uma espécie de coma, para que seu corpo conseguisse se recuperar mais rápido. Mas como acreditar que ela estava bem, se a visão que tive dela quando finalmente pude entrar lá para vê-la, era de uma pessoa completamente pálida em cima de uma cama, com fios em todos os lugares e um negócio enfiado em sua garganta? Eu sabia que podia confiar na médica, mas nada tirava o medo de dentro de mim, nada seria capaz de me fazer esquecer o medo que se apossou do meu corpo e da minha mente.
E mais uma vez, em oração, pedi, supliquei, que ela acordasse logo, não só por que eu precisava dela, mas por que agora não éramos mais duas, éramos quatro.
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Puzzle - GiRafa
FanfictionGosto de pensar que nossa vida é um grande quebra cabeça, formado por vários outros pequenos - trabalho, família, amigos, amor - e eles são cheios de pecinhas, cada uma com um formato e tamanho diferente, que com o passar do tempo vão se encaixando...