Oi, bebês.
Primeiramente, esse vai especialmente pra Monique, entendedores entenderão. 🤤
Capítulo fofinho pra fechar o anterior, mas aí tem mesmo uma surpresa nele. Hahaha
Pra quem perguntou se eu estou bem. Estou sim, tá? Acho que o cansaço diminuiu e o bloqueio deu uma amenizada, tô aproveitando pra escrever e ver no que vai dá. Obrigada pela paciência. Assim que conseguir escrever mais alguma coisa, eu corro aqui pra postar. Prometo.
Boa leitura.
TT: @umamabs
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POV Gizelly
Rafa pegou os dois papeis e Manu a interrompeu. - Um pra cada. Um pra cada. - Ela continuava eufórica e abraçou a Taís depois. E de toda a interação delas duas até aquele momento, aquela foi a que mais chamou a minha atenção.
Rafa me entregou um dos papeis, tínhamos nos mantido calmas em todos os momentos até ali, mas quando sua mão tocou a minha ao entregar o papel, eu vi que ela estava muito nervosa, sua mão tremia. Nós abrimos devagar e ficamos confusas quando em cada papel tinha um nome escrito. Rafa trocou de papel comigo pra que nós duas pudéssemos ler o que estava escrito nos dois. Liz estava escrito com a letra da Manu e Ana estava escrito com a letra da Taís.
- É uma menina? Ana Liz? - Eu perguntei emocionada, mas ainda um pouco confusa. Elas tinham escolhido o nome do nosso bebê e isso tinha sido fofo, por que Rafa e eu não tínhamos conseguido decidir que nomes poderiam ser. Passamos meses pensando e discutindo, mas não conseguíamos pensar em nenhum nome que agradasse as duas, quando uma gostava de um a outra detestava.
Elas balançaram a cabeça e negaram o que nós havíamos entendido. Thelma que estava quieta desde que tinha me cumprimentado e só sorria com o jeito que as meninas estavam conduzindo tudo, se aproximou delas e falou. - Ana e Liz. Vocês vão ter duas meninas. Eu paralisei, não consegui esboçar muitas reações, eu estava feliz, mas quando eu olhei pro lado, Rafa estava branca.
POV Rafaella
Nada, nenhum dos meses em que estávamos juntas, antes e depois de saber que Gi estava grávida, havia me preparado para aquele momento. Quando ouvi o que Thelma havia falado, eu só tentei alcançar a primeira cadeira que tinha perto de mim e sentei quando minhas pernas bambearam. Eu não só iria ser mãe de uma criança, como iria ser mãe de duas e se teve um momento em que eu me perguntei se estava preparada para enfrentar tudo aquilo, foi durante queles 10 segundos que se passaram entre eu sentar e ouvir a voz de Gizelly me chamando. - Amor, você está bem? - Ali, ao ouvir a voz preocupada da minha mulher, eu vi que eu estava pronta sim, preparada não, mas pronta eu estava, eu sempre estaria pronta pra enfrentar qualquer coisa desde que ela estivesse do meu lado me chamando de amor.
- Sim, estou, eu só fiquei um pouco tonta com a notícia. - Minha voz vacilou um pouco e dessa vez eu me dirigi a Thelma. - Você tem certeza? São duas?
- É melhor você se acostumar com a notícia e se recuperar rápido. Vai ter muito trabalho pela frente pra vocês duas. - Ela falou calmamente com um sorriso gentil nos lábios. - Eu liguei pra Marcela quando vocês disseram que ela tinha te atendido em Vitória. - Ela se dirigiu a Gi. - Ela me contou o que eu já sabia quando você fez o primeiro ultrassom comigo.
- E nós vamos ser ótimas madrinhas. - Manu se meteu. - E a parte boa é que não vai ter briga, vai ter uma pra cada. - Manu continuava eufórica, eu nunca tinha presenciado tanta euforia de uma só vez vindo dela.
