Oi, bebêeeees.
Eu sei que a foto é gatilho, mas tinha que ser, lidem com ele.
Tenham um feliz natal, tá? E talvez um feliz ano novo também, pq eu não sei se vou att semana que vem. Tô decidindo ainda. Kkkkkk
Não me matem, o próximo vai valer a pena a espera. 🤭
Quero meus biscoitos aqui. Então, lembrem de votar e comentar. Eu vou tá pelo twitter também, caso queiram me perturbar lá. 😘
TT: @umamabs
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POV Rafaella
Eu estava um pouco alta, tinha acompanhado minha mãe em algumas cervejas. Uma dupla sertaneja tocava no palco improvisado. Gi estava sentada no meu colo, não sei porque, mas minha mãe tinha colocado um monte de balões pelo quintal, um deles havia enroscado em mim e eu não tinha me dado o trabalho de tirar. Estava tudo muito bonito, bem a cara de Dona Gegê mesmo, enfeitar a casa toda só porque deu vontade.
- Você fica tão bem aqui, sabia? - Eu falei passando meus braços em volta da cintura de Gizelly e apoiando minha cabeça em seu braço. Fui respondida com um sorriso grande.
- Não está pesado, amor? Vou pegar uma cadeira pra mim.
Apertei sua cintura com meu braço, a forçando a ficar sentada na minha perna. - Não, não, você vai ficar aqui.
- Tudo bem. Quem sou eu pra não obedecer? - Ela tinha uma risada contida, eu conseguia notar.
A dupla tocava no palco, muita gente da minha família estava presente, tinham poucos amigos, pouca gente desconhecida. Minha mãe se preocupou em chamar só as pessoas que ela sabia que eu confiava e deixar tudo mais íntimo, não tanto quanto eu queria, mas estava à vontade com a festa. A princípio me senti um pouco acuada, mas aos poucos acabei relaxando e curtindo o momento.
Gi e dona Gegê se deram bem assim que se viram, meu pai não tinha aparecido na festa e por enquanto eu estava agradecendo por isso, se ele precisava de tempo pra assimilar, que tivesse esse tempo. Mas não descontasse na gente, já tínhamos passado por muita coisa nas últimas semanas, só queria descansar com a minha namorada ao meu lado. Pensar nela como minha namorada me fez lembrar que ninguém tinha feito pedido nenhum e um sorriso se formou quando pensei nela sem graça quando Dani mencionou o mesmo.
- Amor, preciso ir ao banheiro. - Dei dois tapinhas em sua coxa e logo ela levantou para que eu pudesse levantar também. A deixei com meu irmão. - Tato, cuida dela e não enche o saco dela.
- Tá pensando que eu sou ocê, cabeção? - Ele falou tentando me irritar, mas piscou pra Gi, que só conseguia rir da implicância que a gente tinha um com o outro.
Não respondi. Só sai correndo, eu precisava mesmo ir ao banheiro, mas depois disso eu tinha que falar com minha mãe sobre algo. E assim o fiz, fui ao banheiro e quando saí, fiz a volta no jardim da casa e encontrei minha mãe perto do palco com uma cerveja na mão e cantando junto com a dupla que estava no palco.
- Mãe, preciso de ajuda. - Eu segurei sua mão e saí puxando pra um lugar em que eu conseguisse falar com ela sem ter que ficar gritando pra cobrir o volume da música alta.
...
POV Gizelly
Rafa estava demorando e estava tudo bem em ficar com Tato, eu gostava da companhia dele, mas ficar sozinha com a família dela ainda me deixava um pouco tímida. Em algum momento isso iria passar, mas um tempo seria preciso pra acontecer. Vi dona Gegê de longe vindo em nossa direção, ela estava engraçada. A cerveja já fazia efeito, ela era festeira e eu estava triste por não poder acompanhar na bebida. Eu não sabia até onde eles sabiam, então, só dei uma desculpa completamente esfarrapada pra justificar eu não estar podendo beber.
- Minha filha, vem cá. - Ela me pegou pela mão e saiu me puxando e entrando em casa. Atravessamos a casa e saímos em um pomar, tinham várias plantas de frutas ali. Não dava pra ver muita coisa, a iluminação ali era um pouco limitada, mas mesmo assim ela só me deixou lá e deu meia volta.
Depois de andar mais um pouco e forçar um pouco a visão, vi Rafa sentada em um dos galhos que eram mais baixos de uma das arvores. Eu sorri com a visão, ela parecia uma criança que estava aprontando alguma coisa, suas pernas balançavam e suas mãos se apoiavam nos galhos menores que estavam em volta.
- Amor? O que você tá fazendo aqui? - Eu não demorei a me aproximar, ela me estendeu a mão e me fez encostar nela. Fiquei entre suas pernas e apoiei minhas mãos onde ela estava sentada.
- A gente precisa conversar. - O sorriso sapeca estava lá, eu conhecia ele bem.
- Aconteceu alguma coisa? - Agora eu estava preocupada.
- Aconteceu. Aconteceu que eu te acho a coisa mais linda. Com essa boca que pede por um beijo todas as vezes em que esse sorriso aparece. Esse, esse aí mesmo, que você está me dando agora. Eu tenho que me segurar pra não te beijar as vezes.
Ela falou praticamente sem respirar e eu só consegui sorrir, nunca tinha resposta pra quando os elogios dela vinham assim, gratuitamente. - Você pode me beijar agora. - Foi só o que eu consegui falar.
- Não, não posso. Me deixa terminar. - Ela ficou meio afobada com a interrupção e aquilo só me fez rir mais. Eu não estava entendendo o nervosismo, mas estava achando engraçado. Ela tinha bebido um pouco mais e diferente das outras vezes em que eu só conseguia ver uma Rafaella sexy e provocante, ela tinha assumido outra personalidade e estava muito fofa nela. - Eu queria saber porquê eu esqueço meu nome quando você me olha. Juro que queria saber, mas eu acho que não vou ter essa resposta nunca. Mas uma resposta eu quero ter.
- É mesmo? E qual a pergunta? - Eu continuava sem entender onde ela queria chegar.
- Eu quero ser sua segurança, sua certeza. Quando você pensar que não pode algo, eu vou estar aqui e dizer que sim, você pode. Eu posso, e eu posso porque quando estou com você sinto como se eu pudesse tudo. E você também pode, você pode tudo. Mas nós, juntas, podemos mais. - Ela tinha se ajeitado pra falar, estava ereta e tinha ficado mais séria. - Você, Gizelly Bicalho, me deixa ser a mão que vai te segurar quando você achar que não pode mais seguir? Me namora? Vamos construir essa família juntas? – A mão dela foi até a minha barriga e eu não pude conter o sorriso.
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Puzzle - GiRafa
FanfictionGosto de pensar que nossa vida é um grande quebra cabeça, formado por vários outros pequenos - trabalho, família, amigos, amor - e eles são cheios de pecinhas, cada uma com um formato e tamanho diferente, que com o passar do tempo vão se encaixando...