XXV - Desculpa, bebê.

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Oi, coisas lindas. 😍

Tudo bem com vocês? Eu estou muito bem.

Eu espero que gostem do que vão ler. Tô ansiosa pro próximo e acho que vocês também estão. Hahahaha

Boa leitura e bom fim de semana. ♥️

Vota no negocinho da estrela aí, comenta e me segue no twitter.

TT: @umamabs

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POV Gizelly

Meus olhos arregalaram quando ouvi a conversa de Manu com Dona Gegê. Pelo que eu havia entendido, Rafa não falava com a mãe desce a volta de Goiânia. Por parte desse período, ela estava na casa de Manu e até a noite anterior nossa amiga poderia confirmar que ela estava bem. Mas Rafa teria ido para casa e depois disso, não tinha falado com Manu, muito menos teria dado qualquer explicação a sua família, seja sobre os motivos de ter saído as pressas de Goiânia, para voltar a São Paulo, seja para da alguma noticia após a sua chegada.

Manu tentava acalmar Dona Gegê no telefone, afirmando mais uma vez que Rafa deveria estar bem, que na noite anterior teria ido pra casa por que estava com Manu desde que tinha voltado e precisava de roupas limpas. Eu continuei em pé na frente de Manu desde que tinha chegado, e só depois de desligar o telefone com Dona Gegê, ela se direcionou a mim.

- Oi, Titchela, como você esta? - Seu corpo pequeno me envolveu em um abraço e, depois de retribuir, eu respondi.

- Eu estou bem, eu acho. Cadê a Rafa? Eu não ia ficar enrolando, falando sobre mim. - Vim do apartamento dela, o porteiro falou que ela viajou. Ela não te falou pra onde ia?

- Não, ela só falou que ia em casa, pegar umas roupas pra voltar pra cá. Agora não atende o celular, nem responde as minhas mensagens. Eu vou arrancar o  mega daquela cabeça grande, se ela não me der noticias logo.

...

Manu estava deitada no sofá, eu estava sentada ao seu lado, cochilando. Esperávamos que a mãe de Rafa ligasse com alguma noticia.

- Ela não tava brava com você. – Eu ouvi e puxei ar para meus pulmões, eu estava aliviada – Só tava muito triste.

- Você contou pra ela?

- Eu devia ter contado. Talvez ela não tivesse sumido.

Ela revirou os olhos com impaciência. – Vocês me dão muito trabalho.

- Desculpa, bebê. Eu sei que eu podia ter evitado tudo isso. Mas...

- Mas você estava com medo, eu entendo. Só não consigo entender uma coisa. Medo de quê? Ela te ama.

- Eu também a amo. – Falei baixo, quase que em um sussurro.

- Porque falou o contrário pra ela, então?

- Eu achei que se eu a afastasse, seria mais fácil. Não queria ter que ver ela partir e me deixar, por isso fiz ela ir antes. Mas agora ela deve tá me odiando.

Não deu tempo de Manu me responder, o celular dela tocou e era Dona Gegê falando que não tinha tido noticias e que estava pensando em falar com a polícia. Manu mais uma vez tentou acalmar a mãe de Rafa, dizendo que ia continuar tentando ligar pra ela.

- Manuzinha, eu preciso ir pra casa. Tô precisando de um banho e roupas limpas. – Não ia conseguir fazer nada a respeito, eu seria a última pessoa que Rafa iria querer falar agora, então, não adiantava eu ficar no meio disso tudo agora. Se ela precisava de tempo, pelo que parecia foi por isso que sumiu, eu só tinha que respeitar. – Me avisa quando tiver notícias, tá? – Mesmo que ela não quisesse falar comigo, eu precisava saber que ela estava bem.

- Qualquer coisa eu te ligo, tá? E não fica pensando besteira, ela deve tá bem. Acho que ela só precisa ficar sozinha um pouco. Ficar se culpando não vai fazer bem nem pra você, nem pro meu sobrinho.

Foi automático, minha mão foi até a minha barriga e quando foi se despedir, Manu fez o mesmo. Fez um carinho cuidadoso e eu, que pensei que ficaria desconfortável, me senti leve pela primeira vez depois de começar a suspeitar da gravidez. Não posso dizer que estava feliz, mas talvez estivesse começando a me acostumar com a ideia.

...

POV Manu

Eu tinha convencido Dona Gegê de não procurar a polícia, porque eu sentia que Rafa estava bem, afinal, o celular estava ligado, e ao meu ver, ela só estava mesmo ignorando todos. Mas depois de dois dias sem ter notícias e sem nenhuma resposta, eu tava começando a ficar realmente preocupada. Minha última mensagem foi digitada como tentativa final de contato antes de falar com a mãe dela e dizer que devíamos começar a procurar de verdade.

Rafaella Freitas Ferreira de Castro, se você não me atender, ou responder as minhas mensagens, eu vou até a polícia com a sua mãe pra te dar como desaparecida e acredite, eu vou ficar muito brava por ter que fazer isso e descobrir que você está bem e só não quis falar comigo.

E depois dessa mensagem finalmente meu celular tocou com a foto da minha amiga acendendo a tela dele e agora eu tinha um misto de angústia e alívio em meu peito.

Ligação On

Eu não esperei o segundo toque pra atender e disparei.

- Eu juro que se você não estivesse viva, eu iria te matar.

- Maria Manoela, me desculpe, eu precisava de um tempo. Eu preciso de um tempo, na verdade. – Ela falou calmamente.

- Você poderia tirar esse tempo de várias formas, Rafaella, e a menos viável é sumir e deixar todo mundo preocupado assim. Onde você está? Nós vamos te buscar e você vai ter esse tempo aqui, perto da sua família e dos seus amigos. – Eu estava me controlando pra não me irritar com ela, tentei passar compreensão quando respondi. Eu tinha um plano e precisava colocar em prática.

- Eu não posso voltar agora, se você quiser saber onde eu estou e vim até aqui eu posso te dizer. Mas não vou pra casa agora, eu preciso respirar, Manu. E você sabe que não consigo fazer isso com minha família por perto, sempre tem um momento em que eu quero contar e não consigo. Devia ser fácil, mas não é. – Eu apenas revirei os olhos e respirei fundo. – Quer vim até aqui e me fazer companhia?

- Só me diz onde você está. Eu vou conversar com a Marcella pra ela falar que tá tudo bem pra sua mãe e seu irmão. E vou onde você estiver. – Eu tentei demonstrar calma.

- Te mando tudo por mensagem.

- Tá bom.

- Manu.

- Oi.

- Desculpe.

Ligação Off

A mensagem chegou logo depois da ligação ser desligada. Eu não ia contar pra família dela que ela estava em João Pessoa, eu sabia que ela não queria que eles soubessem onde ela estava. Mas eu precisava avisar que ela estava bem e que tinha me respondido. Liguei pra Marcella e pedi pra ela falar com Dona Gegê e falar que estava tudo bem, que eles não precisavam se preocupar, que ela só queria um tempo pra ficar sozinha mesmo.

Depois de tranquilizar todos, eu precisava colocar meu plano em prática. Peguei a chave do meu carro e sai do jeito que estava, quanto antes eu chegasse na casa da Gi, antes ela estaria a caminho de resolver a vida delas. E se aquela louca não fosse atrás da Rafa, eu levaria ela nem que fosse pelos cabelos.

Puzzle - GiRafaOnde histórias criam vida. Descubra agora