Gizelly segurou minha mão com um sorriso pequeno nos lábios e gesticulou um "Eu sei" e eu fiz a leitura labial. Eu estava assustada, mas ela também estava e agora a gente ia passar por mais essa juntas. Não esperei mais, levantei e a abracei, tão forte que fiquei com medo de machucar e deixei mais leve logo em seguida. - Então, Ana e Liz vão ter as melhores mães do mundo. - Eu falei quando me afastei um pouco e pude ver as lagrimas nos olhos dela.
- E as melhores madrinhas também, não esqueçam. - Taís falou rápido.
- Elas vão ter a melhor família. - Minha mãe se aproximou de nós e nos envolveu em um abraço e foi seguida por Tato, quando me dei conta, estávamos sendo esmagadas por todas as pessoas importantes da nossa vida.
...
No fim do dia, quase todos tinham ido embora, sobraram apenas Manu e Taís, que trocavam implicâncias e provocações a respeito de como deviam ter feito a surpresa.
- Vocês estão parecendo um casal de 50 anos de casados. - Eu gritei brincando e enquanto arrumava as coisas na sala e elas arrumavam as coisas na cozinha, uma lavava a louça e a outra enxugava.
- Err, então, precisamos conversar sobre isso. - Manu veio sem jeito em minha direção e Taís a seguiu.
Eu parei o que estava fazendo e Gizelly, que estava chegando na sala depois de ir tomar um banho e colocar uma roupa mais confortável, sentou no sofá.
- O que precisamos conversar? - Ela perguntou e ficou esperando que elas iniciassem o assunto depois que eu sentei ao seu lado.
Taís sentou na nossa frente e Manu encostou no braço da poltrona. A princípio eu estranhei a proximidade que elas sentaram, mas quando eu olhei pra Gizelly, ela estava rindo e quando olhei de volta pra Taís ela estava vermelha. Meus olhos passearam de uma pra outra e quando eu parei em Manu, ela também estava sem graça.
- Nãaaao. - Eu falei rindo. - Sério, Maria Manoela? Quando? Como? Por que você não me contou? Porque vocês não nos contaram? - Olhei pra Gizelly e ela continuava rindo. - Você já sabia? - Ela negou com a cabeça. - Então, por que está agindo como se soubesse?
- Eu conheço a Taís melhor do que me conheço, eu sei quando ela tá de safadeza com alguém. - Eu abri a boca pra falar, mas Taís foi mais rápida.
- Ei, não é safadeza. - Ela quis parecer brava, mas não conseguiu. - A gente só se aproximou com essa história toda de vocês e aconteceram umas coisas enquanto eu impedia ela de alugar um monomotor pra colocar o nome das meninas escrito no ar. - Manu revirou os olhos, talvez pela décima vez durante o dia.
- Você não me impediu, a gente só não fez por que tia Marcia achou que ia ter muita exposição e a Gi podia não gostar, foi só por isso.
- Tem certeza que não foram os beijos que eu te dei pouco tempo antes da gente ir conversar com tia Marcinha? - Taís provocou um pouco mais e dessa vez ela conseguiu deixar a Manu completamente sem graça, eu nunca tinha visto a minha amiga tão vermelha como naquele momento. Ela era muito reservada quando se tratava de relacionamentos e o normal era que eu só soubesse que ela estava com alguém depois de ela já ter certeza do que estava acontecendo. Na mesma proporção em que ela se metia na minha vida amorosa, ela escondia a dela até não poder mais e não ter outra alternativa a não ser me contar.
- Surpresa. - A piada veio da Manu e nós rimos.
Eu olhei pra Gi e quando ela me olhou rindo de tudo que estava acontecendo. Passei meu braço em volta do seu ombro e ri de volta. - É, amor, parece que vamos ter muito trabalho com essas nossas filhas. - Ela segurou e deu um beijo na palma da minha mão que estava sobre o seu ombro.
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Puzzle - GiRafa
FanfictionGosto de pensar que nossa vida é um grande quebra cabeça, formado por vários outros pequenos - trabalho, família, amigos, amor - e eles são cheios de pecinhas, cada uma com um formato e tamanho diferente, que com o passar do tempo vão se encaixando...